O renascimento do saber

Terminaram os mil anos medievais. Novos tempos começaram. Os ventos de inovação haviam começado com as cruzadas que trouxeram do oriente novas ideias para o comércio, para a filosofia e para os conhecimentos.

Durante a Idade Média praticamente tudo circulava ao redor da Igreja e da religião, mas agora, a partir dos séculos XIV e XV um novo eixo estava sendo formado e o centro desse círculo era o Homem: com seu corpo a ser conhecido (pela ciência) e contemplado (pelas artes).

A terra, planeta central, para os medievais, passou a ser apenas um planeta a mais girando ao redor do sol com um destino desconhecido.

Outra característica desse novo tempo: as certezas da fé e da religião cederam espaço para a incerteza do saber científico que descobriu todo um universo a ser descoberto pale pesquisa. Mundo a ser decifrado, calculado e aberto a novas explicações.

É claro que isso não aconteceu por acaso e sem que houvesse resistências, pois se um grupo estava redescobrindo o mundo e suas potencialidades, um outro grupo (a Igreja e a nobreza) estava perdendo poder. As inovações, o comércio, a ciência e o homem queriam mais espaço e por isso lançaram-se ao mar, descobriram o novo mundo, criaram nova visão religiosa (com Lutero e outros reformadores) e dessa forma crescia o espaço para uma economia baseada no lucro (as raízes do capitalismo).

Tudo isso e muito mais foi a face do que renasceu da revalorização das culturas antigas vindas da Grécia e de Roma.

Esse conjunto de elementos, feito raízes germinais, caracterizaram o movimento renascentista a partir do qual se estruturou o moderno mundo que nos dias atuais não é só do conhecimento, mas também infotecnovirtual.

Neri de Paula Carnairo

Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador

Rolim de Mooura - RO