O Príncipe e a arte de governar em Maquiavel

Robson Stigar

A presente resenha apresenta alguns elementos necessários, para que o príncipe designa funções como bom administrador de sua monarquia, o qual é o verdadeiro sentido de manter-se o governo, o bom uso do dinheiro público a motivação dos soldados em defesa de seu principado. Como manter seu povo feliz e satisfeito com seus procedimentos.

Devido à força existente no comando de um príncipe de uma linguagem de comando já tradicional. Sendo desta maneira uma continuação de um estado já existente Mesmo assim Maquiavel tem por ponto central a forma de controle que pode ser fácil ou problemática. Algumas soluções são apontadas: Eliminação da linguagem; Alteração da organização de leis impostas preexistentes; Instalação de colunistas; Mudanças do novo dominador para o local conquistado; E aos povos vizinhos que o apóiem.

Tais questões das leis, o autor dedica um capitulo da obra para tratar apenas desse assunto; e quais maneiras que se devem governar as cidades, antes da conquista que tinham suas leis próprias. Partindo este ponto o autor utiliza características e exemplos para ilustrar a partir daqui, neste caso a respeito dos principados mistos, verificamos o nome, diversas vezes citados é o de Luís XII.

Maquiavel apresenta como exemplo o reino de Dacio, ocupado por Alexandre o Grande, não se rebelou contra seus sucessores após sua morte, contrastando com os territórios ocupados pela França. A forma de organização da monarquia no reino de Dacio, extinto a figura de maior importância no poder o príncipe, sendo desta maneira os outros servos, os reinos governados pela França, "O rei é posto em meio uma multidão de senhores de linguagem antiga, reconhecida pelos seus súditos", criando uma figura central forte assim não possa ser contestado.

Retornando a temática dos principados, este agora são diferenciados pela forma que foram conquistados, contrastando, "Os principados conquistados com as próprias armas e qualidades pessoais". Enfim, tem-se os principados civil e eclesiástico; O qual um cidadão comum torna-se príncipe por amor e favor do seus compatrícios segundo Maquiavel "...se chega a este principado graças ao favor do povo ou dos nobres".

Fazendo necessário conquistar a simpatia – confiança – dessa etnia, sendo assim os levará – príncipe – a seus reais objetivos – poder – Maquiavel retrata que "... somente os principados são seguros e felizes, devido as condições que somente domínio religioso oferece a estes príncipes, Estados e súditos: desta maneira os príncipes detêm o Estado, mesmo não sendo governados, não os defendem pois há risco de se perder o poder, e os súditos por sua vez não pensam numa ruptura com seu príncipe. Destas explicações destes principados, o autor discorre a respeito da forma "como medir forças a todos os principados, a ponto que ajuda a partir do momento a força de um príncipe e tão grande a ponto de não precisar de apoio para se defender.

Partindo para uma outra fase – intermediaria da obra – Maquiavel. São as bases principais de sustentação do poder, ao lado boas leis, e ambos tem uma forte ligação entre si. Os tipos de milícia podem ser quatro categorias, próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas. Sendo as mercenárias não são de nenhuma utilidade, pois oferecem perigos, devido ao vínculo praticamente ausente com os que defendem – cabendo neste contexto auxiliares. Desta forma cabe ao príncipe fugir desta milícia, mercenárias e auxiliares; pois a verdadeira vitória só é saboreada quando conquistadas com as próprias armas – qualidades – não levando em consideração o prestígio alcançado entre soldados e súditos.

Desta maneira Maquiavel retrata arte da guerra deve ser exercitada, tantos com ações como mentalmente, para que o Estado esteja sempre preparado e alerto para emergências inesperadas. E forma para que seus soldados o estimem – príncipe – e possam ter confiança. Concluindo Maquiavel em sua ultima parte da obra cita quais devem ser as características e personalidade dos princípios; a leitura do texto define que os príncipes não reúnam qualidades boas, pois a sensibilidade humana na permite que sejam todas distintas e acrescentem muita a opinião dos seus súditos ao seu respeito.

