O PSICÓLOGO HOSPITALR E O CUIDADO PALEATIVO COM O PACIENTE HOSPITALIZADOS NA UTI

Jéssica Rodrigues Borges 1

Lorena Beatriz Cândida de Paula1

Bárbara Guimarães Costa Pacheco2

Resumo

O presente trabalho apresenta a importância dos cuidados paliativos para os pacientes que se encontram em tratamento nas unidades de terapia intensiva. Pois é de suma importância a autonomia do paciente e de seus familiares legais, tomando suas decisões sobre o futuro de sua doença e tratamento. Podendo assim, aliviar o sofrimento e dor do paciente e seus familiares, visando acompreensão da morte como um processo natural da vida, e a importância do psicólogo no contexto hospitalar, nas UTIs e no processo de cuidado paliativo.

Palavras-chave: hospital, cuidado, paliativo, UTI, psicólogo.  

 

Abstract

This paper presents the importance of palliative care for patients who are under treatment in intensive care units. It is of paramount importance to the patient's autonomy and its legal family, taking their decisions about the future of their disease and treatment. Thus being able to alleviate the pain and suffering of patients and their families, aiming at the understanding of death as a natural process of life, and the importance of the psychologist in the hospital, in the ICU and in the palliative care process.

Keywords: hospital care, palliative, ICU, psychologist.

 

INTRODUÇAÃO

            Houve um tempo em que a medicina tratava os doentes enquanto havia possibilidade de cura. Depois, os médicos aconselhavam a família a levar o paciente para morrer em casa. Infelizmente, na grande maioria as pessoas morriam no sofrimento com muita dor e tristeza. 

           Atualmente a medicina resolveu assumir a responsabilidade do paciente nessa situação de sofrimento e dor, terminando seu compromisso com o paciente sua família só morte a morte do paciente. Com isso, os Cuidados Paliativos tornara-se de suma importância no ambiente hospitalar. Aliviando o sofrimento e melhorandoa qualidade de vida dos pacientes com doença ativa e progressiva que ameacem a sua continuidade e qualidade de vida. 

             O cuidado paliativo necessita de uma equipe multidisciplinar, o psicólogo contribui de forma positiva, principalmente no âmbito das UTIs, desenvolvendo um trabalho de acolhimento, garantido a qualidade de vida do paciente e familiares envolvidos nesse processo, garantindo a autonomia do mesmo, que tem o direito de escolher o futuro de sua vida e de seu tratamento nessa situação difícil. 

UMA BREVE HISTÓRIA DO HOSPITAL 

         A palavra hospital originou-se do latim hospitalis, que significa ser hospitaleiro, acolhedor, referindo-se também, a hospede, aquele que acolhe os hospedes. O hospital atualmente tem a concepção de lugar dos doentes, asilos dos enfermos e recepção de doentes. 

           Um dos primeiros lugares para cuidar de enfermos com registro na Irlanda, no ano 300 anos a.C. Era usado pelos Cavaleiros da Casa Vermelha como residência no Ulster até sua destruição no ano 332 da era Cristão 332 anos d,C. onde os doentes eram cuidados por membros da igreja, o que ajuda também em tirar os leprosos da sociedade. 

            De acordo com Lisboa, (2002), havia a existência de hospitais em mosteiros budistas, em 543 a.C. eram mantidos em diferentes locais, privados de medicamento e médicos preparados, surgindo a primeira referencia dos enfermeiros. 

            Os enfermeiros geralmente eram estudantes de medicina e deviam ter habilidades, inteligência, conhecimento de arte e preparo de medicamentos, deviam ser puros dedicados e cooperadores. (LISBOA, 2002p.10).

             Na Itália, existiam hospitais reservado para o tratamento de animais. Médicos hindus que se especializaram no uso de drogas anestésicas, realizavam operações de hérnias, cataratas e cesárias. 

            Com os voluntários militares surgiram os verdadeiros hospitais em tamanho e complexidade. No inicio, incorporado por militares e médicos militares, tratando tanto os feridos quantos os que se encontraram doentes. Após a batalha os casos leves eram atendidos ao céu aberto, para os casos mais graves dispunha-se de hospitais de campanha. ( LISBOA, 2002. p. 13).

