O silêncio.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 09/07/2012 | Poesias
O silêncio.
Uma flor orvalhada pelo campo a madrugada.
Aos olhos a estrada relampagueio ao destino noturno.
Fostes entre outros o próprio sonho.
O silêncio as pandas ao sorriso do canto fâmulo.
Uma tela real que perfuma corações iludidos as intuições .
Tive medo isso foi o bastante.
Nada melhor que a possibilidade pavoneada de mármore.
Aos olhos que brilham o jardim de brisa e candelabros.
Glabros foi apenas o grande sinal da realização.
A vida por um momento o resto do tempo a imaginação.
Dócil diferencia-se a vontade da potencia almejada.
Uma estrela a remo pela seara a luz fulgura a incandescência.
Pela alameda finda a fresca o seu olhar malicioso como pecado.
Apolo as sombras gestos de rara sonoridade como a fala.
Recolhe ao silêncio flâmula a predestinação da escolha.
Nada igual ao delírio de um vislumbrar ideológico.
Galaaz a visão da alma ergue-se seu gládio esplendor.
Suprema prova escalibregmínea genial ao efeito.
Serás as ondas e determinarás o silêncio.
Embalando a ideia de outrora visto ao longe ao futuro.
É com toda certeza o fascínio demolidor.
Nada mais procura o meu coração a não ser essa empatia.
A saudade ao alheamento fonte sem repuxo voraz ao derretimento.
Aquele lugar de outono manuscrito de flores pétalas vermelhas.
Rosas perfumadas lembro-me cada uma delas naquele jardim.
A tarde recuou a invasão do coração ficou apenas o pedido de permissão.
Lictores abriram a beira ao trilho o olhar sobre a linguagem.
O momento certo era verão a luz do sol florescerá.
O vulto ciciante aquecido e um grande olhar a distância.
Arranca fluidos ao convés delineado pelo anseio.
O único sonho da vida soubestes o quanto foi premeditado.
A permanente ilusão do ser.
Aqui o ultimo sinal.
Deveria existir a uma brisa.
A tarde finalizou rapidamente.
A noite demorou um século.
Os sinais acabaram.
Restou tão somente aquela intuição, que a só metáfora poderia decifrar.
Foi exatamente, o que aconteceu.
Edjar Dias de Vasconcelos.