1. INTRODUÇÃO

A amputação é classificada como uma deficiência física, e o sujeito deficiente têm seus direitos garantidos, a Constituição Federal de 1988, estabelece em seu artigo 23, “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:    II -  cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência” (BRASIL, 1988).

Nessa perspectiva Lima (2015) discorre que a amputação é a “perda total ou parcial de um membro”, de forma cirúrgica ou traumática ocasionada por etiologias que vão desde alterações congênitas a aquelas adquiridas em decorrência de doenças como: tumores, eventos circulatórios, traumas, acidentes de trabalho e ou trânsito.

A autora acima citada declara ainda que após a amputação, é necessário que o indivíduo se adapte a novas necessidades, buscando qualidade de vida por meio de atividade física, a qual “(...) pode auxiliar na melhora da qualidade de vida, retardando alterações fisiológicas, aprimorando a capacidade motora e consequentemente, podendo proporcionar benefícios sociais, psicológicos e físicos” (LIMA, 2015, p.15), mas muitos encontram dificuldade de realiza-la devido suas limitações vivenciadas, e ainda pela falta de um espaço apropriado e perto para a realização desta.

Nesse cenário, é preciso considerar que os indivíduos que sofreram algum tipo de amputação são submetidos a diversas adversidades durante sua vida, pois a amputação é um procedimento que altera a vida de uma pessoa, ocasionando mudanças físicas, psicológicas e sociais. Sob essa ótica, esse sujeito encontra limitações durante a realização de suas atividades diárias, e por diversas vezes eles ficam debilitados pela tristeza, perdendo sua identidade e qualidade de vida.

Santos, Vargas e Melo (2014, p.21) “(...) uma amputação de membros causa ao indivíduo um dano irreparável, afetando assim a vida como um todo, passando a exigir uma série de adaptações a restrições, que com o passar do tempo pode vir associada à diminuição das funções físicas e psíquicas.

Sabemos que a amputação leva o sujeito a aprender novas estratégias para se adaptar a sua nova realidade, e que as pessoas com deficiências devem buscar meios de conseguirem empoderamento e reabilitação, para atingir novamente sua qualidade de vida. Nesse cenário compreendemos que a prática de atividade física proporciona benefícios para a qualidade de vida dessas pessoas, melhorando seu processo de reabilitação e reintegração, mas para tanto é preciso que o profissional de educação física compreenda as limitações físicas dessas pessoas e esteja apto a organizar ações que condizem ao estado físico da pessoa amputada.

Compreende-se que “a pessoa com deficiência possui o direito de ser integrada na sociedade em diversas áreas, como cultura, lazer, esporte, educação e trabalho, pois faz parte deste social como todos os outros” (BARROZO et al, 2012, p.17).  Logo, este direito deve ser garantido, pela sociedade como um todo, garantindo benefícios ao sujeito “melhoria das funções orgânicas, promovendo importantes adaptações fisiológicas, e psicológicas, o que pode levar a longevidade e autonomia da capacidade funcional” (SANTOS; VARGAS; MELO, 2014, p.21).

Logo o papel do profissional de Educação Física, nesse âmbito, conforme ressaltam Meurer e Palma (2010, p.9), é essencial “(...) uma vez que precisa ter conhecimentos necessários para entender as deficiências, auxiliar no processo de superação das barreiras e no desenvolvimento da motivação por aspectos intrínsecos”. Cabe lembrar que o esporte adaptado é um fator de inclusão social, e pode ser usado enquanto quebra de barreiras, para pessoas amputadas.

Lima (2015, p.42) também afirma que, “o profissional de educação física, pode desempenhar um papel importante na reabilitação e promoção da qualidade de vida dos amputados”.

Com base nos aspectos expostos anteriormente, a pesquisa em questão apresenta o seguinte problema: como ocorre o processo de intervenção do profissional de educação física na reabilitação de amputados?

Neste sentido, a pesquisa em questão tem como objetivo geral: investigar como o profissional de educação física pode auxiliar na reabilitação de um amputado.

E como objetivos específicos: identificar especificidades relacionadas ao sistema locomotor, e conceitos e definições de amputação; averiguar as causas e os aspectos psicológicos afetados pelo processo de amputação; verificar o processo de atuação multidisciplinar, como se procede a intervenção da fisioterapia, além do papel do profissional de educação física na reabilitação de amputados; investigar os exercícios utilizados na reabilitação, e quais são os tipos de esportes adaptados para amputados.

Este trabalho constitui-se numa fonte de informações importantes sobre a temática em questão, e diante disto, buscará discorrer sobre aspectos importantes para a comunidade científica, trazendo à luz, informações relevantes para a melhoria no trabalho dos profissionais envolvidos, como o exemplo de médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física.

A pesquisa justifica-se ainda, pelo tema ser relevante no aspecto social, por apresentar benefícios à medida que suscitam novas reflexões a respeito da temática, expondo melhorias para saúde e identidade das pessoas amputadas, e reafirmando as pessoas amputadas enquanto sujeitos de direitos.

A pesquisa justifica-se ainda pela necessidade de reafirmar que esse conteúdo seja discutido nos cursos de graduação em Educação Física, para que estes futuros profissionais saibam lidar e desenvolver ações capazes de atender as necessidades especiais dos seus alunos amputados, promovendo inclusão social e melhoria para comunidade como um todo, e despertando o interesse pela temática em questão.

Dada a natureza qualitativa da pesquisa, trabalhamos com a hipótese que o profissional de educação física por meio do incentivo ao exercício físico e também ao esporte adaptado, permitirá que a pessoa amputada se reabilite e, tenha uma vida mais ativa, com melhor qualidade de vida e saúde mental.

A despeito do exposto acima, primeiramente identificamos as especificidades relacionadas ao sistema locomotor, e conceitos e definições de amputação, em segundo momento averiguamos as causas e os aspectos psicológicos afetados pelo processo de amputação, em seguida verificamos o processo de atuação multidisciplinar, como se procede a intervenção da fisioterapia, além do papel do profissional de educação física na reabilitação de amputados, posteriormente investigamos os exercícios utilizados na reabilitação, e quais são os tipos de esportes adaptados para amputados, e finalizamos com considerações a respeito da temática apresentada.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO
  1. SISTEMA LOCOMOTOR

Formado por dois sistemas que atuam juntos para garantir uma grande quantidade de movimentos: o Sistema Muscular e o Sistema Esquelético formam o sistema locomotor. Sem esses sistemas atividades simples como caminhar, alimentar e realizar tarefas do dia a dia seria impossível serem realizadas (TORTORA, 2002).

sistema muscular é formado por músculos, que são estruturas compostas por tecidos musculares, onde a característica principal desses tecidos é a capacidade de contração, que pode ser voluntária ou involuntária, dependendo do tipo. Existem três tipos de tecido muscular que são: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e o não estriado (SHERWOOD, 2011).

Ainda que existam diferentes tipos de tecidos musculares, somente um está relacionado com a movimentação do corpo e a postura, que é o tecido muscular esquelético. De todo peso do nosso corpo, 40% é constituído por músculos esqueléticos, compreendendo assim, a maior parte da musculatura do nosso organismo. O tecido muscular esquelético é o que nos permite fazer movimentos simples, como mover os olhos, e complexos, como os saltos graciosos dos ginastas (TORTORA, 2002).

tecido muscular esquelético está ligado aos ossos e, só se contrai após estímulos desencadeados por terminações nervosas ligadas a cada fibra muscular. A fibra muscular, também chamada de miócito, é a unidade fundamental do músculo esquelético e, é uma estrutura alongada formada por miofibrilas (SHERWOOD, 2011).