Deste modo concentrar em absorver aquelas que lhe asseguram no poder. Neste contexto o autor ressalta que o príncipe deva evitar de todas as maneiras o ódio e o desprezo de seus súditos. As qualidades apontadas são generosidade; O bom controle,das finanças – transparecer o bom gerenciamento os valores arrecadados através dos impostos. Ser cauteloso em agradar um e desfavorecem outro, - criando atritos entre seus súditos e posteriormente em seu governo-.

Deve evitando a todo preço, em seguida crueldade e piedade. Desta forma, as considerações a este respeito fizeram parte da fama de Maquiavel, com suas afirmações em relação a ser temível ou amado, na impossibilidade de reunir ambas características ou renunciar uma delas que, não seja a temível. Pois tal apreço em trair alguém a quem se teme é bem mais difícil do que a quem se ama. Caso nisto conquiste o amor, deve-se evitar o ódio, respeitando os bens e as mulheres dos súditos. No entanto vale ressaltar a importância com seus exércitos, não devendo importar-se com a fama de cruel para com eles, pois "Sem esta fama, nunca se mantém um exercito unido nem disposto a qualquer combate".

E quanto sua palavra deve mantê-la de acordo com seus interesses, usando mecanismos para "confundir a mente dos homens". Segundo Maquiavel o príncipe prudente não pode nem deve manter sua palavra quando lhe for prejudicar. O capítulo mais extenso da obra discute "como evitar o desprezo e o ódio". Sendo que ódio surge quando perdem seus bens e honra, pois seus súditos passam viver insatisfeito.

Em suas atitudes devem ser vistas boas qualidades como coragem, força e certeza, evitando voltar atrás de alguma decisão. Com isso, o príncipe adquire boa reputação, e o surgimento de uma conspiração contra sua pessoa torna-se difícil pela admiração de seus súditos por ele. Ressaltar nestas relações cabe ao príncipe tanto mo povo quanto aos nobres, fazendo boas ações, mas também as más, pois agradar um grupo podem ser necessário, recorre as ações ilícitas – corrupção – benéficas partindo do contexto de agradar os súditos. Enfim Maquiavel trata as atitudes que deva ser procedido para ser admirado, por suas grandes realizações, exemplos raros, uma grande demonstração de bom convívio na política interna e externa e de amizade ou inimizade verdadeira.

Desta forma Maquiavel aponta diversas considerações que deveriam ser considerados o fio condutor a respeito dos assuntos que norteiam a conduta do príncipe. Entre eles estão a utilidade da fortaleza e outros valores cotidianos, secretários, aduladores, influência da fortuna e a respeito da Itália. Na sua própria segurança, caso tenha insegurança de seu povo, mas caso contrário, deve abandonar. Sobre os secretários, os de melhor escolha, são os que pensam sobretudo no príncipe, sem procurar útil para si próprio em todas ações os que comete adulatórios.

Evitando adulações fazendo com que os homens compreendam que não ofender ao príncipe se disserem a verdade a respeito do que lhes for perguntado. Maquiavel sobre a Itália escreve dois capítulos de sua obra. "Porque os príncipes da Itália perderam seus estados" e "Exortação para retomar a Itália e libertá-la dos Bárbaros" que expõem motivos e soluções para as questões, de sua pátria.

Em toda obra vale salientar os eixos temáticos, para arte de governar estabeleça que a função do Estado vai além de manter seu povo ser feliz; Seus soldados motivados na defesa da pátria e a conquista de outros. Manter o clero – igreja – satisfeita em relação à religião; seus articuladores – aqueles de são sustentação do poder – é fundamentalmente é fazer valer a presença do príncipe governo – no poder.

Desta maneira passarão amenizar e controlar conflitos – administrar conflitos- e por ultimo fazer-se justo no poder existente. Sem os quais preceitos é impossível fazer-se presente no Estado em que administra.

Bibliografia:

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe.Ed. Paz e Terra, RJ, 1996.