O significado do pensamento em Descarte e o  sentido de uma epistemologia da aproximação.

Eu existo porque penso essa foi à resposta fundamental dada por Descartes, poderia dizer ao pensamento existe tão somente como produto da linguagem.

 Sendo que a mesma resultou de um fenômeno neuroquímico, comum a todos aos animais, mas ao homem associado a um fenômeno de adaptação física a evolução, resultado do mecanismo do bipedalismo.

Descartes usou uma expressão latina para entender o desenvolvimento do fenômeno, que significa o res cogitans, o que significa coisa pensante.

 O pensamento tem sempre um centro, um mecanismo que desenvolve a representação do mundo, que leva ao mesmo ser crítico ou alienado.

Isso significa que o pensamento tem algo de substancial de eterno a sua própria conjectura, um subjectum que serve de base essencial no entendimento de qualquer fenômeno, seja qual for a sua natureza.

Na Filosofia uma coisa que deve ser considerada, a possibilidade que o homem sempre tem para desenvolver pensamentos contrafactuais, o que significa essa etimologia técnica a qual deve ser explicada.

Poderia dizer certa tendência à irrealidade, pensar com  normas irracionais sem significação para a representação da verdade.

 O homem tem sempre a perspectiva do engano, a construção do pensamento sem o mínimo de lógica, seja ela indutiva empírica ou silogística dedutiva aristotélica.

Descartes emprega a dúvida metódica, como preceito construtivo da verdade, o jogo das hipóteses, mas o que significa essa forma de racionalidade,  quando tudo se pode duvidar.

 Mas não pode duvidar do pensamento do homem,   mas pensar não significa muita coisa, porque o homem pode pensar exatamente errado.

 É exatamente o que  tem acontecido ao longo da história da construção do pensamento no entendimento dos fenômenos.

O homem não precisa levar uma hipótese exatamente contrafactual, desenvolvimento de imaginações ou situações de ficções hipotéticas ou não hipotéticas, mas também de situações factuais reais, nas quais as hipóteses são verdadeiras, quando empíricas.  

 Existe um princípio na construção do pensamento para qualquer tipo de análise, seja ela de natureza cultural hipotética da aplicação da metodologia da lógica formal aristotélica ou indutiva ao campo da  empiricidade.

 O principio da identidade na primeira premissa e sua não negação na segunda, trata se nesse caso de valores culturais, sujeito e objeto resultam se de uma única realidade epistemológica.

  Na análise da hipótese e sua comprovação pela aplicação da lógica formal, nesse caso o sujeito como  fato é produto da cultura e não tem com ser objetivo,  resta portanto, ao mesmo margens para a interpretação no entendimento dos fatos.

Nesse caso em específico o método aplicado é tão somente dedutivo, se em nenhum momento, a premissa fundamental não for negada, então a análise adquire princípios de logicidade.  Nesse aspecto a epistemologia é interpretativa.  

Na outra situação de lógica não se aplica os princípios dedutivos, refiro-me em suas particularidades, por dois motivos básicos, substancias, primeiro a hipótese resulta de uma leitura factual.

 Mas a situação da realidade factual não poderá ser apenas uma hipótese cultural em que o sujeito e fenômeno estão mergulhados no mesmo mecanismo.   

O procedimento epistemológico nesse caso é meramente empírico, o sujeito em nenhuma situação estará dentro dos padrões fenomenológicos do objeto.

  Com efeito, ele consegue ser relativamente neutro e desenvolve a comprovação cientifica de tal modo é apresentado o fenômeno.

Denomina se, com efeito, uma padronização de mérito tipicamente indutiva, não sendo natural o fato entendido como  interpretação.

Trata se da metodologia da compreensão, o sujeito que analisa tem que entender e não interpretar, porque não resta margem ao fenômeno para ser manipulado pelo sujeito.

 O resultado é puro,  objetivo.  O sujeito não é produto cultural do objeto. Trata nesse caso, das Ciências da Natureza. Aplicação do método indutivo aos princípios lógicos da empiria racional.

Feito essa diferença básica voltamos à conceituação cartesiana, que não se aplica mais o modelo de paradigma recente, o pensar sendo ele mesmo factual pode objetivamente não significar absolutamente nada.   

Vejamos a seguinte proposição, todo conhecimento tem nele mesmo certa lógica de entropia, aquilo que é naturalmente harmônico, traz dentro da sua suposta harmonia os elementos da contradição da desorganização da matéria.

 Esse princípio aplicado à epistemologia, leva com relatividade dentro do tempo histórico a desconstrução do paradigma.

O que significa na prática a desorganização do pensamento, se tratando, sobretudo da identificação cultural do sujeito com objeto, essa prática é mais complicada ainda.  

Com efeito, outra concepção herdada basicamente de Nietzsche, que o sujeito conhece por meio de apanhado de categorias e projetam as mesmas a realidade do objeto enquanto fenômeno cultural.   

Como a projeção nesse caso é inevitável, a proposta formulada por mim, consiste na seguinte proposição,  o sujeito precisa criar nele, um relativo cofatorial de análise.

Isso é uma categoria hipotética fora do mundo de identificação cultural e trabalhar as diversidades de objetos de processos de sínteses nas formulações por aproximação, ou seja, aquelas de maior possibilidade a verdade pelo caminho da interpretação.

O sujeito nessa nova origem denomina, de um cofatorial independente, ou seja, aquele que sabe que a complexidade dos processos de sínteses não ajuda em nada na perspectiva de interpretação relativa às ideologias de fundo culturais.

 É exatamente esse o meu objetivo. Quanto ao objeto empírico à epistemologia é objetiva compete à observação genuína, tem apenas que aplicar o paradigma.

Edjar Dias de Vasconcelos.