A contração muscular é o que permite a tração dos músculos aos ossos que estão conectados, permitindo assim a movimentação. Essa relação entre os músculos e os ossos, podem ser comparados aos sistemas de alavancas e geralmente ocorre em decorrência da contração de um músculo e o relaxamento de outro (antagonismo muscular) (FORJAZ e TRICOLI, 2011).

A eficiência de um músculo, como seu tamanho, está diretamente relacionada com a realização de exercícios físicos. A falta total de atividades pode levar à atrofia de um músculo, então deste modo, se uma pessoa fica por um período muito longo de tempo em unidades de terapia intensiva, faz-se necessário à realização de fisioterapia (DUMKE, 2011).

Já o Sistema Esquelético é formado pelo conjunto de ossos e estruturas cartilaginosas que formam o esqueleto. Além de agir na locomoção, o esqueleto auxilia na proteção dos nossos órgãos internos, na sustentação dos nossos músculos, na produção de células sanguíneas e atua ainda como reserva de cálcio (TORTORA, 2002).

Os ossos do esqueleto estão em íntimo contato com regiões chamadas de articulações ósseas. Essas articulações podem ser móveis ou não. As articulações móveis permitem a movimentação de um osso em relação ao outro, diferentemente das imóveis, que não permitem tais movimentos (FORJAZ e TRICOLI, 2011).

O esqueleto é dividido em duas porções principais: o Esqueleto Axial e o Apendicular. O esqueleto axial é composto pelos ossos do crânio, caixa torácica e coluna vertebral. Já o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores (SHERWOOD, 2011).

 

  1. SISTEMA ARTICULAR

 

Articulações ou Junturas são meios pelos quais as partes do esqueleto são interligadas e, classificadas em três formas distintas, sendo elas:  Fibrosas (onde os ossos são unidos por tecido conjuntivo que é rico em fibras colágenas e, não existe cavidade articular, estas articulações permitem poucos ou nenhum movimento) , Cartilaginosas (os ossos dessas articulações estão ligados por fibrocartilagens ou cartilagem hialina, ou ainda uma combinação de ambas. O número e a espécie de movimento estão propostos pela forma das partes articulares, pela quantidade e, pela flexibilidade do meio de união), e Sinoviais ( que contempla a maioria das articulações do corpo, articulações sinoviais são caracterizadas por serem livremente móveis, os movimentos deste tipo de articulação é limitado por ligamentos, músculos, tendões ou ossos adjacentes. Outra característica das articulações sinoviais é a presença de um líquido preenchendo a cavidade articular) (MACIEL, 2001).

O sistema articular é composto por articulações que formam conexões entre os ossos, estão divididos em: articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviáis. Articulações cartilagíneas (anfiartroses) os ossos estão unidos por cartilagem e permitem o movimento limitado, estão subdivididas em três categorias: sindrecondroses, temporárias, permanentes. Sínfises (fibrocartilagem ou cartilagem fibrosa) divididas em três subdivisões: sínfise púbica, anelfibroso, núcleopulposo. Articulações sinoviais (diartroses) incluem a maioria das articulações do corpo, estão subdivididas na seguinte forma: articulações planas, monoaxial, uniaxial, gínglimo ou dobradiça, tricóide ou pivô, biaxial, condilar ou elipsóide, selar, triaxial, esferóide (FORJAZ e TRICOLI, 2011).

 

  1. AMPUTAÇÃO

 

A palavra amputação em latim refere se a: ambiputatio, ambi = ao redor de, em volta de e putatia= podar, retirar (CARVALHO, 2003 apud ARONI, 2006).

A amputação surgiu no período que ocorria a primeira guerra mundial, mesmo com pouca assepsia e a falta de anestesia, já eram realizados alguns procedimentos de amputação em pacientes. E a partir do século XIX com a melhoria das técnicas apropriadas passaram a ser programas, ou seja, procedimentos existentes nos hospitais,  que proporcionavam o bem estar do paciente. Quando a cirurgia de amputação é realizada com urgência, não significa que o problema se encerrará de forma imediata e que pode deixar o cirurgião sem boas expectativas,ou seja, que mesmo com a amputação ainda poderá haver danos e sofrimento para o paciente após a cirurgia e que é apenas o primeiro passo para o seguimento da reabilitação, que normalmente ocorre por um longo prazo (GREGUOL, 2017).

O processo da amputação é  a remoção total ou parcial de uma extremidade do corpo por meio de cirurgia ou acidente. Na medicina, este método é utilizado para controlar dor ou doença que está acometendo o membro em questão, como no caso de um câncer e da gangrena (SILVA e LUCCIA, 2003)

Emprega-se a cirurgia de amputação para a retirada de um órgão ou parte dele, situado numa extremidade do corpo, como por exemplo, os dedos, a língua, mama, intestino, reto, colo uterino, pênis, orelha e membros. Com o passar dos anos, estas cirurgias se tornaram reconstrutivas, uma vez que visam reparar o membro doente, de  modo que a cirurgia é planejada e estudada para que o coto se transforme em um membro útil e funcional para uma reabilitação posteriormente (GABARRA e CREPALDI, 2009).

A perda de um membro pode ser um desativador da vida ativa de um individuo, assim a amputação muitas vezes é vista como uma mutilação do corpo, incapacidade ou a impossibilidade de realizar atividades rotineiras, o fato é que, este procedimento deve ser encarado como o início de uma nova fase, pois, mesmo que um membro tenha sido perdido, o importante é que houve a eliminação de um perigo iminente da perda da vida, ou de alívio de um sofrimento (MATEUS, 2012).

O procedimento cirúrgico da amputação é realizado primeiramente com a ligação das artérias e veias, com intuito de evitar uma hemorragia. Os músculos são removidos e, por fim, o osso é serrado, e a pele e a musculatura restantes são rearranjadas (SILVA e LUCCIA, 2003).

A amputação de membros é um imenso desafio a ser superado pelo paciente esse processo causa grandes danos e desafios que precisam ser superados , danos como mudanças no campo estético, na vida diária, no retorno ao trabalho, no lazer e na mobilidades. A reabilitação em casos de amputação tem como seu objetivo principal readaptar o paciente a sua nova condição de vida e condição física (GUARINO, CHAMLIAN e MASIERO, 2007).

 

  1. CAUSAS

 

A amputação pode ser causada por duas formas, as Congênitas e as Adquiridas, as adquiridas podem ser traumáticas, isquêmicas ou cirúrgicas, e as congênitas são as de nascidos com ma formação, ou seja, anomalias ou deformações acometidas ainda na gestação (CARVALHO, 2003 apud ARONI, 2006).

As principais causas que levam à amputação são de ordem vascular, causadas por: vasculopatias periféricas, traumáticas, tumorais, infecciosas, congênitas e iatrogênicas. Em meio as vasculopatias periféricas, responsável por afetar indivíduos acima dos 50 anos de  idade, os membros inferiores como dedos, pés e pernas são os mais acometidos.  A etiologia mais frequentemente observada gerada por eventos vasculares é a diabetes e o tabagismo (ARONI, 2006).

