O QUE SÃO INFLUÊNCIAS EXTERNAS

Por que temos dificuldades de relacionar (e mesmo aceitar) que acontecimentos e mudanças que tem ocorrido no mundo tenham a ver com mudanças e acontecimentos num duplo astral deste mesmo mundo? Por que achamos que isso tudo não está ligado a corações e mentes de um lado e de outro?

Corações e mentes de um outro mundo conectados a corações e mentes de nosso mundo. Bons conectados com bons e maus conectados com maus.

As mudanças climáticas e estruturais do planeta podem estar sendo engendradas por uma mente superior, ou mentes superiores. Se não podemos afirmar isso, muito menos podemos negar.

O que te faz sentir dores, tristeza e alegria? Com certeza, não é você mesmo o causador. Às vezes, você sente coisas das quais não tem a mínima idéia da origem. É dificil não pensar em que, de alguma forma, somos dirigidos. Não temos o controle total de nossas vidas. Por outro lado, você perguntaria: e a minha liberdade? e o meu livre-arbítrio? Eles continuam em nossas mãos, o problema é que temos uma certa preguiça de exercitá-los. Queremos mais é que eles nos guiem do que usá-los para nos guiarmos. Há influências externas, sim, mas, temos a possibilidade e a força para enfrentá-las, principalmente quando são perniciosas. Para enfrentá-las, basta a vontade.

Quanto as influências que modificam o planeta, não temos força suficiente para confrontá-las e, assim, só nos resta assistir e nos protegermos quando possível.

Como explicar políticos e empresários que tudo tem, tudo podem para o bem, mas, mesmo assim, escolhem roubar, prejudicar as pessoas e o país? A única explicação para isso é uma influência maléfica pela qual eles se deixam dominar, ficando quase que inconscientes de seus atos.

Você deve notar que pessoas que não tem muito dinheiro, não pertencem a grupos políticos, dificilmente sofrem este tipo de influência. Não sofrem porque em nada resultaria para as entidades influenciadoras. A empresários e políticos são dados poderes pela sociedade para influenciarem esta própria sociedade. O homem comum não tem tais poderes. Então, para que perder tempo influenciando-o? Você tem que influenciar alguém que será capaz, no meio em que vive, de realizar a modifição importante que você deseja, seja para obter alguma vantagem ou, simplesmente, para satisfazer um desejo fútil, uma brincadeira de mau gosto, uma piada para rir.

Como explicar grupos que, de repente, sob o domínio de um só pensamento, formando uma só mente, resolvem espancar um motorista de ônibus até à morte? Como explicar pai e mãe que resolvem atirar a filhinha pela janela de um apartamento do nono andar? Como explicar filhos e filhas que assassinam os próprios pais?

Por que jornais e telejornais preferem enfatizar ou divulgar mais notícias ruins do que notícias boas?

Eu explico: com isso, foram acostumando os leitores/telespectadores, a tal ponto que uma morte violenta hoje é algo comum para a população, ninguém se assusta ou se preocupa. Quanto mais longe ocorre o fato, menor é a importância.

Quando, porém, o fato ocorre perto deles, ou no seio de suas famílias, aí se assustam, se importam, mas, do jeito que as coisas estão caminhando, tais fatos estão se tornando lugares-comuns. Chegará um tempo que nem mesmo dentro de suas famílias eles se importarão tanto.

Este tipo de atitude virou um ópio, e ópio vende bem. Notícias boas não vendem jornais, não dão audiências. Conseguiram um efeito duplo e vantajoso para eles: ao mesmo tempo em que envenenam as almas, ganham dinheiro para aumentar seu império e envenenar muito mais almas.

Ah, como seria alegre um jornal que, em vez daquela seção de óbitos, mostrasse uma seção de nascimentos, de efemérides. Mas, quem quer comprar alegria? Talvez porque alegria não tem preço. Como comprar amor? Isto tudo é gratuito, não se vende, não se compra, dá-se, sem esperar troco.

Só existem dois tipos de pessoas: aquelas constantemente sãs (ou normais) e aquelas constantemente insanas (anormais). Não há meio termo. Quem é normal, será normal até à morte. Quem é anormal, será anormal até à morte.

O problema é que pessoas anormais não podem ser influenciadas. Elas não têm mais um receptor de influências. Não podem ser guiadas.

Ou seja, apenas as pessoas normais podem ser influenciadas, para o mal, pois, para o bem, o resultado da influência só depende do receptor. Há uma diferença: para ser bom, você tem que se esforçar, tem que querer ser bom. Para ser mal, não é necessário se esforçar, basta ser receptivo ou um pouco preguiçoso. Sendo receptivo ao mal, significa que você tem tendência ao mal.

Então vem a pergunta se aquelas pessoas que foram más merecem ser punidas, já que sofreram influência externa. Claro que devem ser punidas, da mesma maneira que pais castigam filhos preguiçosos. E a punição deve ser equivalente ao crime. Só assim ficarão mais fortes para evitar as más influências.

Ser mal é fácil, é moderno. Ser bom é muito, muito difícil. Além do mais, ser bom está fora de moda há uns dois mil anos.

Brasilio – Dezembro/2011.