O que é dialética?  

Alex de Sousa¹ 

Resumo

Neste trabalho temos como objetivo apresentar um resumo do livro de Leandro Konder, com o titulo: “o que é dialética”. Em sua obra ele procura nos apresentar a origem da dialética e todo o percurso que a mesma fez até nos dias. Konder começa sua obra nos trazendo o significado da dialética, em seus diversos tempos. Ele nos diz, que a dialética segundo Aristóteles, foi fundada por Zenão de Eléia, porém outros consideram Sócrates como o seu fundador. A dialética era, na Grécia antiga, a arte do dialogo, mas que aos poucos, passou a ser a arte de, no dialogo, demonstrar uma tese por meio de um argumento capaz de definir e distinguir os conceitos envolvidos na discussão. Já na acepção moderna, dialética significava o modo de pensar as contradições da realidade, o modo de compreender a realidade, como essencialmente contraditória e em permanente transformação. Konder afirma que Heráclito foi o dialético mais radical da Grécia antiga, com a sua teoria do devir (tudo se transforma, tudo está em movimento), mas quem vai superá-lo é Parmênides com a essência do ser imutável. No entanto, a dialética não pode fundamentar-se só na metafísica, pois Aristóteles nos diz que para explicar cada movimento, a gente precisa verificar qual é a natureza dele. Com sua teoria de ato e potencia, Aristóteles consegue impedir que o movimento fosse apenas considerado uma ilusão desprezível. Konder nos diz que a dialética no período feudal e também nos séculos da idade media foi duramente sufocada e para poder sobreviver na filosofia precisou renunciar às suas expressões mais drásticas, conciliando-se com a metafísica. Contudo, devido à revolução comercial, ao renascimento e ao iluminismo, ela pôde sair dos subterrâneos em que tinha sido obrigada a viver e se fortalecer novamente. Após abordar este conceito histórico da dialética, Konder nos traz diversas temáticas trabalhadas pela dialética. Essas temáticas são: o trabalho que é desenvolvido todo um pensamento por Kant, Hegel e Karl Max; A alienação trabalhada por Karl Max e Friedrich Engels; A totalidade, desenvolvida por Karl Max e Hegel; A contradição e a mediação, abordada por Karl Max e Hegel; A fluidificação dos conceitos, por Karl Max e Hegel; As leis da dialética, por Karl Max, Friedrich Engels e Hegel; O sujeito e a história, por Karl Max, Hegel, Kant, Bernstein, Karl Kautsky, Lênin, Georg Lukácc, Stalin, Walter Benjamin; O individuo e a sociedade, por Karl Max e outros marxistas como Karel Kosik. Por fim, Konder encerra sua obra intitulando o ultimo capitulo de sementes de dragões, para dizer que ninguém jamais vai conseguir domesticar a dialética, pois ela existe tanto para fustigar o conservadorismo dos conservadores como para sacudir o conservadorismo dos revolucionários. Seu método não é se presta para criar cachorrinhos amestrados. Ele é como disse o argentino Carlos Astrada, “semente de dragões”. (Konder, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasilense, 2000.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudante de Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras.