Infelizmente no Brasil não temos uma disciplina nas escolas que expliquem aos jovens o que de fato é a política, até mesmo muitos adultos não votam com consciência. Quando perguntamos o que é política? Muitos irão responder sobre politicagem, que em resumo é quando votam por causa do partido o qual o candidato é coligado, ou até mesmo por conveniência aos seus interesses pessoais, de troca de favores e ou de realizações insignificantes. O que deixa o país a mercê de políticos que não estão preparados para assumir as responsabilidades que lhe foi dada.

Essa pandemia colocou em evidência mais uma vez essa naturalização das desigualdades estruturais de nossa sociedade em seus diferentes níveis. Inicialmente, as chamadas medidas sanitárias e restritivas de circulação, como a necessidade de praticarmos um “isolamento social”, coloca o foco na suposição de que todos temos, de maneira uniforme, o exercício de um direito mínimo à moradia e ao saneamento, o que não é verdadeiro. O problema habitacional no Brasil faz com que nos deparemos com infraestruturas urbanas altamente precarizadas no que tange à mobilidade urbana e ao saneamento, como por exemplo, as das denominadas favelas ou “comunidades”. 

Manter os alunos aprendendo durante a pandemia da Covid-19 impôs desafios sem precedentes à educação no Brasil. A começar por sua dimensão: mais de 47 milhões de alunos estão fora da escola a fim de conter o vírus. Mas também expõe despreparo: professores tiveram que se adaptar da noite para o dia para lecionar remotamente e crianças vulneráveis veem pais com baixa escolaridade substituir professores na educação em casa. A conexão à internet não chega até as famílias vulneráveis e as autoridades locais precisam oferecer alternativas para facilitar o aprendizado remoto. A carga mental para os estudantes, pais e professores devido ao isolamento e à incerteza torna ainda mais difíceis o aprendizado, o ensino e a maternidade/paternidade. Em meio à pandemia e mesmo depois dela, há vários obstáculos a serem levados em consideração. 

A COVID-19 causou graves estragos no Brasil e em sua economia. No início da pandemia, cerca de três em cada dez brasileiros eram pobres e cerca de 8% viviam na extrema pobreza. De acordo com a definição utilizada no relatório, estão abaixo da linha de pobreza pessoas com renda per capita inferior a R$ 499 por mês. O relatório do Banco Mundial mostra que esses percentuais não mudaram muito desde 2012 (33% e 7,4%, respectivamente), o primeiro ano para o qual há dados comparáveis. A pandemia poderia ter aumentado significativamente a pobreza no Brasil, se não fosse o pacote fiscal e a transferência direta de renda para 68 milhões de pessoas.

Tendo diminuído substancialmente em 2020, as taxas de pobreza aumentaram acentuadamente assim que a assistência do governo minguou, tornando evidente a dependência das famílias brasileiras de suporte do estado diante de más condições no mercado de trabalho. No entanto, estima-se que as taxas de pobreza sejam pouco mais de um ponto percentual mais baixas em 2021 do que em 2019.

O programa Auxílio Emergencial, iniciado em 2020 pelo governo federal para enfrentar a COVID-19, ajudou a conter o aumento da pobreza naquele ano. A ajuda financeira representou quase metade da renda das famílias que estão na base da pirâmide social.

” Os programas de transferência de renda foram capazes de proteger grande parte da população dos impactos imediatos da pandemia, mas ainda precisamos entender melhor as implicações de longo prazo dessa crise no bem-estar. Este relatório procura contribuir para este objetivo”, disse a diretora do Banco Mundial no Brasil, Paloma Anós Casero.

Um debate "acalorado" em uma eleição extremamente dividida. Foi assim que a imprensa internacional repercutiu o primeiro encontro entre candidatos à Presidência realizado no domingo (28/8). Entre debates acalorados, pesquisas onde os dois principais candidatos dizem estar em primeiro lugar e uma onda de fake news, essa é a política no nosso país. A ética política no Brasil é apenas no papel, o que acontece de verdade é cada um se utilizando de um marketing político para conquistar os votos dos eleitores, o que está em jogo não é o melhor candidato para governar o país, mas sim quem ludibria melhor a população, prova disso são os resultados das últimas eleições. 

No cenário político atual, independente de quem vá governar o país a partir de 2023, temos que nos reestruturar economicamente, buscar novas alternativas para cessar a inflação e aumentar a qualidade da saúde no SUS, que foi o verdadeiro herói nessa pandemia.