A melhor  definição parece  ser de Shapiro (1978): Ter TOC/ST é como dirigir um carro sem ferio, sabe-se que está correndo muito ou fazendo um movimento rídiculo e/ ou repetitivo, mas o freio falha e não se consegue parar o movimento.
 é necessário esclarecer que a simples presença de alguma(s) obssesão(ões) e compulsão(ões) não caracterizam TOC, visto que estes sintomas podem enquadrar  outros distúrbios mentais(depressões, demências, etc).
Observo que as pessoas que apresentam este distúrbios são capazes de realizar diversas funções em suas tarefas profissionais, poirém sentem particularmente um vazio muito grande dentro de si, é como se a compulsão preenchesse este espaço, mas na verdade só aumenta o vazio. Exitem diversos casos de TOC, posso citar alguns exemplos como o alcoólatra, que precisa consumir muito para matar sua vontade, o usuário de drogas, crack,sexo, entreoutros,  ocorre em diversos casos, são  pessoasque necessitam de algo ou até mesmo de outra pessoa para suprir essa necessidade.

É uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos que podem parecer absurdas ou ridículas para a própria pessoa e para os outros e mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis de natureza sexual, agressiva entre outros que são difíceis de se afastar de sua mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos. As obsessões não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real.
Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão. Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida.

Freqüentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas idéias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psiquiátrico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à psicoterapia. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa percebe que a obsessão é irracional e a reconhece como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares. 
tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em linhas gerais, contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico (antidepressivos) em doses bem elevadas.
O transtorno obsessivo-compulsivo é classificado como um transtorno de ansiedade por causa da forte tensão que sempre surge quando o paciente é impedido de realizar seus rituais. Mas a ansiedade não é o ponto de partida desse transtorno como nos demais transtornos dessa classe: o ponto de partida são os pensamentos obsessivos ou os rituais repetitivos.
Há formas mais brandas desse distúrbio nas quais o paciente tem apenas obsessões ou as compulsões são discretas, sendo as obsessões pouco significativas. Os sintomas obsessivos mais comuns são:

  • Medo de contaminar-se por germes, sujeiras etc.
  • Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas
  • Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até assassinatos.
  • Pensamentos sexuais urgentes e intrusivos
  • Dúvidas morais e religiosas
  • Pensamentos proibidos

Os sintomas compulsivos mais comuns são:

  • Lavar-se para se descontaminar
  • Repetir determinados gestos
  • Verificar se as coisas estão como deveriam, porta trancada, gás desligado, etc.
  • Tocar objetos
  • Contar objetos
  • Ordenar ou arrumar os objetos de uma determinada maneira
  • Rezar

Diagnóstico
Os sintomas obsessivos e compulsivos são exclusivos do transtorno obsessivo-compulsivo, para fazer o diagnóstico. Contudo além dos sintomas são necessários outros critérios. O tempo gasto com os sintomas deve ser de no mínimo uma hora por dia ou quando o tempo for inferior a isso é necessária a existência de marcante aborrecimento ou algum prejuízo pessoal. É preciso que em algum momento o paciente reconheça que o que está acontecendo seja excessivo, exagerado, injustificável ou anormal. Isso faz com que o paciente ache que está enlouquecendo e tente esconder o que se passa, fica assustado e quando chega ao médico apresenta essa preocupação. Ao contrário do que se pode pensar a impressão que o paciente tem a respeito de si mesmo é um sinal de bom funcionamento mental, pois o paciente consegue reconhecer algo de errado em si mesmo. Os sintomas não podem ser dependentes de outro transtorno, por exemplo se a preocupação tem como foco a possibilidade de ter novos ataques de pânico não se pode fazer o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo.
Esse transtorno apresenta dois picos de incidência. O primeiro na infância e o segundo em torno dos trinta anos de idade. Muitas crianças apresentam esse problema nessa fase e depois nunca mais têm nada. Outras continuam tendo durante a vida adulta. Os adultos também apresentam oscilações do problema; podem ficar livres dos sintomas e dos remédios, mas também podem precisar de uso contínuo. Esse transtorno incide aproximadamente com a mesma freqüência em homens e mulheres, com pequenas diferenças de um estudo para outro. Nas crianças observa-se um aparecimento um pouco mais comum nos meninos.

Quando os antidepressivos tricíclicos e os IMAO eram os únicos antidepressivos no mercado, a clomipramina era a escolha de eleição e primeira linha. A característica desse antidepressivo em relação aos demais era sua relativa forte inibição da recaptação da serotonina. Acreditava-se desde então que essa propriedade fosse responsável pelo efeito antiobsessivo. Posteriormente constatou-se que isso era verdade. Hoje com várias medicações do grupo dos inibidores da recaptação da serotonina as alternativas de tratamento são mais amplas e eficazes.
Tem sido preconizado que o tratamento mais adequado é a combinação da farmacoterapia com as terapias cognitivo-comportamentais que isoladamente também apresentam bons resultados, assim como os remédios. A combinação desses tratamentos é superior ao uso isolado de cada um deles.

Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 02 Liv 14 Liv 05 Rev Bras Psiquiatr 2001; 23(Sup 2):6-9
O Quadro Clínico do TOC