As causas traumáticas são as que afetam uma parcela significativa da população em efeito dos acidentes de trânsito, acidentes de trabalho ou, menos frequente, resultante de outras causas. Dentre essas etiologias, as ocorridas em acidentes de trabalho, as amputações dos membros superiores (dedos, mãos e braços), são mais corriqueiras, assim como as neoplasias ósseas, como exemplo as osteossarcomas, também resultam em amputações, nos membros inferiores. A primeira etapa deve ser direcionada ao tratamento do tumor, sendo que a amputação só entra como segunda alternativa, no caso do tratamento não surtir efeitos (MATEUS, 2012).

As variáveis que podem levar a amputação de membros são: infecções incontroláveis, em situação de emergência; dor crônica em pacientes com doença vascular que não possuem outras possibilidades terapêuticas; ossos e partes moles dos membros destruídos de forma irrecuperável devido a doenças vasculares ou traumatismo; tumores que seja malignos ou benignos; deformidades que tenham implicações funcionais que podem melhorar com o uso de próteses; deformidades estéticas que podem ser diminuídas com a prótese (SILVA, LUCCIA, 2003).

Pode ainda ocorrer a amputação por três razões subsequentes: os acidentes traumáticos relacionados a veículos automobilísticos, acidentes de trabalho e assaltos; doenças crônicas, como diabetes e doenças vasculares; tumores benignos e malignos (REIS, JUNIOR e CAMPOS, 2012).

 As complicações mais comuns no processo de amputação são: deiscência de suturas, edemas, ulceração, inflamações, infecções, retração da cicatriz, neuromas, espículas ósseas e fenômeno “fantástico”. No caso do fenômeno fantástico, o paciente sente como se ainda tivesse o membro que foi amputado, que pode ser doloroso ou não. Geralmente pode se manifestar até a 3° semana após o procedimento. (SILVA e LUCCIA, 2003).

O procedimento de amputação pode dar-se em níveis diferentes, como por exemplo: nos dedos, acima ou abaixo do joelho, nível da perna. O local é determinado pela avaliação da potencialidade de melhor cicatrização do membro associado com a funcionalidade para o paciente. Costuma-se preservar o máximo possível  do membro que será amputado, para que a reabilitação do paciente seja de maior proveito e, já pensada para que o mesmo possa fazer o uso de próteses (REIS, JUNIOR e CAMPOS, 2012).

O nível da amputação é a altura em que ocorre a retirada do membro, ou seja, onde ocorre a cirurgia, é de suma importância para a reabilitação a escolha do nível da amputação, pois  existem diversos tipos de próteses que podem variar na adaptação do coto. A restrição da realização de atividades está diretamente relacionada ao nível de amputação e, com a possibilidade de reabilitar posteriormente. As amputações que são realizadas acima do joelho são ligadas a baixa capacidade de reabilitação e a alta restrição de atividades (GREGUOL, 2017).  No entanto, quanto mais alto for o nível do local da amputação em membros inferiores, mais pobre e mais difícil é o ajustamento psicológico, motor, postural e funcionalidade física do paciente e em amputações bilaterais (nos dois membros inferiores) isto é ainda mais relevante.

Figura 1- Amputação transfemural unilateral sem uso de próteses.

 

(MINISTERIOS DA SAUDE, 2014)

A amputação a nível transtibial é a mais realizada, por ser considerada um nível ótimo para a protetização, pois proporciona um maior braço de alavanca e assim, um menor gasto de energia durante a marcha (REIS, JUNIOR e CAMPOS, 2012).

Alguns tipos de amputações são realizadas pensando no conforto e, na possibilidade de uso de próteses, alguns tipos mais comuns são: (F. DUERKSEN, e ARONI, 2006 p.343).

Membro Inferior:

 

• Amputação parcial de pé;

• Desarticulação de tornozelo;

• Amputação transtibial;

• Desarticulação do joelho;

• Amputação transfemural;

• Desarticulação do quadril e desarticulação sacro-ilíaca;

• Amputação bilateral.

 

Membro Superior:

 

• Amputações parciais de mão;

• Desarticulação de punho;

• Amputação de antebraço;

• Desarticulação de cotovelo;

• Amputação de braço;

• Desarticulação de ombro ou transescapulotorácica.

 

 

 

  1. ASPECTOS PSICOLÓGICOS

No processo de amputação, os indivíduos que são submetidos à mesma, precisam se adaptar às mudanças físicas, sociais e também psicológicas advindas da perda do membro (PARKES, 1975 e 1998 apud GABARRA e CREPALDI, 2009), os autores citados anteriormente ainda mencionam que o “sentimento de mutilação entre as pessoas amputadas é frequente, especialmente no início, entretanto que elas aprendem a descobrir suas restrições e suas possibilidades, construindo um novo conceito de self, interferindo em sua visão pessoal de si”. (PARKES 1975, 1998 apud Gabarra e CREPALDI 2009, p.65), advertem que há muitas brechas existentes neste campo de pesquisa, por abordar uma área que deveria ter mais atenção e estudos sobre ela, para que a ciência psicológica contribuísse efetivamente para a melhoria do bem estar das pessoas afetadas pela amputação.

A adaptação psicológica tem grande parcela no resultado acoplada ao motivo da amputação, devido a reações distintas entre os indivíduos que são submetidos à amputação por traumas e as que perdem parte, ou o membro em decorrência de doenças vasculares (MATOS, NAVES e ARAUJO, 2018).

Em casos de acidentes de transito ou de trabalho que induzem a amputação, a cirurgia acontece na maior parte dos casos de forma inesperada e repentina e o tempo para que o paciente leva para assimilar o episódio pode ser nula. Diferente do que acontece nos casos de doenças vasculares, o paciente pode solicitar a amputação advinda da quantidade de dor e a falta da eficácia dos tratamentos com medicamentos para o alívio à dor (GABARRA e CREPALDI, 2009).

Essas perdas incidem com mais frequência em jovens, onde a busca constante pela independência pode gerar atos inconsequentes, logo a amputação entre os jovens pode ser um marco negativo para o seu desenvolvimento e, a  grande dificuldade de aceitação pode ser maior que nas pessoas idosas (GALVÁN e AMIRALIAN, 2009).

Diversos autores relatam que quanto mais jovem o individuo é mais difícil à adaptação, principalmente quanto à restrição de atividades,  já o idoso avalia ter a facilidade de se habituar devido à já existente restrição de atividades ao longo da vida e, dos adoecimentos crônicos, e podem se adaptar melhor a amputação, suas limitações motoras e o aumento da dependência (MORO, ASSEF, ARAÚJO, 2012).

Considera-se ainda que a dor fantasma seja um obstáculo à adaptação do fator psicológico e, no processo de reabilitação da parte motora. Essa dor denominada de dor fantasma refere-se à sensação de dor na parte perdida, ou seja, parte que foi retirada do membro amputado, uma dor que altera de intensidade e frequência e que pode surgir de diferentes formas como um ardor ou um aperto (LIMA, 2015).

