Quando falamos em vontade, falamos em decisões também, quando comecei a escrever esse artigo me lembrei de alguém que precisa tomar a iniciativa de alguma coisa, porém falta coragem.


Na psicanálise, a vontade pode ser definida em seis etapas, nas quais são bem definidas.
    -Investigação
Descobrir o que desejamos fazer.
    -Deliberação
Considerar diversas coisas que desejamos fazer em um dado momento e selecionar o que é mais relevante no momento atual.
    -Decisão
Decidir o que é mais importante, formulando o desejo com clareza.
    -Afirmação
Estar ligado a decisão tomada, através de reafirmação de que é a escolha certa.
    -Planejamento
Pensar nos meios através dos quais é possível fazer nossas escolhas acontecer.
    -Execução
Executar o que foi planejado, buscando meios de dar prosseguimento aos projetos elaborados.
Com isso toda escolha e decisão que tomamos é um ato de vontade!
Embora os atos da vontade incluam essas etapas elas raramente se sucedem de forma linear.
Temos também que considerar que todas as nossas decisões afetam tudo que nos rodeiam, um exemplo muito simples é se você decide comer uma maçã nesse exato momento, nem você, nem qualquer outra pessoa poderá comer essa mesma maçã, mas o subconsciente pode lhe dar a informação de que é simplesmente uma maçã, quantas outras existe no mundo para satisfazer desejos como o seu, então neste momento esse fato perde uma boa parte da sua significância.
Nossas escolhas devem ser feitas com responsabilidade, temos que considerar as possíveis consequências, devemos alinhar nossa conduta ao fluxo dos acontecimentos.
Existem ainda as " fases da vontade" que também são classificadas em etapas para a psicanálise.
-Falta de opções
É quando as pessoas se sentem vítimas da circunstâncias em que se encontram, em vez de fazer o que tem vontade reagem ao meio.
-Não possuir alternativas
São motivações primárias de desejo e medo, nos sentimos escravos, onde a manipulação aparece.
-Existem opções
Pode até acreditar que não é capaz, mas sabe que existem soluções, essa fase induz a mudança de percepção.
A "vontade fortalecedora" é a energia para escolher, enquanto que a "vontade capacitadora" é o conhecimento de como usar a energia gerada pela vontade fortalecedora. A vontade fortalecedora pode ser comparada com um carro e a vontade capacitadora é o motorista.
A melhor forma de desenvolvimento da vontade fortalecedora analisando como psicanalista é a prática diária!
É fácil criar novas técnicas para, desenvolvimento da vontade fortalecedora, mas o principal é realizar com satisfação e interesse. A vontade capacitadora também pode ser incluída em uma rotina diária, ao lavar a louça procure a forma mais eficiente e rápida de fazer isso.
Passamos então para a fase de "vontade estabelecida", onde começamos a agir como condutores da nossa própria vida.
Dentro da visão da psicanálise é uma visão consciente, onde ocorre um alinhamento do “eu transpessoal". Quando a vontade é trabalhada em um ponto de centralização, passamos a ser a causa de tudo que acontece na nossa vida.
Talvez tenhamos pouca ou nenhuma idéia de qual seja nossa vontade verdadeira ou o propósito dessa vontade, porém quando refletimos atentamente o propósito do que desejamos descobrimos um significado real para o nosso ser.
Entramos na boa vontade, mas o que vem a ser realmente “boa vontade “?
Talvez ser flexível, obtendo os atos ativos e passivos da vontade!
A boa vontade, não significa ser apenas delicado e gentil! É preciso ser dinâmico e ativo, afinal a boa vontade vem de uma decisão de querer demonstrar que existe boa vontade.
Para minha percepção como profissional a boa vontade promove a cooperação e o entendimento, porém nunca de forma excessiva, pois passaria por cima da nossa própria vontade.
Reflita sobre os benefícios e oportunidades que você pode adquirir com o propósito da sua vontade, deixe os sentimentos surgirem, sinta satisfação, pense o que mais poderia ter se trabalhar a força da vontade, procure o desejo de se tornar forte e determinado, não tenha medo de voltar etapas,atuando assim você é capaz de tomar decisões mais firmes e bem definidas e o principal completamente consciente.
Quanto mais coerência atribuímos nossas decisões, mais habilitado estaremos para escolher a opção que mais nos favorece.