O SAMBA(Poesia)

                                                            Autor: Paulo Roberto Giesteira

O samba que surgiu no sobe e desce dos morros,

Com vários crioulos tocando uma viola, uma cuíca, pandeiro e um tamborim,

Com muitas letras de musicas que foram compostas a serafins,

pelos goles alegres ou tristes de cada beco, casas ou botequim.

As Tias mães doceiras ou salgadeiras que aglomeravam em suas casas estes querubins,

Pelo telefone que antigamente tocavam trim trimmm...

Ou mesmo sobre um terreiro, quintal ou quadra de samba,

Numa avenida como passarela, sobre muitos alarmes sambistas dos batuques festins.

Dos mascarados, pierrôts, colombinas, e arlequins.

Das pernadas ou rabos de arraias das rodas ressoadas a uns estrondosos estopins.

Este mesmo samba trás nas origens os reco-recos, chocalhos,

 e os agogôs que ressoam sob o som de pim, pim,pim, pim,pim.

Daqueles que chegaram lá das bandas nordeste e do Senhor do Bom Fim.

Nas gingas daquilo que permanece bom a esconder algo de ruim.

Das boemias noturnas ou diurnas que inspiravam seus integrantes por todos os confins,

Na inesgotável inspiração que construia a sua alma esclarecedora pelo barulho de um clarim.

Descrevendo o que ganhou ou mesmo perdeu como um tesouro branco marfim.

O fazer no pé para os sambistas é como passear a pé de trampolim a trampolim.

Naquelas passadas ligadas as cadências deslizadora lisamente sobre pisos, ou capins,

Nas malícias e milícias dos passistas a se pendurar conforme um xaxim.

Das origens negras ocupantes daquelas terras afros a aculturar pelos seus xim-xins.

No compasso dos surdos, repiniques, tarol, ou coisas assim,

Pelos seus ritmos a elevar as coisas boas esquecendo as ruins.

Nas danças alucinantes que balançam a quem ouve como quem começa a gostar e fica a fim.

Feitos brinquedos a precisão de quem sabe a se equilibrar flutuando sobre patins.

Transformando como integrante a ouvir e a sambar como decorrer

daquilo que de iniciante esquece da vida de antes com o seu determinado fim.

                                                   E enaltece o samba como uma coisa boa a isolar da de ruim.