Ser lembrado, existir, julgar-se ser existente, merecedor do ar que inspira e de palavras que diz. Realidade de poucos. Escrevemos nosso caminho pelo destino existencial, vivemos traçando uma rota pelo enleio do existir, fazendo por merecer o título de ser existente, válido e quase inalcançável título, que quando adquirido se apaga como uma vela soprada.

 Mas para que? O silêncio do nada é o som mais alto que se pode ouvir, é o som do vento soprando por entre os vãos da existência, que mal existe... É o som dos existentes que se calam, e dos pseudos existentes, que bradam em alto e desnorteante som.

 Hodiernamente comandam os que deveriam se silenciar, e silenciam-se os que deveriam comandar, os que existem, realmente.

 Triste realidade, triste esnobe existir, triste corrompida socieade em que vivemos...