 A dor fantasma pode ser associada com os aspectos psicológicos e com base fisiológica. Os aspectos psicológicos aludir a imagem corporal estabelecida pelo indivíduo através das suas experiências, com o episódio da amputação nasce a dificuldade de adaptar-se e aceitar a sua nova imagem corporal, relutando em manter o corpo íntegro (MATOS, NAVES e ARAUJO, 2018).

Características como estresse e ansiedade, são aspectos psicológicos que podem ser consequências da dor fantasma posterior a amputação, assim como em casos de pacientes que recebem pouco apoio emocional antes da cirurgia, que por sua vez, apontam sentir mais dores fantasmas (LIMA, 2015).

Essa dor pode ser evitada se os pacientes forem incentivados a expressar os sentimentos de perda e sofrimento esse auxílio é realizado logo após a amputação,e faz com que o paciente entenda esse processo e o aceite com maior facilidade, isso o trará menores consequências tardias como a dor fantasma.  (MATOS, NAVES e ARAUJO, 2018).

Outro tipo de dor que costumeiramente ocorre após o episódio de amputação é a dor no coto, esta abrange sensações de dor no local exato da amputação. Alguns dos autores indicam em suas pesquisas, que a dor no coto pode dificultar a realização das atividades diárias e diminui ainda o bem estar psicológico. O fato de sentir a dor no coto é um atributo do processo de amputação que pode colaborar para o estresse e impedir ou atrapalhar a adaptação ao uso de prótese (LIMA, 2015).

Tanto a dor fantasma quanto a dor no coto podem transformar em dores crônicas, acarretar eventos de estresse e sofrimentos psicológicos, comportamentos disfuncionais, falta de condição física, restrição das atividades e, até a dependência de medicamentos (LIMA, 2015 e MATOS et al. 2018).

Os dois tipos de dor, a dor fantasma e a dor no coto, podem interferir no procedimento de reabilitação, no uso de próteses, retorno ao trabalho, ao desempenho das atividades diárias e nos seus aspectos psicológicos e na vida social. (LIMA, 2015).

5.0 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Médico

Os Médicos são os protagonistas dos procedimentos hospitalares, pois são eles que decidem sobre técnicas, medicações, cura, internações e altas, sendo que os demais profissionais adéquam-se primeiramente a demanda orgânica do indivíduo e, as definições do médico, para posteriormente integrar sua prática ao atendimento hospitalar. No caso de uma amputação é o médico que tomará a decisão, deixará o paciente informado do procedimento e, ele quem realizará o procedimento (MARQUES et al. 2014).

Enfermeiros

O profissional que coordena e supervisiona as atividades dos técnicos e auxiliares, é o enfermeiro, é ele quem está hábil a atender pacientes em estado grave ou com alto grau de complexidade. Para exercer esse papel o enfermeiro precisa ter o diploma de um curso de graduação em Enfermagem com duração mínima de quatro anos. O trabalho de um enfermeiro se baseia em cuidar das pessoas. Ele presta assistência ao paciente (aplicando injeções, fazendo curativos, etc.) melhorando seu conforto e bem-estar durante o período de tratamento de doenças e internação hospitalar (CAMARGO e COMARÚ).

O enfermeiro pode realizar desde os procedimentos mais simples, como medir a temperatura de um paciente, até os de maior complexidade como auxiliar médicos durante uma cirurgia. Boa parte destes profissionais atua em instituições de saúde: hospitais, clínicas e postos de saúde. No entanto, sua atuação não é restringida a apenas estes lugares. É possível encontrar enfermeiros trabalhando em empresas de diversos setores ou até mesmo prestando atendimento em domicílio. (MARIANO et al. 2014).

 

 

  1. FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO

 

Os objetivos de uma reabilitação, é assegurar ao paciente com deficiência, seja ela de qualquer origem, a mais ampla participação na vida em sociedade e ainda proporcionar sua maior independência nas atividades diárias (CARDOSO, 2011).

A fisioterapia é muito utilizada no tratamento de paciente amputado, pois conta com recursos os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas mais indesejáveis e na evolução do paciente (BARRETO, MENEZES e SOUZA, 2012).

O fisioterapeuta possui a função de acompanhar o paciente em todas as fases deste procedimento, tanto na pré e pós-cirurgia, quanto nas fases pré e pós protetização (MAY, 2004; PASTRE et al., 2005 apud SOUZA et al. 2012).

 

  1. FISIOTERAPIA COM  E SEM PRÓTESE

 

 Faz-se necessário a compreensão de que a fisioterapia ocorre em dois períodos distintos: na pré e pós protetização. A primeira etapa é a de pré protetização, que é iniciada após a primeira avaliação e a segunda fase é a de pós protetização, que se da início após a terceira avaliação, devido à espera da chegada da prótese (BARRETO, MENEZES E SOUZA, 2012)..

 

FISIOTERAPIA PRÉ PROTETIZAÇÃO: Na fase de pré protetização o coto é o centro das atenções, onde os cuidados são primordiais para prepará-lo para receber a prótese. Por isso, há uma grande preocupação com a cicatrização do mesmo, a dessensibilização, a higienização e ao enfeixamento correto (BARRETO, MENEZES E SOUZA, 2012).

 

 

 

 

 

Figura 2- Enfaixamento do coto: desarticulação do joelho.

 

(MINISTERIOS DA SAUDE, 2014)

Não há um tempo universal para todos, já que as particularidades de cada caso precisam ser levadas em consideração. Independente das características clínicas, além de preparar o coto para a prótese ortopédica, o principal objetivo da fisioterapia pré protetização é: estimular o metabolismo do paciente e reduzir possíveis edemas (BARRETO, MENEZES E SOUZA, 2012).

FISIOTERAPIA PÓS PROTETIZAÇÃO: Já o objetivo da fase pós protetização é treinar os membros corporais que não foram estimulados no processo anterior, exercitando principalmente o equilíbrio e a força do amputado. Porém, os exercícios realizados para a reabilitação não são os mesmos para todo mundo, já que as necessidades de um amputado para outro são diferentes, que depende do nível da amputação. E, dentre esses níveis, as prioridades também não são iguais, já que os componentes protéticos são distintos (BARRETO, MENEZES E SOUZA, 2012).

O paciente que utiliza a prótese transtibial tem o tratamento totalmente diferente do transfemoral, já que esse último irá precisar de um joelho protésico. Essas diferenças funcionais tornam a reabilitação personalizada para cada caso.  Na fisioterapia de membros inferiores se reensina o paciente a marchar, a subir escadas, descer rampas e até mesmo a se proteger em caso de quedas. Em casos de amputação de membros superiores, por exemplo, o equilíbrio do paciente é afetado, mas a atenção é voltada para atividades comuns, como escovar os dentes, pentear o cabelo e comer sem o auxílio de alguém. Geralmente a reabilitação obtém melhor resultado se também aliado aos cuidados de um terapeuta ocupacional (CHAMLIAN, 2014).

Figura-3: Amputação do braço, prótese adaptada.

 

(MINISTERIOS DA SAUDE, 2014)

O prazo para adaptação a prótese pode alterar de paciente para paciente, já que fatores como idade,  nível de amputação, sistema da prótese e a sensibilidade do coto são levados em consideração As ordens desses fatores alteram de caso para caso, mas, para o fisioterapeuta uma pessoa com todas as condições favoráveis para a adaptação e aliado ao auxílio psicológico de qualidade  pós-amputação, levaria de 6 a 12 meses para o uso pleno do material (BARRETO, MENEZES E SOUZA, 2012).

