O quinto saber dos sete saberes em Edgar Morin, material para prova do concurso público.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 01/09/2013 | EducaçãoO quinto saber dos sete saberes em Edgar Morin.
O quinto saber em Edgar Morin, é determinado pelo princípio da incerteza, o que tinha sido formulado antes na Física desenvolvida por Heisenberg, o principio da incerteza.
Por Einstein a teoria da relatividade, Bachelard em epistemologia a teoria da verdade aproximada, Nietzsche já tinha refletido a verdade como critério de proporcionalidade.
A incerteza reina no mundo acadêmico diz Edgar Morin, as escolas querem ensinar apenas as certezas, como se fizessem parte da normalidade do currículo.
Desse modo, é pacifico ensinar a Física clássica de Newton a respeito da teoria da gravidade, mas como encarar a Física contemporânea de Einstein ou de Heisenberg a respeito da incerteza ou o princípio da relativização do conhecimento pela epistemologia de Bachelard ou Nietzsche.
Desse modo, o mundo científico é a incompreensão desses fundamentos em referência, a escola tem que enfrentar essa problemática que é permanente no dia a dia na sala de aula.
Ensinar a gravitação é simples ou a matemática convencional, a Ciência não pode abandonar determinados elementos da mecânica para ficar apenas com o jogo da certeza.
Essa lógica simplesmente não existe, resultado de compreensões pedagógicas equivocadas. Edjar Vasconcelos.
Essa forma de procedimento pedagógico é um antiprocedimento do saber pedagógico, a necessidade de enfrentar a incerteza como elemento fundamental para educação.
A incerteza é desse modo além de ser realidade nas Ciências é uma incitação à coragem epistemológica.
Ninguém constrói o saber sabendo, diz Morin, é uma aventura humana do ponto de vista da formulação da cultura, do crescimento epistemológico.
Não se desenvolve a Ciência a partir do previsível, realiza-se muito mais pelo imprevisto, o que não é totalmente conhecido e não teria como ser diferente, o que já se sabe, não tem mais sentido para evolução do próprio saber, o caminhar necessário pela imprevisão.
A grande questão que o imprevisto é absolutamente desconhecido, perigoso para a manipulação da cultura, apenas nesse momento da história da civilização humana que se admite que não se conheça o destino da aventura do homem.
É indispensável que a educação tenha a consciência que as futuras decisões devem ser tomadas tendo em risco evidentemente que estabelecer estratégias que possam ser modificadas no processo da própria ação pedagógica.
O desenvolvimento de qualquer método educacional, sempre cheio de imprevistos, informações adversas que vão aos poucos conhecendo.
Uma pedagogia que trabalha apenas com o conhecimento certo, ela não está ajudando o próprio mecanismo natural do desenvolvimento da educação. Morin.
A escola tem que admitir a possibilidade do erro, errar é mais comum que acertar, sendo que a incerteza faz parte da natureza do intelecto humano na busca permanente da elaboração do saber. O conhecimento é antes tudo uma permanente descoberta.
Edjar Dias de Vasconcelos.