O Serviço Social como profissão tem seu inicio marcado pelas primeiras formas de ajuda, estas primeiras relatadas nas obras de Tomas de Aquino e Vicente de Paula, que acredita-se que sejam uns dos primeiros precursores da Assistência Social, embora se sabe que o Serviço Social é praticado desde a origem da história.

       O presente trabalho apresenta uma abordagem resumida do que seria o Serviço Social e quais foram as mudanças e dificuldades encontradas ao longo dos anos pelo profissional de Assistência Social, sendo embasado em pesquisas bibliográficas, em sites e pesquisa em campo. Foram entrevistados 6 profissionais de Serviço Social atuantes na área, em São Luís- MA, onde se perguntou sobre a pratica profissional do Assistente Social e também quais foram as mudanças que ocorreram enquanto trabalho profissional e como a sociedade recebe e idealiza o profissional de Serviço Social.

Contexto Histórico

       Alguns autores colocam o Serviço Social vinculado principalmente à questão social qualificando-o como tradicional.

     Segundo Lima(1986, p.56 apud MONTAÑO, 2009, p.23): caracteriza o Serviço Social ‘’fundamentalmente pela caridade, beneficência e a filantropia como atitudes dominantes na Idade Média.’’

      A caridade vem de inspiração religiosa e a filantropia da ajuda humanitária não-religiosa. Ao longo dos tempos o Serviço Social sofre várias alterações passando da Idade Média ao séc. XIX com várias características, definindo a profissão desde modelo assistencial até chegar ao eminentemente politico-ideológico e científico, onde a política começa a ser inserida na profissão, principalmente sobre a forma de políticas públicas já no sec. XX.

A profissão

O surgimento da profissão pôde ser percebido, mas como uma opção pessoal de pessoas singulares, como alguns autores, filantropos que queriam organizar e profissionalizar com o apoio da igreja e do estado tornando o Serviço Social que até então era assistemático, uma profissão sistematizada. Outra característica importante era a preocupação em relação aos hábitos de higiene e saúde, colocando esta profissão também para atuar no campo da saúde, afim de facilitar um pouco mais o acesso das pessoas aos serviços e benefícios, tendo como foco principal hospitais e ambulatórios, cuidando de serviços básicos como higiene pré-natal, infantil, vacinas...cuidando também da educação sanitária, concentrando suas ações no nível curativo e hospitalar excluindo qualquer possibilidade de trabalhar com atividades voltadas para a comunidade como a implementação de políticas sociais, atividades estas que eram feitas por visitadores, ficando o Serviço Social conhecido como Serviço Social médico.

Na década de 60 e 70 foi difundida uma perspectiva modernizadora que adequava a profissão em uma moldura teórica e metodológica operando no âmbito das políticas sociais, isso na teoria porque na prática não houve muitas mudanças.

Já na década de 80, considerada a de maior importância foi que ocorreu maiores mudanças onde a saúde junto com a Assistência Social e Previdência Social formam a Seguridade Social, integrando os serviços de saúde formando um sistema único. Foi também nesta década que aconteceu a Reforma Sanitária e a profissão como a ser debatida em congressos e encontros para que houvesse uma reformulação na sua prática profissional.

O Serviço Social nos anos 90 no Brasil se consolidou com um projeto neoliberal, divergindo com o projeto profissional hegemônico do Serviço Social, é no final desta década que se analisa três dimensões da profissão: a acadêmica, a política e o trabalho profissional nas instituições.

Atualmente o CFESS considera que o Serviço Social é uma entidade forte e combativa na defesa de políticas públicas, incluindo a saúde, no entanto o espaço de controle social ainda não foi tomado pelos Assistentes Sociais e nem incorporado como atividade integrante do seu trabalho.

O Assistente Social: Pesquisa e Conclusão

        Os profissionais entrevistados encaram a profissão como algo que ainda tem que ser mudado principalmente na pratica profissional tanto na saúde como em outras instituições, pois ainda não são vistos com o devido valor e também poucos (menos de 30% dos entrevistados) tem a oportunidade de demonstrar o que é realmente o Serviço Social em prática profissional. Os assistentes sociais absorvem pra si, o que deve ser colocado a serviço da população usuária não promovendo uma pratica profissional correta, se colocando a disposição da instituição e seguindo estritamente as regras impostas por esta, em vez de colocar em pratica o que aprendeu na vida acadêmica e com o projeto ético-político da profissão articulando este com o projeto da Reforma Sanitária.

         Relatam que as principais mudanças e dificuldades encontradas de quando se formaram para atualmente é que antes era um pouco mais difícil as pessoas entenderem o que era o Assistente Social e para que servia e que hoje a profissão esta um pouco mais fácil o entendimento devido as pessoas estarem mais abertas a conversas e interessadas na profissão.

        

 Referências

 BRAVO, M.I.S & MATOS, M.C. Projeto Ético-Político do Serviço Social e sua Relação com a Reforma Sanitária: elementos para o debate. Acesso em 06 de junho de 2012. Disponível em: http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-3.pdf

MONTAÑO, C. A natureza do Serviço Social: um ensaio sobre sua gênese, a ‘’especificidade’’ e sua reprodução. São Paulo: Cortez, 2009.

 

Sites: Acesso em 06 de junho de 2012

http://www.ssrevista.uel.br/c_v6n2_silvia.htm