É sempre bom ter consciência, que a adaptação não ocorre do dia para a noite, e provavelmente é uma das etapas mais difíceis que todo amputado enfrentará, mais até do que a própria amputação. É neste ponto que os limites serão testados, entretanto, sua superação será diária (CHAMLIAN, 2014).

 

  1. O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO PERÌODO DE REABILITAÇÃO

 

"O profissional de Educação Física e Esporte pode ser incluído na equipe interdisciplinar, introduzindo e gerenciando um programa de atividade física ou esporte, visando melhora de habilidades e aptidão física geral.” (MATTOS, 1 994 apud ARONI, 2006, p.15).

A atividade física aeróbia regular aumenta a capacidade de exercício e, desempenha um papel na prevenção primária e secundária das doenças cardiovasculares, melhorando o nível de saúde em indivíduos com amputações (MATEUS, 2012).

 

 O incentivo a prática de atividades físicas para pessoas com alguma deficiência ou que passaram por amputações, auxiliam na reestruturação emocional do paciente, na realização de atividades simples como andar, sentar, ficar de pé, e no aumento das suas capacidades motoras. A maioria dos casos que o paciente submetido a cirurgia de amputação de membros inferiores principalmente em causas traumáticas, podem desenvolver a longo prazo complicações vasculares,  que se explica pela falta de atividade física  e sedentarismo, assim a importância de uma prevenção secundária que remete a prática de exercício físico (MATEUS, 2012).

 

No que se trata sobre a educação física, nos remete a ideia de um corpo bonito, perfeito e saudável, como fazer com o profissional desta área oportunizasse a ideia de trabalhar e lidar com corpos imperfeitos, mutilados e improdutivos. Assim surgiu a educação física adaptada, designada em atender o portador de deficiência física (COSTA e SOUZA, 2004).

 

8.0 REABILITAÇAO COM  O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

 

E considerado deficiência conformre  o Decreto 3.298/99 (BRASIL, 1999), no seu art.3 como:

I – “deficiência: toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, filosófica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.”

Na Convenção de Salamanca na qual promulgada pelo Decreto 3.956/01 descreve que  que a deficiência é uma restrição física, mental ou sensorial, que pode ser de natureza permanente ou transitória, e que pode limitar capacidades de desenvolver  atividades essenciais da vida diária.(BRASIL, 2001 apud MOTA, 2008).

Hoje novas terminologias são utilizadas para  classificar e identificar o universo dos deficientes físicos, dentre elas estão:

Deficiência: intelectual, auditiva, visual, física e múltipla  os Transtorno global do desenvolvimento entre eles o autismo,  a superdotação outros relacionados a saude como cardiopatias, obesidade e diabetes e os problemas de linguaguem e comunicação. (MOTA, 2008).

Mesmo com a mudança na nomenclatura devemos partir do princípio que são pessoas humanas e que tem o direito de serem incluídas socialmente. E quando falamos de inclusão falamos de incorporar na sociedade algo fora da normalidade. (DUARTE, LIMA 2003).

Para (BLOCK, 1992 apud DUARTE e LIMA, 2003), o conceito de inclusão parte do princípio de que toda pessoa com deficiência seja ela de qualquer tipo se preparam para assumir papéis na sociedade e assim a sociedade também prepara para recebe-lá.

A reabilitação é um processo que diz respeito ao desenvolvimento humano e às capacidades adaptativas nas diferentes fases da vida. Abrange os aspectos funcionais, psíquicos, educacionais, sociais e profissionais. Os objetivos da reabilitação é assegurar à pessoa com deficiência, independente da natureza ou da origem da deficiência, a mais ampla participação na vida social e ainda proporcionar a maior independência possível em atividades da vida diária (CARDOSO, 2011).

Ainda segundo CARDOSO (2011), ações de reabilitação visam ao desenvolvimento de capacidades, habilidades e recursos pessoais para promover a independência e a integração social das pessoas com deficiência, frente à diversidade de condições e necessidades.

O autor supracitado, ainda destaca que a formação de profissional para atuar com pessoas com algum tipo de deficiência como a amputação, ainda carece de incremento na qualidade, e a formação do profissional de educação física deve englobar a qualificação necessária para trabalhar com as diversidades para assim auxiliar a diminuir as barreiras existentes neste contexto.

Uma das maiores causas de incapacidades físicas provenientes da amputação pode causar importantes limitações físicas e, a incapacidade de realizar tarefas diárias, por esse motivo, exercícios físicos são importantes no processo de reabilitação, com isso programas de reabilitação buscam aumentar sua prática com o intuito de prevenir doenças causadas por sedentarismo (LIMA, 2015).

Segundo (MATEU, 2012), apesar da já evidenciada importância da atividade física no incremento de qualidade à vida, dados epidemiológicos mostram que grande parcela da população ainda está insuficientemente ativa, essa problemática se enfatiza quando se trata de pessoas que apresentam alguma deficiência, como por exemplo, a falta de alguma parte do corpo decorrente de uma amputação.

Em relação ao campo da educação física, percebe-se que a grande maioria das pessoas com deficiência não frequentam academias, clubes, aulas de educação física e espaços de lazer (MEURER e PALMA 2010).

A prática de atividades desportivas para pessoas com deficiências, além de proporcionar todos os benefícios para seu bem estar e qualidade de vida, também é a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e, promover a integração social e a reabilitação da pessoa com deficiência.

No que se diz sobre reabilitação com o auxílio do profissional de educação física, pensamos nos tipos de exercícios e formas na qual o mesmo pode auxiliar nesse processo, que é primordial na reintegração, para que o amputado seja capaz de iniciar a prática esportiva, para retomar a vida ativa, seja através do processo de reabilitação nos treinos de força, equilíbrio, coordenação e agilidade, são de suma importância. Isso com o acompanhamento de um profissional de educação física, no desenvolvimento das ações, auxiliando e incentivando o uso das próteses, haja vista que no decorrer do tratamento pode existir abandono por esses pacientes (SANTOS, VARGAS e MELO 2014).

Os programas utilizados para treinamento de pessoas amputadas, se baseiam no mesmo programa utilizado para pessoas com deficiências físicas, no entanto podem ser feitas algumas adaptações caso haja necessidade. Um programa de treinamento físico, para obter bons resultados, ele carece possuir quatro pontos essenciais: atividade aeróbia, resistência muscular, equilíbrio, coordenação e flexibilidade (ARONI, 2006).

Atividade Aeróbica: consiste em qualquer atividade física que mantenha ou eleve a frequência cardíaca por um determinado tempo entre 65% e 85% da frequência cardíaca máxima. Esse tipo de atividade provoca o aumento do consumo de máximo de oxigênio (VO2), a prática desse tipo de exercícios também pode aumentar o fluxo sanguíneo, e faz com que os tecidos do corpo sejam irrigados com maior eficiência e assim recebam em maior quantidade de oxigênio e nutrientes, além de aumentar o estoque energético (ARONI, 2006).

