O QUE É A POBREZA?

Por alessandro moreira | 04/01/2013 | Crescimento

A maioria das pessoas quando são deparadas com este substantivo feminino, de pronto, pensa na noção clássica e minimalista que está necessariamente albergada no viés econômico que faz referência àquele grupo de indivíduos que estão inseridos em determinado nível social.

É necessário um alargamento de significados que cabem dentro do significante pobreza se quisermos de fato, entender a sua real amplitude; as necessidades fundamentais diversas são imensas. A primeira delas seria a dignidade; todo ser humano deveria poder usufruir de alimentação e abrigo adequados a sua própria condição de ser humano.

Em relação à proteção, todos deveriam ter sistemas de saúde eficientes que trabalhassem tanto a prevenção como a cura das diversas doenças; um sistema de esgoto eficiente que está diretamente ligado ao saneamento básico que interfere na questão da saúde imediata.

Os cidadãos tem que ter acesso à educação de qualidade a não sofrer discriminação de qualquer natureza e isto inclui a religiosa, que em certas ocasiões, alguns pretensos líderes de algumas Igrejas, fazem a questão de esquecer, promovendo o ódio a determinadas minorias.

Pobreza de valores quando somos educados desde a tenra infância valorizar mais o que é estrangeiro em detrimento aos valores, costumes e a cultura nacional; pobreza de ação quando permanecemos calados diante das impunidades do cotidiano, do nosso encarceramento imediato às pessoas (os reizinhos) e não somente as instituições.

Pobreza de conhecimento de que não tivermos uma consciência ambiental mais ativa e protetiva, pereceremos uma que em consonância ao filósofo e economista inglês, Thomas Robert Malthus: “a população aumenta em proporção geométrica, enquanto os recursos disponíveis para a subsistência crescem apenas em proporção aritmética. A população aumenta, portanto, até mais além do limite de subsistência”.

As Nações Unidas difundiram um programa de Desenvolvimento Humano que teve como uma de suas criações o tão comentado IDH que seria a meta desejada por todas as nações na busca de melhorias gerais de suas populações. Como fazer para implementar um programa assim, se a população mundial atingiu em 2011 um total de 7 (sete) bilhões e oitenta e nove (89) milhões de habitantes?

A estimativa para 2050 é de termos uma população na casa dos 9 (nove) bilhões de habitantes; o nosso planeta não tem condições reais de manter uma população mundial com estes números tentando consumir de acordo com padrões americanos e chineses que são fomentados cotidianamente.

Temos que parar com o paradigma centrado na ausência de ações pontuais em desenvolvimento sustentável; faz-se necessário não se aceitar o posicionamento de China e Estados Unidos que são os maiores poluidores mundiais. Ao privilegiarmos a alocação de sentido, que melhor desenvolvimento estaria necessariamente conectado, a expansão do produto interno bruto, a qualquer custo social e ambiental, estamos nos inserindo em um processo autofágico não muito distante.

Não se pode querer esquecer que os problemas do meio ambiente estão intimamente relacionados aos de ordem social mundial; temos que entender de uma vez, que estamos todos na mesma arca e que, com a carência de planejamento racional na utilização dos espaços, será a destruição de nossa espécie. Temos que parar de agir como vírus e adotarmos a postura de seres realmente racionais e espirituais que objetivam um melhor legado a seus futuros descendentes.

SAPERE AUNDE!