            Ainda de acordo com Lisboa, (2002),  no século XVII  os hospitais assumem tarefas  de cuidado aos enfermos. No século seguinte, diversos hospitais voluntários são construídos na grã-Betânia por meio de ação cooperativa ou substituídos por ricos doadores. 

           No século XVIII, começa a surgir os ambulatórios, oferecendo cuidados médicos para pessoas que se locomovem por seus próprios meios, que dispensam a internação. ( LISBOA, 2002. p. 20).

           Dessa forma, o hospital passa a ser considerado como um local de cura, sua distribuição do local torna-se um lugar terapêutico. Foram inseridos neste contexto o médico que organiza a estrutura fisica, arejamento, regime alimentar e bebidas. Que são considerados aspectos importantes para a cura. ( LISBOA, 2002. p. 22).

             Em meados do século XIX, acontece o desenvolvimento da medicina, o uso de assépticosantissépticos, que diminuíram o numero de mortes por infecção , surgiu também, a anestesia, permitindo a realização e cirurgia sem dor, alterando a imagem do hospital, que deixou de ser um lugar aonde os pobres iam para morrer, passando a ser um local de cura. ( LISBOA, 2002. p. 24).

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO HOSPITAL 

            Medicina e psicologia já foram uma pratica só, considerando o paciente como um todo orgânico, ultrapassando seus limites físicos, integrando-se à natureza com suas diversidades. Religião, força da natureza, doençae filosofia eram um conjunto só. Religião, força da natureza, doença e filosofia eram um conjunto só. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.15).

            Segundo Jacintho; Celeri; Straus. (2206),  Os profissionais da saúde perceberam que existe um lado obscuro e inconsciente que geram conflitos que complicam a evolução e reduzem a eficácia do tratamento. 

A presença do psicólogo nos hospitais se fez imprescindível a partir do momento em que houve o aparecimento de episódios psicóticos, ora relacionados com o uso de tecnologia avançada, ora com os procedimentos cirúrgicos e mesmo com os estados confessionais e depressivos decorrentes do uso de medicação. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.26).

           Os aspctos emocionais podem causar alterações nas reações e habilidades, alterando o tratamento, possibilitando a tomada de decisões que influenciam nas chances de sobreviver. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.26). 

O psicólogo cheega ao hospital com um sem numero de tarefas possíveis de serem realizadas. Cabe a ele, como profissional responsável, saber, a que veio e emprestar seu saber de modo eferente e eficaz. Para isso, devedelimitar sua tarefa, em função dos seus conhecimentos técnicos e práticos e da finalidade para o qual foi contratado, portanto, segundo as necessidades e objetivos do contratante, que podem ser vários e diferentes entre si. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.27).

          De acordo com Jacintho; Celeri; Straus. (2206), o psicólogo também, exerce o papel de força humana se dedicando a dor, doença e morte, é capaz de proporcionar satisfação e prazer, através de defensivos da natureza sublimatória, quando as tarefas desempenhadas são socialmente valorizadas.

             Outra tarefa desenvolvida pelo psicólogo no hospital é a assistência direta ao paciente e  sua família, buscando o paciente no processo de adoecer.

            Existem três níveis essenciais para a atuação do psicólogo no hospital são: psicopedagogo, psicoprofiláticoe psicoterapêutico. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.32).

O PSICÓLOGO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

            As unidades de terapia intensivas ( UTIs) são para onde são destinados os pacientes em estado grave, com possibilidade de recuperação, exigindo uma assistência médica e enfermagem permanente, e utilização de aparelhos especializados e adegados. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.62).

             Segundo Jacintho; Celeri; Straus. (2206), nas UTIs as ações devem ser rápidas e precisas, exigindo enorme competência da equipe. Nela há um limite entre a vida e a morte. E geralmente os familiares do pacientes ali internados tem pouco ou nenhum acesso. 

            Nas unidades de terapia intensivas geralmente, são internados os pacientes com doenças crônicas, degenerativas, pacientes que sofreram acidentes graves, quadros irreversíveis. Os mesmos precisam de cuidados e atenção intensa e frequentemente nos seus leitos. 

            Com o passar do tempo pode-se perceber que o paciente com longa permanecia neste local lhe causava muitas desordens psicológicas, principalmente delírios, causados por distúrbios psíquicos em pacientes com lesões após acidentes, complicações e impacto de doenças, fatores ambientais, não saber se é dia ou noite por conta das janelas fechadas, privação do sono pelo barulho do local , dor, depressão, ansiedade  e vários outros fatores. 