Resistência muscular: esse tipo de treinamento em pacientes amputados é realizado com o intuito de prevenir lesões como: contraturas musculares, manter o alinhamento da postura e ainda promover um aumento na função muscular. Ainda neste tipo de treino, o paciente e o profissional de educação física devem ter consciência que é preciso treinar o membro residual, mesmo que o coto seja curto, utilizando para isso peso com vélcro, porém, tomando-se os devidos cuidados para que o indivíduo não coloque força no membro amputado para não ferir o coto (ARONI, 2006).

Devido ao uso de prótese, o indivíduo pode desenvolver uma marcha anormal, assim causando um desequilíbrio postural e assim desenvolve um encurtamento dos músculos da lombar e flexores do quadril, dos músculos rombóides e do trapézio medial, além de alongamento excessivo dos músculos peitorais e abdominais. Para a melhoria, devem ser realizados exercícios de alongamento destes músculos (ARONI, 2006).

Equilíbrio e Coordenação: neste caso, os amputados de membros inferiores tendem a usar o membro lesionado como apenas suporte e isso ocasiona sobrecarga no membro que não foi lesionado. A postura do indivíduo pode ser afetada por conta do desequilíbrio causado pela prótese, ou até mesmo por falta do membro, assim sugere-se o alongamento dos músculos das costas e posteriores de coxa (ARONI, 2006).

Flexibilidade: as articulações são as que mais precisam de exercícios, pois ocorre perda de amplitude articular causada pelo o desequilíbrio, além disso, os exercícios de flexibilidade auxiliam a reduzir o estresse e o desconforto causado por essa postura (ARONI, 2006).

Segundo GREGUOL (2017), a atividade física seja com fins recreativos ou esportivos pode colaborar decisivamente no processo de reabilitação, ao modificar a maneira pela a qual as pessoas com amputações percebem a si mesma, e a maneira que a sociedade as percebe. Além disso, os exercícios físicos melhoram as condições de controle da prótese pelo indivíduo porque diminui a atrofia muscular.

Além disso, a musculação promove vários estímulos, melhorando os aspectos relacionados à aptidão física como: a composição corporal, o aumento da força, a resistência muscular, a flexibilidade e entre outras. A força muscular é considerada como um impor­tante componente da aptidão física relacionada à saúde, sendo que dentre as diferentes formas de treinamento para o seu desenvolvimento, destaca-se a prática de exer­cícios com pesos (CAIXETA, CAMPOS, 2007).

Fortalecer os músculos alongados, combinando com alongamento dos músculos que ficaram encurtados, pode auxiliar na restituição do equilíbrio postural (MATTOS, 1994 apud CARDOSO, 2011).

 Na fase de oscilação marcha que é o andar do individuo, o mesmo faz uma flexão maior de quadril no membro que se move, que aumenta a possibilidade de  desenvolver hiperlordose e dores na região lombar. O desequilíbrio também pode afetar a postura da parte superior do corpo. Assim, faz-se necessário o alongamento dos músculos das costas, dos quadris e dos músculos posteriores de coxa, junto com fortalecimento dos músculos peitorais e abdominais (DIROCCO, 1995, apud ARONI, 2006). 

 

Os exercícios de alongamento auxiliam na redução do estresse e do desconforto destas posturas adaptativas inadequadas. Um exemplo de postura inadequada adaptativa em casos de amputação de membros inferiores, são as que causam o encurtamento de músculos romboides e trapézio medial; para a correção desta postura inadequada, consiste em realizar o alongamento dos músculos encurtados e o fortalecimento dos músculos alongados (SURBURG, 1995 apud ARONI 2006).

O mundo da educação física só começou a se preocupar com atividade física para pessoas com deficiência no final da década 1950 e a prática do desporto no Brasil se deu pela reabilitação e iniciativas de Robson Sampaio de Almeida e Sérgio Serafim Del Grande que  se tornaram deficientes físicos em decorrência de acidentes e encontraram serviços de reabilitação nos Estados Unidos. E quando retornaram ao país ajudaram a fundar o Clube dos Paraplégicos em São Paulo e o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro e tinha o basquete de cadeiras de rodas como um dos esporte adaptado. (CARDOSO, 2011).

A prática de atividade física exerce importante papel para os portadores de necessidades especiais, assim como os amputados, ao permitir a sua inclusão social e evolução tanto em atletas de alto nível ou em meros praticantes. Para alguns indivíduos, praticar uma atividade física com o atendimento exclusivo, ou seja, de um personal trainer representa também uma oportunidade de inter-relacionamento social (CARLET, JUNIOR e LAGO, 2010).

 

  1. ESPORTE ADAPTADO

Surge no início dos anos de 1970 um movimento na área da educação física chamdo de “Esporte para Todos”. E que começou a crecer apartir 1980. (ARAÚJO, 1997)

Outro esporte adaptado é o atletismo que é um dos exemplos de esporte mais praticados e a  inclusão social das pessoas pôde se torna mais fácil através da prática de atividade física e desportiva.(COSTA e SOUZA, 2004).

Para Gorgatti (2008) apud Grubano (2014), o esporte adaptado além da melhora geral da aptidão física, também auxilia em um ganho de independência e autoconfiança para a realização das atividades diárias, e ainda no aumentoda  autoconceito e da autoestima.

. O desporto adaptado é indicado desde a fase inicial do processo de reabilitação, pois, os indivíduos têm a oportunidade de vivenciar sensações e movimentos, que muitas vezes não realizaram pela limitação física ou por barreiras sociais e ambientais (CARDOSO, 2011).

 Para (COSTA e SOUZA, 2004) a inclusão social através do esporte adaptado posiciona-se como um importante meio e empoderamento para as pessoas com deficiênciae as amputadas, pois componente competitivo faz com que os sujeitos são selecionados e comparados frente sua capacidade atlética, fazendo com que o individuo com deficiência física se alto valorize.

É definido como o esporte modificado ou especialmente criado para ir ao encontro das necessidades únicas de pessoas com deficiência o esorte adaptado tem ganhos na qualidade de vida como seu objetivo principal e faz com que todos independente da deficiência física ou nível e causa da amputação possam participar (CARDOSO, 2011).

Associar a pessoa com deficiência a falta de produtividade, ou seja, com a incapacidade de realizar qualquer tipo de tarefa, se tornou comum na sociedade e não valoriza o esforço do indivíduo. O esporte adaptado pe capaz de desempenhar um papel importante na sociedade porque além de auxiliar na reabilitação ele ainda combate o preconceito e estereótipo de incapacidade relaionados pessoas com deficiência (HEIL, 2008).

O esporte adaptado pode ser realizado tanto por indivíduos com ou sem deficiência, onde os mesmos também podem praticam e competir juntos, de forma em que as pessoas com deficiência praticam e competem separadamente daqueles sem deficiência, (GRUBANO, 2014).

BRAZUNA (2001) apud CARDOSO (2011) salienta que o deficiente físico pode ser encorajado a engajar-se no esporte por suas necessidades terapêuticas e ainda por ter consequências sociais positivas.

