Roberto Ramalho é advogado, Jornalista e Relações Públicas

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O terremoto de 8,8 graus na escala sismológica de magnitude de momento que atingiu o Chile no dia 27 de fevereiro, atingindo principalmente o Centro-Sul do país matou mais de 800 pessoas.

Este foi considerado pelos sismológos o maior tremor registrado no país nos últimos 25 anos. Pelo menos 5.000 (cinco mil ) pessoas sairam feridas segundo anúncio televisivo feito pela presidente chilena, Michelle Bachelet.
As informações são da BBC Brasil uma das primeiras emissoras a chegar ao Chile após o terremoto.

Segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês), o terremoto teve seu epicentro a 35 quilômetros de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros ao sul da capital Santiago e a 91 quilômetros ao norte de Concepción, a cidade mais atingida e devastada pelo terremoto e pelo Tsunami que se formou horas depois.

Segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos, a região foi atingida por um segundo terremoto de magnitude 6,2 horas depois do primeiro tremor.
Sismologistas estimam que o terremoto tenha sido tão poderoso que o sismo teria encurtado a duração do dia em 1,26 microsegundos e deslocado o eixo terrestre em 8 cm.

Depois do forte terremoto que abalou o Chile as autoridades alertaram para a ocorrência de tsunami nas zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e que também foi estendido para a Colômbia, o Panamá, a Costa Rica e a Antártida.

De acordo com o centro norte-americano, os efeitos do tremor foram percebidos no mar de Valparaíso, na costa a oeste de Santiago.

A agência meteorológica do Japão em decorrência do sismo no Chile também alertou para possíveis ocorrências de tsunamis na região do Pacífico.

No entanto a presidente do Chile Michelet Bachelet, descartou a possibilidade de tsunamis no Chile o que terminou acontecendo em Concepcion. Ela havia dito que era normal que as ondas fiquem mais altas após um terremoto, mas que não havia previsão de ondas gigantes.

As informações obtidas pela imprensa internacional foi a de que na capital chilena, relatos deram conta de que os prédios tremeram entre 10 segundos e 30 segundos.

Contudo mesmo após o terremoto, tremores secundários de intensidade variável foram registrados em todo o país, levando as autoridades chilenas a pedir aos moradores que permanecessem em suas casas.

Depoimentos de pessoas na cidade de São Paulo dão conta de ter sentido os efeitos do abalo no Brasil o que terminou sendo confirmado pela Defesa Civil de São Paulo que confirmou os relatos, mas afirmou que não havia danos ou vítimas.

A presidente do Chile Michelet Bachelet e o presidente eleito Sebastian Piñera agiram o tempo todo juntos e não me diram esforços para ajudar e socorrer as vítimas do terremoto.

Depois de reunir-se com Michelle Bachelet, em Santiago, o presidente Luis Inácio Lula da Silva
comprometeu-se a enviar um hospital de campanha da Marinha Brasileira, além de profissionais de saúde e de resgate, para auxílio às vítimas do terremoto.

Durante o sismo, havia 300 a 400 brasileiros em trânsito no Chile. 30 deles regressaram em 2 de março, no avião reserva da FAB que acompanhava a aeronave do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, informou que um avião Hércules da FAB seguiria para Santiago no dia seguinte, a fim de trazer outro grupo de brasileiros.

Também o presidente da Organização das nações Unidas Ban-Ki-Moon em visita ao país anunciou a doação de  U$$ 5 milhões.

A empresa americana Air Worldwide, especializada em avaliar o impacto financeiro de desastres naturais, como terremoto, por exemplo, estima que o prejuízo total decorrente dosismo possa ultrapassar a cifra dos 15 bilhões de dólares, considerando não só os danos ocorridos em edificações, mas também na infraestrutura  como aeroportos, redes elétricas e de telecomunicações, estradas e pontes.

O maior terremoto do mundo a atingir o país no século passado foi um tremor de magnitude 9,5, registrado na cidade de Valdívia em 1960, deixando 1.655 mortos.