O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E DE PADRONIZAÇÃO CONTÁBIL ATRÁVES DO TEMPO DAS ESCOLAS EUROPÉIAS E NORTE-AMERICANAS

Tiago Machado Padilha

RESUMO

Este artigo tem como objetivo mostrar como foi introduzido a teoria da contabilidade nas escolas de pensamento contábil europeias e americanas, com reflexos diretos na nossa cultura contábil, e como ao passar do tempo se tornou algo importante, com suas mutações e no decorrer da história uma forma de padronizar as escriturações, se transformando e se adaptando aos processo inovadores de suas respectivas escolas, com as normas sendo implementadas pelos órgãos reguladores, isto tudo em forma de pesquisa descritiva bibliográfica. Como resultado, apresentando a importância do processo de convergência internacional, não só sendo relevante e transparente para os profissionais da área como também para qualquer cidadão que queira analisa-lo, ficando melhor o entendimento das demonstrações contábeis e financeiras.

Palavras-chave: Padronização, pensamentos, órgãos regulamentadores.

INTRODUÇÃO

Ao passar do tempo muitos foram os pensamentos para a melhoria da contabilidade, entre esses pensamentos, alguns trouxeram avanços para a ciência contábil. Muitos desses avanços através da história construíram as normas contábeis e órgãos reguladores para fiscalizar e ao mesmo tempo aprimorar seus métodos que temos hoje em dia. Como abordado neste parágrafo, muitos foram os pensamentos, porém neste trabalho veremos somente alguns destes pensamentos que inovaram e influenciaram de forma positiva está área de estudos.

DESENVOLVIMENTO

Em meados dos anos 1490 Frei Luca Pacioli escreveu a obra “Tratactus de Computis et Scripturis” que se trata do método das partidas dobradas, apesar deste método já existir na época, porém nesta obra ele deu mais ênfase e importância a teoria do débito e crédito é equivalente a teoria dos números positivos e negativos. Este inicio de Frei Luca Pacioli deu origem a fase moderna da contabilidade e a sua formalização tal como é hoje. A primeira escola foi a Lombarda que era chefiada por Francisco Villa , onde ele tinha o pensamento de que se devia conhecer o patrimônio, para que se dominasse a contabilidade, e isto implica em conhecer as normas, as leis que a regem e matéria que é administrada. Este pensamento está hoje implantado no IASB, pois além de ser muito importante para a história contribuiu também para a harmonia e padronização internacional. O IASB é um órgão regulamentador que tem por objetivo padronizar os relatórios contábeis, onde qualquer instituição independente de sua localização consiga compreender o que está analisando. Está organização conta com outros órgãos regulamentadores, como CPC que tem suas normas encravadas nos pensadores históricos e relevantes para o tema abordado. As escolas norte-americanas tiveram grande importância no desenvolvimento dos princípios contábeis com grandes esforços em pesquisas, porém na mesma época em que na europa a contabilidade já era bem estruturada, nas escolas norte-americanas, ainda existia muitos métodos para escriturar, o que mostra que ainda estavam em processo de implementação da estrutura contábil em suas escolas. Em 1916 pela primeira vez os americanos criaram o seu primeiro conselho, com o objetivo de evitar essa grande variedade de escriturar, e tentar manter uma forma padrão para todos os contadores, desde então foram aprimorando suas técnicas, e assim aprimorando suas normas, principalmente para a melhoria de relatórios de auditoria inicialmente.

CONCLUSÃO

Todos estes avanços ao longo do tempo feitos por grandes pensadores, e aprimorado por outros, tinham um objetivo com e claro de melhorar as escriturações contábeis e deixa-las de forma clara e coesivas, para que não só o profissional contador pudesse entender o que estava sendo descrito nos demonstrativos, mas para que também os próprios empreendedores e os cidadãos sem formação na área conseguissem interpreta-los de forma coerente. Foi demonstrado a sua evolução a partir da europa, seguindo para as escolas norte-americanas, onde podemos ver reflexos diretos em nosso CPC hoje em dia, desta forma agregando conhecimentos entre diferentes culturas para a padronização internacional, que vemos no processo de convergência. Por fim, os esforços dos pensadores americanos e europeus contribuíram, para que esse processo de padronizar as escriturações contábeis e financeiras.

BIBLIOGRAFIA

VILLA, Francesco – La Contabilità applicata alle amministrazioni private e pubbliche, edição Angelo Monti, Milão, Julho de 1840

HANSEN, Jeans Erik – A evolução da contabilidade: da idade média à regulamentação americana. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília. Março, Abril 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. História geral e das doutrinas da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997.