O principal interesse em abordar essa temática se dá muito pelo fato da mesma além de gerar muito preconceito, é ainda um tema muito obscuro e principalmente de desconhecimento de grande parte da maioria dos alagoanos, que infelizmente tem em sua essência o total desinteresse em conhecer suas raízes, e suas histórias, fato que me causa muita inquietação, e que está muito evidente até os dias atuais a depreciação que a cultura negra tem em nosso país, e consequentemente no Estado de Alagoas, mesmo respaldados na Lei 10.639/03 que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira, tem papel significativo na reeducação da sociedade brasileira, uma vez que se posiciona na contramão do discurso hegemônico ocidental branco, que legitima o “olhar eurocêntrico” e silencia outras cosmogonias e saberes. Assim, ao estudo de historia nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, propõe-se o desafio de valorizar a cosmovisão e a identidade negra. Muito comum desde primeiros anos do ensino fundamental acontecer uma iniciação aos estudos das culturas gregas, e romanas, não desmerecendo as mesmas para o mundo ocidental, mas ao me deparar com esse estudo percebo que está muito mais próximo de nós brasileiros a cultura negra, afinal somos um país de maioria negra. O quebra de 1912, ou Quebra de Xangô foi uma atrocidade de repercussão nacional, mostrando a disputa política sendo levada ao um cenário de barbárie contra a essência religiosa da cultura afro-brasileira em nosso Estado.