             De acordo com Jacintho; Celeri; Straus. (2206), os sintomas psíquicos causados por esse ambiente do hospital, geralmente desparecem ou diminuem após 48 horas depois da alta. Mas na realidade isso depende muito do motivo pelo qual o paciente foi encaminhado para a UTI e também, é claro, de sua personalidade. 

           Para que se obtenha êxodo no tratamento na UTI a equipe que ali trabalha deve se esforçar na diminuição do barulho, inserir janelas com visão do lado de fora do hospital, colocar relógios e calendários em lugares visíveis para que o paciente fique informado sobre data e hora e garantia para um sono regular. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.68)

            É importante também, fornecer informações com cuidado ao paciente, de forma compreensível e afetuosa. Se acaso o paciente não entender a informação, isso poderá lhe causar ansiedade. 

           O processo analítico se baseia em fornecer novas implicações. Desta forma, deve-se focar na fala, gestos, olhares e gemidos do paciente e se colocar no lugar dele e ser porta voz do doente neste momento. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.69)

Além de avaliar e intervir junto ao paciente, compete ao psicólogo na UTI atuar com os familiares, facilitar, criar e garantir a comunicação efetiva e afetiva entre paciente/família e equipe, identificando ate mesmo qual membro desse pequeno grupo social é o que tem mais condições emocionais e intelectivas para estar recebendo informações da equipe. Se a família estiver desorganização, verificar se tem meios e condições ou se necessitam de colaboração para se reorganizar. ( LAMOSA, 1990). 

           O psicólogo também tem a função de avaliar o paciente e familiares, discutir com a equipe as dificuldades na comunicação  e manejo dos quadros psicopatológicos manifestados, deve conhecer a historia de vida do paciente. 

           Ele também é responsável de organizar as reuniões, abordando assuntos como lidar com familiares em crise, diante de um paciente depressivo, discutir concepções do doente, entre outros. 

           Essas atividades são orientadas visando o paciente e sua família. Se algum membro da equipe em que trabalha precisar de orientação psicológica por problemas pessoais ou dificuldades de desempenhar sua função, o psicólogo que ali trabalha pode somente fazer um encaminhamento adequado. (JACINTHO; CELERI; STRAUS, 2206. p.70).

           As unidades de terapia intensiva necessitam de uma equipe de saúde multidisciplinar preparada para lidar com os aspectos fisiológicos, emocionais, ambientais e psíquicos do paciente. 

O CUIDADO PALIATIVO  

Os cuidados paliativos são essenciais para a pessoa doente e se caracterizam por agrupar elementos que organizam o tratamento, cuidado e apoio ao paciente e seus familiares. Cuidado paliativo visam assegurar qualidade de vida a pessoa doente desde a fase do diagnóstico da doença até a fase do luto do familiar ( BARBI, 20011)

          Segundo Maciel (2008), quando se trata de cuidados paliativos, a cura e o controle sobre a doença deixam de ser o foco principal e passa a colocar o doente como um ser biográfico, ativo, com direito a informação e a autonomia para tomar decisões a respeito de seu tratamento. Visa também atenção individualizada ao doente e sua família na buscando o controle de todos os sintomas e prevenção de sofrimento.

            Os cuidados paliativos tem o objetivo de afirmar a vida e encarar a morte como um processo natural. Os mesmos não buscam apressar ou adiar a morte e sim, controlar a dor e sintomas integrando os aspectos psicossociais e espirituais nos cuidados ao paciente. ( BARBI, 2011).

           O cuidado paliativo envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, fisioterapeutas,fonoaudiólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, conselheiros espirituais e sacerdotes..

           A prática dos cuidados paliativos oferece ao paciente uma rede de apoio e ajuda para que ele viva ativamente até seu falecimento. Além disso, é função dos cuidados paliativos ajudar a família a lidar com a situação de adoecimento e morte de ente querido.