O início da participação do Brasil na Paraolimpíada, foi em 1975, e hoje há muitas associações que compõem o Comitê Paraolímpico Brasileiro que faz o papel de incentivar o esporte para pessoas com de deficiência e organizar o desporto em nível de competições regionais, nacionais e internacionais. A Paraolimpíada é o maior exemplo expressão atribuído ao esporte adaptado, aonde se podem ver exemplos esportes e modalidades para varios tipos de deficiencias como a amputação e formas diferentes de adaptação e superação de atletas.(CARDOSO, 2011).

na China há três mil anos já era praticados exercícios com finalidades terapeutias. Apesar da prática de atividades físicas por pessoas com deficiência física acontecer desde a Grécia antiga, o esporte adaptado formulado da forma que conhecemos atualmente,  só teve seu início ocorrido por volta do século XIX. As atividades descritas antes deste período tinham basicamente a finalidade médica, e buscava prevenir e tratar lesões ou doenças (GRUBANO, 2014).

Dentre os vários esportes adaptados, há modalidaes para pessoas com amputação estão entre elas volei sentado, basquente em cadeira de rodas, tênis de mesa, atletismo.O atletismo vem se destacando quanto ao número de adeptos da modalidade, pois é de fácil acesso e a naturalidade dos movimentos, já que, correr, saltar, lançar e arremessar são atividades inerentes à sobrevivência do homem (COSTA e SOUZA, 2004)

 

Segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro o atletismo seja praticado por atletas com deficiência física ou visual, pois há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino.  Nas competiçoes os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência e classificação funcional de cada um. (CARDOSO, 2011).

 
  1. METODOLOGIA

 

Para a realização do trabalho em questão, foram realizadas várias pesquisas a uma biblioteca de uma instituição particular de ensino superior de Itumbiara-GO, buscando por obras que relacionasse o tema direta ou indiretamente.

Foram realizados ainda visitas a diversos websites e plataformas virtuais de pesquisa científica, entre elas Scielo e Lilacs.

Além dos meios já citados, também foi incluído neste trabalho dados obtidos por meio de consultas a 11 artigos, 21 monografias e 7 livros.

Todo material encontrado será organizado de acordo com as seguintes características: Sistema Locomotor; Sistema Articular; Aspecto Psicológico; Equipe multidisciplinar; Fisioterapia; Reabilitação com o profissional de educação física e Esporte Adaptado: onde se espera explanar de que forma o Profissional de Educação Física pode influencia para a melhor reabilitação de um amputado.

Este trabalho é exploratório, “pois se avalia a possibilidade de desenvolver uma pesquisa sobre determinado assunto. Visando oferecer informações sobre o assunto, definir os objetivos da pesquisa e orientar a formulação da hipótese” (CASTILHO; BORGES; PEREIRA, 2014, p.18). Englobando toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde livros, artigos, teses, entre outros.

A pesquisa bibliográfica averigua em sua investigação para chegar a uma conclusão contemporânea e embasada e ainda procura referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informacoes sobre o tema no qual se procura resposta.(MARCONI, LAKATOS, 2010).

Pesquisa exploratória pode ser determinada como estudos realizados de forma que se desenvolva uma considerável relação, contextualização e modificação das ideias conhecidas a respeito do propósito do estudo, almejando torná-lo mais acessível. Dentre os tipos de investigações utilizados, os que mais combinam neste grupo específico são o estudo de caso e a pesquisa bibliográfica. As quais envolvem ações como o levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais e investigação que incentivem a assimilação (CHINAZZO, MATTOS e WEBER, 2009).

Desta forma, com a totalidade de todas as obras ou trabalhos publicados sobre determinado tema de pesquisa, que tenha chegado à compreensão do grupo pesquisador, este tipo de estudo não se trata de apenas repetição daquilo que já foi encontrado e escrito, mas sim um exame detalhado e com nova visão ou enfoque sobre o tema, podendo abrir as perspectivas sobre conclusões inovadoras e apresentando formas de continuar explorando o assunto proposto, já que a pesquisa bibliográfica não se finaliza com a estruturação do projeto (MARCONI, LAKATOS, 2010).

Em princípio realizaremos o levantamento bibliográfico, que segundo Chinazzo, Mattos e Weber (2009) a pesquisa bibliográfica é definida por uma leitura focada e séria, acompanhada de anotações e fichamentos que, posteriormente, contribuirão para o andamento da fundamentação teórica do estudo. Para Marconi e Lakatos (2010),  apesquisa bibliográfica é a junção de oito elemento a escolha do tema, elaboração do plano de trabalho, indentificação, localização, compilação, fichamento, analesi e intrepetação e por fim a redação.

Tal trabalho serve de rotina profissional de professores, estudantes e pesquisadores. Além do mais, a pesquisa bibliográfica tem como meta aprender as distintas contribuições científicas acessíveis sobre determinado assunto. Portanto, ela proporciona a base a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, já que, coopera na definição do problema, na obtenção dos objetivos, na produção de hipóteses, na criação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final.

Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FANTINATO, 2015).

 

11.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O objetivo geral deste trabalho foi de investigar como o profissional de educação física pode auxiliar no processo de reabilitação de um amputado. O interesse dessa pesquisa surgiu através de evidenciar a melhoria na reabilitação de um paciente amputado nos seus aspectos físicos e psicológicos.

E a partir dessa literatura foi possível verificar que a reabilitação tem como objetivo assegurar à pessoa com deficiência, independente da natureza ou da origem da deficiência, a mais ampla participação na vida social e ainda proporcionar a maior independência possível em atividades da vida diária (CARDOSO, 2011)

Para Lima (2017) “o profissional de educação física, pode desempenhar um papel importante na reabilitação e promoção da qualidade de vida dos amputados” (LIMA, 2017, p.42)

Santos (2015) enfatiza que é primordial o papel do profissional de educação física na reabilitação, pois auxilia no processo de reintegração social, no retorno da vida ativa e ao incentivo para o inicio da prática esportiva.

Ainda no que se diz sobre atividade física GREGUOL (2017) e COSTA, SOUZA (2013) relata que seja com fins recreativos ou esportivos a pratica de atividade física pode colaborar decisivamente no processo de reabilitação ao modificar a maneira pela a qual as pessoas com amputações percebem a si mesma, e a maneira que a sociedade as percebe. Além disso, os exercícios físicos melhoram as condições de controle da prótese pelo individuo porque diminui a atrofia muscular.

 Para chegar ao objetivo proposto foi realizado pesquisa bibliográfica no qual os resultados serão apresentados abaixo, considerando a conclusão dos autores pesquisados referente ao tema: o processo de intervenção do profissional de educação física na reabilitação do amputado.

No que tange o primeiro objetivo desta pesquisa que buscou identificar a especificidade do sistema locomotor e conceitos e definição sobre a amputação:Segundo GREGUOL, (2017) e SILVA e LUCCIA, (2003) o processo da amputação é  a remoção total ou parcial de uma extremidade do corpo por meio de cirurgia ou acidente. Na medicina, este método é utilizado para controlar dor ou doença que está acometendo o membro em questão, como no caso de um câncer e da gangrena.

Matos, Naves e Araujo (2018), dizem que mesmo considerada uma mutilação do corpo a amputação muitas vezes é realizada para evitar danos maiores à saúde do individuo.

Dando continuidade aos objetivos de averiguar as causas e os aspectos psicológicos afetados pelo processo de amputação. Suas causas podem ser por duas formas as congênitas e as adquiridas, as adquiridas podem ser traumáticas, isquêmicas ou cirúrgicas e as congênitas por má formação e deformidades na gestação. (CARVALHO, 2003 apud ARONI, 2006 e SILVA e LUCCIA, 2003).

