ANTONIO BRUNO DE SOUSA SAMPAIO

JANAÍNA FIUSA DE ANDRADE 

MARIA MÁRCIA RODRIGUES 

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo compreender o processo de alfabetização nos anos iniciais de crianças com o transtorno do espectro autista (TEA). Falarmos em autismo, significa refletirmos sobre educação inclusiva, modalidade que perpassa por todos os níveis, etapas e modalidades de ensino. Nesse sentido, foi realizado um estudo de cunho bibliográfico para fundamentação desta pesquisa com base em autores como Quixaba (2015), Veiga (2006), Sassaki (1999), Ferreiro (2000), Silva (2013), Gauderer (1997), Rosita Edler (2006).  Além de documentos legais como a LDB N° 9.394/96 e a lei N° 12.764/2012 que trata da Política Nacional de proteção aos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista. É importante entendermos que cada criança tem seu tempo e formas diferentes para se desenvolver. Assim, a escola e professores devem estar preparados para criar mecanismos e estratégias para facilitar a aprendizagem dessas crianças.

INTRODUÇÃO  

Devemos fazer uma reflexão sobre os processos de ensino com crianças autistas, as práticas docentes e um olhar diferente. Buscamos analisar a prática docente, com crianças, que estão no processo de alfabetização, que possuem o transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo Veiga (2006), o processo de ensino, requer do professor a necessidade de promover a interação que deve existir entre ambas as partes, dessa forma, criar métodos inovadores do pensar, sentir e no agir em relação ao contexto pedagógico. 

O desenvolvimento da autonomia e competências se dá através da Aprendizagem. Aprender é construir capacidades, tornar se capaz de fazer aquilo que, antes, não se conseguia.  Nesse presente artigo, foi abordado de uma forma clara e objetiva. Os processos de alfabetização de crianças com autismo. Nessa perspectiva, consideramos que é importante debatermos sobre essa temática, uma vez que devemos utilizar recursos e práticas para abordagem do respectivo tema, numa sociedade tão pouco trabalhada nos espaços educacionais. 

Em muitas escolas a inserção de crianças com algum tipo de deficiência no ensino regular está cada vez maior.  Contudo, não basta apenas o aluno está presente para garantir seu aprendizado, é preciso que a escola e os professores estejam preparados para receber esses alunos.  Uma escola inclusiva é aquela que está apta a receber e oferecer a esses alunos todas as condições necessárias para o seu desenvolvimento. 

De fato, é muito complicado, pedagogos não se sentem preparados para exercer seu trabalho, consideram um grande desafio alfabetizar crianças autistas.  Nesse sentido, exigirá dos professores formação e reflexão sobre novas práticas de ensino, bem como um olhar diferenciado, mais afetuoso que posso ganhar a empatia e atenção desse aluno. De uma maneira mais objetiva, a maioria das pessoas acredita que o autismo é caracterizado somente por dificuldades de interação social, movimentos respectivos estereotipados, agressividade ou imperatividade. Porém existem outros sintomas que por não serem tão expressivos acabam passando por despercebidos, dificultando assim o diagnóstico. É de extrema importância a observação principalmente dos pais, e do professor em sala de aula para uma boa condução o tratamento quando se for necessário.

 Dessa forma, segue o questionamento: Será que é possível alfabetizar uma criança com Espectro do autismo? Qual a metodologia mais adequada?  Para onde direcionar essas reações pé - diagnosticado? Como é possível a inclusão dessas crianças no ambiente escolar regular? 

Como alfabetizá-las? Essas inquietações que as docências possuem, permitem que pensem suas práticas e posturas educacionais, e como esses educadores veem esses alunos, e entender qual o seu papel perante o desafio de ter um olhar diferente dos processos de alfabetização dessas crianças

O presente estudo tem como objetivo Geral compreender o processo de alfabetização de crianças com autismo no âmbito escolar e os desafios da docência, quando ela se depara com crianças com autismo na sala de aula. É como objetivos específicos elencamos: ao leitor a importância da alfabetização com autista; demonstrar que é possível mudar esse contexto acrescentando novos modalidades ricas nessa perspectiva de ensino E trazer apontamentos e discussões sobre os desafios da docência nos processos de alfabetização de crianças autistas e uma reflexão sobre a inclusão do âmbito escolar.  

Deste modo, este artigo foi realizado por pesquisa bibliográfica, trazendo discussões e reflexões sobre o papel da docência no processo de aprendizagem de crianças com autismo. A intenção foi trazer estudos que possibilitem uma maior compreensão de como funciona os processos de aprendizagem e os desafios encontrados pela à docência nessa caminhada. 

Segundo Rosita Edler Carvalho (2006), para incluir um aluno com características diferenciadas numa turma dita comum, há necessidade de se criarem mecanismos que permitam que ele se integre social, educacional e emocionalmente com seus colegas e professores e com os objetos do conhecimento e da cultura. 

Nesse aspecto, o autismo está ligado a inclusão no ambiente escolar. Com isso, a convivência compartilhada da criança com autismo na escola, a partir da sua inclusão no ensino comum, é possível a partir de contatos sociais, que são adquiridos pelas trocas que acontecem no processo de aprendizagem social. 

Em relação à docência, Silva (2009) aponta a necessidade de orientação aos professores, pois a falta de conhecimento a respeito dos transtornos artísticos que os impedem de identificar corretamente as necessidades de seus alunos com autismo. Segundo Pierre weil, vivemos sobre o princípio da fragmentação, ou seja, estamos habituados a ter uma visão do mundo, sob qualquer, aspecto, fragmentada. Trazer para a nossa realidade social todos os questionamentos existentes sobre como se dar todo o processo de alfabetizar um autista. São muitas as indagações sobre o tema, apesar de termos muitos alunos autistas incluídos na sala de aula. 

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