O paciente em cuidados paliativos não é privado dos recursos terapêuticos que a medicina pode oferecer, mas busca-se usar esses recursos considerando tanto seus benefícios quanto seus malefícios. Quando a abordagem paliativa começa precocemente, é possível antecipar e prevenir os sintomas da doença, o que traz bem-estar e qualidade de vida ao paciente. Quando estão bem informados sobre a doença e quando recebem apoio e orientação, tanto o paciente quanto seus familiares têm sua ansiedade diminuída e isso favorece um clima de confiança e segurança com a equipe profissional (MACIEL, 2006).

           

           Os cuidados paliativos defendem que não existe paciente fora de possibilidade terapêutica,  há uma opção a ser aplicada para garantir conforto e bem-estar ao paciente e sua família ainda que não haja como evitar o avanço da doença. 

O CUIDADO PALEATIVO NA UTI

             O Cuidados prestados ao paciente em estado terminal, considera-se que a cura é inatingível. Nesta situação, o objetivo principal é o bem estar permitindo-lhe uma morte digna e tranquila. 

             Quanto ao cuidado paliativo na unidade de terapia intensiva deve-se levar alguns princípios em consideração, como por exemplo,  aceitar a morte como um processo natural da vida, priorizar sempre o melhor interesse do paciente, repudiar futilidades: diagnóstica e terapêutica, não encurtar a vida nem prolongar o processo da morte, aliviar a dor e outros sintomas associados, cuidar dos aspectos clínicos, psicológicos, sociais, espirituais dos pacientes e de seus familiares. ( MATRIZ, 2008). 

No que concerne a área de atuação própria do paciente deve-se respeitar a autonomia do indivíduo e o princípio da não maleficência, privilegiando-se as decisões por consenso dentro da máxima certeza da irreversibilidade. Dessa forma, a decisão da equipe deve ser antecedida pelo consentimento do paciente ou de seus representantes legais, com registro em prontuário.(MAATRIZ, 2208)

             Mortiz (2008), afirma que é importante ouvir os familiares, compartilhando o máximo de informaçõespossíveis, com informação em linguagem compreensível. É imprescindível que seja respeitado o tempo de entendimento e a decisão da família, pois, o processo do morrer envolve inúmeros sentimentos e não podem ser considerado somente do ponto de vista racional.

             Nas UTIs a equipe deve ser reconhecida como provedora e também como objeto dos cuidados. A instituição gestora não pode se excluir da participação nos cuidados paliativos prestados aos pacientes e famílias de modo integral.

              As ações nas unidades de terapia intensiva se pautam em desenvolver ações de prevenção a participação da família-paciente e equipe assistencial, Fornecer apoio aos envolvidos no processo, permitir flexibilidade das visitas, controlar os sintomas e promover o conforto do paciente, reconhecer e tratar os aspectos físicos e psicológicos da dor. (MORTIZ, 2008)

O PSICÓLOGO E O CUIDADO PALIATIV

            Os profissionais de saúde devem estar atentos para identificar as necessidades do paciente, suas prioridades e se possui recursos disponíveis para lidar com a situação, dando suporte à família e mantendo uma boa comunicação.

           Na área de Cuidados Paliativos, a contribuição do psicólogo se define de uma visão da doença como pertencente ao campo da mente e das vivências e expressões da mesma, pelo corpo. O psicólogo necessita manter o equilíbrio nas suas relações com os outros profissionais e se comunicar para troca de conhecimento. (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2008).

O psicólogo deve estar atento em detectar os conteúdos envolvidos na queixa, no sintoma e na patologia, permitindo assim uma atenção integral e a identificação de desordens psíquicas que geram sofrimento, estresse e também aos mecanismos de defesa negativos que costumam surgir; isso favorece a reorganização da vivência de doença e o uso de recursos adaptativos no sentido de manter o paciente participativo no processo de tratamento (OTHERO & COSTA, 2007).

          De acordo com Ferreira, Lopes; Melo (2011) o psicólogo deve promover controle da dor e de outros sintomas estressantes; o trabalhar amorte como um processo natural; o oferecer de suporte à família para que haja compreensão do processo da doença em todas as fases; unir esforços de uma equipe multidisciplinar para oferecer o cuidado mais abrangente possível; ter sempre em foco que a melhore a qualidade de vida .

            O psicólogo deve se empenhar para minimizar os efeitos causados pela doença, facilitando a reintegração dopaciente e sua família à sociedade e a uma rotina mais próxima possível da que se tinha antes do diagnóstico.

