A interpretação duvidosa do calendário maia de que o fim do mundo estava previsto para 21 de dezembro de 2012, deflagrou uma série de sentimentos e sensações no indivíduo, ainda que esta interpretação lhe parecesse ridícula e questionável.

 Enquanto algumas pessoas divertiram-se acerca desta crença, outras se prepararam para esta data, com muita seriedade e expectativa.

Apesar de já ter visto isso acontecer tantas vezes, o que parece mesmo é que o ser humano nunca estará plenamente preparado para lidar com a inevitabilidade da morte.

Enquanto essa teoria foi massificada, certezas foram sobrepujadas por questionamentos na mente daqueles que acham que toda teoria tem um fundamento. Dúvidas, medos e reflexões foram erguidos constantemente.

Como se busca encontrar aspectos positivos, mesmo na mais profunda dor, o processo de desintegração de uma visão fixa e da quebra de paradigmas formados durante uma vida inteira, são exemplos de ganhos para os que se prepararam física, psicológica e espiritualmente para o tal evento, o que é interessante e extremamente importante para o crescimento e amadurecimento humano.

O anseio pelo fim nada mais é do que o reflexo do mais profundo desejo de recomeço. 

Quando o recomeço pelo fim não é possível, ganha-se ao menos por uma boa revisão e reflexão feita  da vida e de suas escolhas.

Interessante é saber se maior foi o ganho pela crença no final ou a frustração pelo tempo perdido. Contudo, mais importante que tudo isso é a certeza de que sempre se pode recomeçar.