O QUE É O TROVADORISMO?

                                                 

                                                  Marcos Espindola Macedo

RESUMO

Trovadorismo é o momento poético que se iniciou em Portugal nos séculos XII, XIII e XIV, é a primeira manifestação literária da língua portuguesa e seu surgimento ocorreu no mesmo momento em que Portugal começou a despontar como nação independente.

Suas principais cantigas são as cantigas líricas e as satíricas.

 

Palavras-chave: Portugal. Nação. Cantigas.

1 INTRODUÇÂO

 

 

 Trovadorismo é a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galaico-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados.

2 AS ORIGENS DO TROVADORISMO

 

São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem dessa poesia: a tese arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica, que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época.Todavia, nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesma, deixando-nos na posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes dessa poesia. A mais antiga manifestação literária galego-portuguesa que se pode datar é a cantiga "Ora faz host'o senhor de Navarra", do trovador português João Soares de Paiva ou João Soares de Pávia, composta provavelmente por volta do ano 1200. Por essa cantiga ser a mais antiga datável (por conter dados históricos precisos), convém datar daí o início da Lírica medieval galego-portuguesa (e não, como se supunha, a partir da "Cantiga de Guarvaia", composta por Paio Soares de Taveirós, cuja data de composição é impossível de apurar com exatidão, mas que, tendo em conta os dados biográficos do seu autor, é certamente bastante posterior). Este texto também é chamado de "Cantiga da Ribeirinha" por ter sido dedicada à Dona Maria Paes Ribeiro, a ribeirinha. De 1200, a Lírica galego-portuguesa se estende até meados do século XIV.

3 AS CANTIGAS

 

3.1 AS CANTIGAS DE AMOR

 

O cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível. Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a "minha senhor", a quem ele trata como superior revelando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da "coita", palavra frequente nas cantigas de amor que significa "sofrimento por amor".

3.1 AS CANTIGAS DE AMIGO

 

 

São cantigas de origem popular, com marcas evidentes da literatura oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos esses próprios dos textos para serem cantados e que propiciam facilidade na memorização. Esses recursos são utilizados, ainda hoje, nas canções populares. Este tipo de cantiga, que não surgiu em Provença como as outras, teve suas origens na Península Ibérica. Nela, o eu-lírico é uma mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo amigo (amigo = namorado), muitas vezes em ambiente natural, e muitas vezes também em diálogo com sua mãe ou suas amigas. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo encontro.

 

 

 3.2AS CANTIGAS DE ESCÁRNIO

 

Na cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio (ou "de escarnho", na grafia da época) definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, num processo que os trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

3.3AS CANTIGAS DE MALDIZER

Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.

4 EXPERIÊNCIA DOCENTE

4.1. Dados gerais da escola

   A Escola que proporcionou meu estágio foi a Escola Estadual Saul Ulissea, localizada no bairro Cabeçudas em Laguna/SC. Ela atende alunos dos bairros mais próximos, atua com projetos em tempo integral e trabalha com alunos do ensino fundamental e  médio.

O estágio e a regência aconteceram de forma bastante simples e creio que aproveitável, não somente por parte dos alunos, mas também por minha parte.

No primeiro dia fizemos uma explanação do conteúdo que iríamos dar, entregamos as folhas com o conteúdo e a cada parágrafo parávamos para explicar, no outro dia levamos algumas músicas para que pudéssemos fazer uma comparação entre as letras que eram usadas no trovadorismo e as atuais, houve muitas risadas por parte dos alunos quanto ao estilo maldizer.

Nos outros dias fizemos uma apresentação de slides, e um vídeo explicando mais detalhadamente, entregamos mais algumas atividades e fizemos as correções necessárias.

 

 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Com esse trabalho sobre o Trovadorismo observamos que há entre os alunos uma pequena ou nenhuma prática de leitura, muitos são os que detestam de forma grosseira ler e interpretar textos.

Tentamos com esse pequeno trabalho ajudá-los de alguma forma a estimulá-los não somente a saber o que é a literatura, mas também se aprofundar mais em conhecê-la; aprendemos que nós como futuros professores devemos ter o hábito de oferecer aos nossos alunos a leitura para ser trabalhada em sala de aula, dada a sua importância na formação do conhecimento de nossas crianças e jovens.

6 REFERÊNCIAS

 

 Disponível em <http:/ / www.agal-gz.org/ modules.php?name=News& file=article& sid=1373>Acesso em: 16 novembro 2013.

Disponível em<http:/ / www.filologia.org.br/ivjnf/ 07. HTML> Acesso em: 16 novembro 2013.