RESUMO

O presente estudo tem como alvo focar as redes de atenção à saúde, direcionando que esses sistemas passam por uma mudança demográfica acelerada. Desse modo, a população brasileira, mesmo com baixas taxas de fertilidade, vai seguir se desenvolvendo nas próximas décadas, como resultado dos modelos de fertilidade anteriores. Porquanto, uma população em processo acelerado de envelhecimento constitui um aumento atinente às condições crônicas por que tais condições de saúde comprometem mais os segmentos de idade mais elevada. Em contrapartida, na expectativa epidemiológica, o país passa por uma forma de mudança especial, distante da dos países desenvolvidos. No que se refere, a análise epidemiológica, considera-se o conceito de qualidades de saúde, agudas e crônicas, que difere da tipologia mais habitual que vem a ser doenças transmissíveis e agravos não transmissíveis. Porquanto, as condições crônicas abrangem todas as enfermidades crônicas, e mais as enfermidades transmissíveis de curso longo, tais como a tuberculose, hanseníase, HIV-aids e tantas outras. A metodologia utilizada foi a da revisão bibliográfica que facilitou a compreensão dos assuntos relacionados ao tema objeto do estudo, tendo também sido uma oportunidade para conhecer a opinião de diversos autores, especificamente sobre o tema. E, por fim a conclusão, alegando que o Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Constituição de 1988, passou a assegurar ao cidadão brasileiro o ingresso social aos serviços de saúde. A partir do ano de 1994, o SUS passou a adotar o Programa Saúde da Família (PSF) assim, como estratégia para reorganizar a atenção básica à saúde, apresentando como objetivo a promoção o melhor desempenho no acolhimento e prevenção de enfermidades. Palavras-chave: Cuidados, Atenção Primária da Saúde, Qualidade de Saúde.

1 INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade, a crise dos sistemas de atenção à saúde, a qual se apresenta em todos os países mundo, em maior ou menor grau, deriva de um contrassenso em meio a uma situação de mudança demográfica, de transição epidemiológica completa e de dupla ou tripla carga de enfermidades nos países em desenvolvimento. Entretanto a epidemiologia contemporânea apresenta que, as dificuldades na saúde prevalecentes atualmente, determinados em terminologias de conflitos sanitários e econômicos, apresentam-se em volta das condições crônicas. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde recomenda de forma decisiva, porquanto os sistemas de saúde dominantes em todo mundo mostram-se em falha, porque não estão acompanhando a convergência de declínio dos problemas agudos e de elevação das condições crônicas. Desse modo, pode-se afirmar que, os fatores externos aos sistemas de atenção à saúde, transformam em ritmos mais acelerados que os fatores internos, os que se encontram sob a administração setorial. Assim, os sistemas de atenção à saúde não apresentam a capacidade de adequar-se, às mudanças contextuais. Convém ressaltar que, a mudança da situação de saúde, conjuntamente com outros fatores tais como o progresso da ciência, tecnologia e econômico, passa a definir a mudança da atenção à saúde. Em razão disso, em qualquer sociedade, faz-se necessário haver uma coerência em meio a situação de saúde e o sistema de atenção à saúde. Pois, no momento que tal coerência se rompe, instala-se a crise nos sistemas de atenção à saúde.

1.1 A atenção à saúde fundamentada na população

Vê-se, portanto, que, a atenção à saúde fundamentada na população vem a ser a capacidade de um sistema em constituir as necessidades de saúde de uma população característica, sob seu encargo, conforme os riscos, de implementar e analisar as intervenções sanitárias que, são atinentes a essa população e também proporcionar o cuidado para as pessoas, frente o contexto de sua cultura e de suas prioridades. No que se refere o discernimento da população quanto a uma rede de atenção à saúde, abrange um procedimento complexo, estruturado em diversos momentos, sob o encargo essencial da atenção primária1 . 3 Em reforço a esse posicionamento compreende-se que, a edificação social das redes de atenção à saúde, para ser coerente necessita de ser suportada por dados de qualidade, proporcionada por apropriados sistemas de informação em saúde. Para tanto, os sistemas logísticos tornam-se soluções tecnológicas, intensamente aportadas nas tecnologias de informação, a que assegurem um aparelhamento coerente dos fluxos e contra fluxos de dados, e pessoas nas redes de atenção à saúde, comportando um sistema eficiente de menção e contra referência das pessoas ao longo dos pontos de atenção à saúde como também dos sistemas de auxílio, nas redes de atenção à saúde2 . Acrescente-se que, a direção prática institui uma incumbência e uma visão nas organizações, que vem a ser, definir objetivos e metas que precisam ser atingidos para o cumprimento dos objetivos e metas; e desenvolvimento da capacidade de gestão necessária para delinear, monitorar e avaliar a atuação dos gerentes e da organização. Também a direção das redes de atenção à saúde, no SUS, precisa ser realizada por meio de disposições interfederativos, coesas com o federalismo cooperativo que se exercita no Brasil. [...]