Já ao que se diz sobre os aspectos psicológicos o que se liga diretamente a esse assunto são as formas pela qual se deu a amputação, ou seja, traumática ou patológica, e a idade que também são agravantes nesse quesito (GABARRA e CREPALDI, 2009), já MATOS, NAVES e ARAUJO (2018) diz que os aspectos psicológicos tem grande parcela no resultado ligada ao motivo da amputação, devido a reações distintas entre os indivíduos que são submetidos à amputação por traumas e as que perdem parte, ou o membro em decorrência de doenças vasculares.

Ainda  verificar o processo de atuação multidisciplinar, como se procede a intervenção da fisioterapia, além do papel do profissional de educação física na reabilitação de amputados.

Para (MARQUES et al. 2014) os Médicos são os protagonistas dos procedimentos hospitalares  ele que tomará a decisão, deixará o paciente informado do procedimento e, ele quem realizará o procedimento, e quanto aos enfermeiros (MARIANO et al. 2014) diz que esse profissional pode realizar desde os procedimentos mais simples, como medir a temperatura de um paciente, até os de maior complexidade como auxiliar médicos durante uma cirurgia.

Quanto a importância da fisioterapia para uma reabiltação de qualidade se faz se suma importância. BARRETO, MENESES e SOUZA. (2012) diz que a fisioterapia é muito utilizada no tratamento de paciente amputado, pois conta com recursos os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas mais indesejáveis e na evolução do paciente. Para (CARDOSO, 2011). proporcionar sua maior independência nas atividades e ainda asseura ao paciente maior participação na vida em sociedade.

Cardoso (2011) relata que para um bom trabalho que trate diretamente com algum tipo de deficiência como exemplo da amputação ainda carece de incremento na qualidade, e a formação do profissional de educação física deve englobar a qualificação necessária para trabalhar com as diversidades para assim auxiliar a diminuir as barreiras existentes neste contexto.

Outro ponto importante dos objetivos é investigar os exercícios utilizados na reabilitação, e quais são os tipos de esportes adaptados para amputados.

Cardoso (2011) relata que para um bom trabalho que trate diretamente com algum tipo de deficiência como exemplo da amputação ainda carece de incremento na qualidade, e a formação do profissional de educação física deve englobar a qualificação necessária para trabalhar com as diversidades para assim auxiliar a diminuir as barreiras existentes neste contexto.

Para (ARONI, 2006) no que envolve exercícios, o programa de treinamento para pessoas amputadas é baseado no mesmo programa para pessoas com deficiências físicas, porem quando necessário é feito algumas adaptações. Para ser um programa físico equilibrado ele deve possuir quatro pontos: atividade aeróbia, resistência muscular, equilíbrio/coordenação e flexibilidade.

Na visão CAIXETA, CAMPOS (2007) a força muscular é considerada como um impor­tante componente da aptidão física relacionada à saúde, sendo que dentre as diferentes formas de treinamento para o seu desenvolvimento, destaca-se a prática de exer­cícios com pesos e para MATTOS (1994) apud CARDOS (2011) fortalecer os músculos alongados, combinando com alongamento dos músculos que ficaram encurtados, também são tipos de exercicos utilizados na reabilitação de amputados e ainda pode auxiliar na restituição do equilíbrio postural.

Para Gorgatti (2008) apud Grubano (2014) e CARDOSO (2011) o esporte adaptado além da melhora geral da aptidão física, também auxilia em um ganho de independência e autoconfiança e ssibilitam a oportunidade de vivenciar sensações e movimentos, que muitas vezes não realizaram pela limitação física ou por barreiras sociais e ambientais. COSTA E SOUZA (2004) cita que existe esportes adaptados e há modalidaes diferentes para pessoas com amputação estão entre elas volei sentado, basquente em cadeira de rodas, tênis de mesa, atletismo e nas competiçoes os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência e classificação funcional de cada um.

 

 

 

12.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Concluímos que a resposta para a problemática deste Projeto de Pesquisa: o processo de intervenção do profissional de educação física na reabilitação de amputados relata que há grandes ganhos com a intervenção de um profissional de educação física tanto no quesito psicológico quanto ao de funcionalidade e esse interesse surgiu a partir da vontade de saber como se da a reabilitação de pessoas após uma amputação, se os mesmo são incentivados a prática de exercícios e atividades físicas ainda se há oportunidade de praticar um esporte adaptado.

Constatou-se também que a qualidade de vida está diretamente ligada a prática de atividade física e, que a melhora na reabilitação é visivelmente quando há a participação do profissional de educação física desde a fase inical assim que o paciente é liberdo da fisioterapia acrescentando os exercício acima citados para a melhora na condição física do paciente.

Ficou claro que há necessidade de mais pesquisas sobre este tema, para que se possam ter resultados mais fidedignos sobre os efeitos da prática de atividades físicas sobre a reabilitação de amputados, ainda é importante ressaltar que as causas da amputação interverem diretamente no processo de reabilitação vindo a interferir nos aspectos psicologicos causando tambem o aparecimento de dores como a dor fantasma e a dor no coto.

. E ainda o processo de intervenção do profissional de educação física na reabilitação de um amputado se da pela a melhoria nas suas capacidades físicas como força e equilíbrio, que são perdidos com a amputação e, a realização de exercíccios estudados para a melhoror adaptação á próteses.e isso se faz com maior exatidão quano a equipe multidisciplinar trablha em cojunto, equipe formada por medicos, enfermeiros, psicólogo, fisioterapeuta e o profissional de educação física.

Dentro do contexto que foi pesquisado ficou comprovado que o profissional de educação física tem relevância e pode influenciar positivamente no período de reabilitação de um paciente submetido a amputação auxiliando com exercícios de fortalecimento e alongamento, exercícios que auxiliam na correção postural e adaptação a prótese e ainda na sua funcionalidade como indivíduo na sociedade

Ainda no que se diz sobre a intervenção do profissional de educação física, fica explicitado que a autoestima do paciente melhora trazendo ao mesmo a volta a vida ativa, além do incentivo a prática de esportes adaptados.

A prática de atividade física e até mesmo de um esporte adaptado, acabam sendo pontos que colaboram para uma excelência na reabilitação de um indivíduo amputado, além de estimular a relação interpessoal.

Assim observou-se que o trabalho da equipe multidisciplinar traz maiores ganhos na reabilitação desde a fase pré amputação trabalhando o psicológico do paciente, até a fase de reabilitação que vai de características físicas, motoras e sociais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

ARONI, Andre Luis. Um estudo sobre a prática de atividade Física por amputados. Campinas, SP. 2006. Disponível em: file:///C:/Users/CAED/Downloads/AroniAndreLuis_TCE%20(2).pdf. Acesso em: 22 de maio de 2019.

 

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Nível de atividade física, qualidade de vida e

rede de relações sociais de amputados

Level of physical activity, quality of life and the network of social relations of amputees

Jorge Rollemberg Santos1

Marlizete Maldonado Vargas1

Cláudia Moura de Melo1

Recebido: 13/02/2014

Aceito: 01/08/2014

Ar t i g o   o r i g i n A l

1 Universidade Tiradentes