             Trabalhar a questão da morte como um processo natural da vida, requer um vinculo e confiança entre o paciente e psicólogo, pois as fantasias acerca deste tema e do desejo de imortalidade é o ponto primordial para a ressignificação da intensa experiência que é o processo de termino da vida. Dessa forma, o psicológico na perspectiva dos cuidados paliativos solicita do profissional especial atenção a linguagem simbólica ao não dito.

             O psicólogo deve ter empatia e a escuta acolhedora verbal e não-verbal, permitindo que o paciente possa confrontar com seus conteúdos internos, suas angústias e sentimentos em geral, para que a partir daí inicie o processo de aceitação, elaboração e superação no que diz respeito ao adoecimento. A escuta permite identificar as reais demandas do paciente. ( FERREIRA; LOPES &MELO, 2011).

           Ferreira; Lopes; Melo (2011), afirmam que deve ampliar o canal de comunicação entre o paciente, familiares e equipe multidisciplinar, para facilitar a identificação de necessidades do paciente e da família, aumentando o bem-estar e facilitar a relação entre profissional de saúde, paciente e familiares.

A autonomia individual é um dos valores centrais na fundamentação dos cuidados paliativos na busca de um modelo bioético. Por conseguinte, é fundamental que nos cuidados destinados ao paciente oncológico, o psicólogo promova junto à equipe e aos familiares o respeito aos direitos desse paciente de fazer suas próprias escolhas, oferecendo informações claras sobre a doença e sua evolução e respeitando seus limites de compreensão e tolerância emocional; o que favorece a competência do mesmo para o exercício de sua autonomia para fazer as escolhas necessárias a sua vida e ao seu tratamento, mantendo assim sua dignidade. Portanto, decisões fundamentais devem ser discutidas com o doente ou seu representante legal, sendo respeitada sua vontade (ARAÚJO & LINCH, 2011).

           O psicólogo que integra uma equipe de cuidados paliativos precisa de formação profissional na área, na busca de estratégias para ajudar o paciente no enfrentamento e elaboração das experiências emocionais intensas, suas vivencias durante a doença. Tomando cuidado para não ocupar o lugar de mais um elemento no processo de tratamento.

            O psicólogo é um facilitador no processo de integração do paciente, da família e da equipe multidisciplinar, mantendo como foco o doente e não na doença.

             O objetivo do atendimento psicológico é mostrar ao paciente e seus entes que o momento vivido pode ser compartilhado, estimulando e buscando seus recursos internos, trabalhar com ele o sofrimento psíquico compartilhando  cumplicidade e favorecendo a experiência do adoecer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

             Os cuidados paliativos são essências no ambiente hospitalar. Sendo oferecidos para pacientes com doenças graves e terminais, a fim de diminuir sofrimentos causados pela mesma. A equipe de saúde, incluindo o psicólogo devem garantir o bem-estar do paciente e sua família. Fazendo-os entender a morte como um processo necessário e natural da vida. Considerando o paciente como autônomo, que tem autonomia que escolher o que achar melhor para sua vida, tratamento e decidir como quer viver os últimos momentos de sua vida. 

 

 

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REFERENCIAS

FERREIRA, Ana Paula de Queiroz; LOPES, LeanyQueiroz Ferreira; MELO, Mônica Cristina Batista. O papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos junto ao paciente com câncer. Revista SBPH. Vol.14, n.2. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582011000200007

JACINTHI, A.C.A;  CELERI,  E.H.RV;  STRAUS, L. interconsulta em psiquiatria infantil. In:BOT EGA, N.J. (Org). Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2ª ed. Porto Alegre: Artumed, 2006. 

LISBOA, T.C. Breve história dos hospitais: da antiguidade à idade contemporânea. Revista noticias hospitais, 2002, n. 37.

MORITZ, Rachel Duarte. Terminalidade e cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva.  Revista BrasTer Intensiva. São Paulo. 2008. p. 422-428.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2008000400016

 

 

 

 

1Estudantes do 7º semestre do curso de psicologia do Instituto Luterano de Ensino Superior – ILES / ULBRA de Itumbiara – GO.

2Orientadora da pesquisa. Professora do curso de psicologia do Instituto Luterano de Ensino Superior – ILES / ULBRA de Itumbiara – GO.