O Posicionamento Competitivo e a Inovação

FACULDADE NOSSA CIDADE
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
PROFESSOR ORIENTADOR: LAWTON BENATTI
ARIANE PEREIRA MASCARENHAS

O POSICIONAMENTO COMPETITIVO E A INOVAÇÃO

Sabemos que a competitividade no mundo dos negócios é o meio de sobrevivência das organizações, mas, o desafio não é competir, e sim saber como competir e, quais os recursos e diferenciais disponíveis atuais para se sustentar atuante no mercado. De modo que a inovação na competitividade entende-se como uma melhoria contínua que tem como objetivo trazer lucratividade e um melhor posicionamento frente aos concorrentes.

A maneira como algumas empresas enxergam a competitividade são errôneas e acabam trazendo resultados opostos do que se foi proposto durante um planejamento estratégico. O “achismo” de que a competição envolve apenas o vender ou lucrar mais acaba atrapalhando, pois neste processo envolvem-se várias particularidades para que esta competição aconteça, leva-se tempo, diversas pesquisas, estudos de mercados, criações de vantagens e outros fatores para que haja sucesso na competitividade.

Princípios do Posicionamento Competitivo

A essência do posicionamento competitivo se atrela a maneira como a empresa e seus produtos/serviços e as marcas concorrentes são percebidos pelos clientes, e que o modo como elas ocorrem são diversos. Quando nos referimos às empresas a competição está dividida por segmentos, como setor hidrelétrico, varejo, imobiliário, entre outros, cada um dos segmentos intercorrem dentro de suas limitações competitivas. Referente aos produtos e serviços, a questão está no custo benefício, no momento da compra o consumidor faz uma comparação em que se pagar mais caro em algo que terá a mesma função que um de preço inferior valerá apena. Quanto a marcas, a percepção gerada é que a competição se torna mais forte, pois a marca representa a empresa, e a busca para que se torne um sinônimo de categoria exige esforços e muita dedicação.

O posicionamento está atrelado ao fato do cliente perceber as empresas e o que elas querem passar através de seus produtos/serviços. Considerando o fato que a competição sempre ocorre através da comparação feita entre o oferecimento de um produto/serviço, é possível a compreensão de que como
cada empresa age e busca novas técnicas para chamar atenção e atrair o seu público alvo, inovando não somente na aparência do oferecido pelos concorrentes, mas como também na inovação interna da organização.

Competindo com inovação

Quando se pensa em inovação logo atrelamos a palavra, "inusitado", ou seja, algo jamais visto antes, mas muitas vezes isso não ocorre. Quando falamos de inovação não nos referimos somente ao fato da criação de algo novo/diferente, podemos considerar também como inovação algo que já existe
e que pode ser aprimorado, modificado conforme as necessidades exigidas. No caso de novos produtos além de surpreender os consumidores eles podem ser mais caros.

Quando uma empresa investe na inovação de um produto/serviço esta empresa consegue em um determinado espaço de tempo se colocar afrente de seus concorrentes, por isso as empresas necessitam apresentar uma vantagem relevante sobre os produtos existentes, e que ao longo do tempo devem ser substituídos por novos produtos, para que o estágio de maturidade da empresa se perpetue.

Segundo Hooley, Piercy e Nicoulaud (2011, p 265), “o inovador
conquista clientes primeiro; isso significa que os concorrentes seguidores devem melhorar seu posicionamento de mercado [...]”.

Quando se ocorre o lançamento de um produto novo, os concorrentes devem inovar para não perderem seus posicionamentos, isso deve ocorrer de forma inteligente e criativa, deve se estudar a forma de como recuperar mercado ou passar afrente daquele que domina. Para isso as concorrentes precisam chamar a atenção do consumidor, através da qualidade, fazendo
produtos melhores ou com preços acessíveis.

Em questão de qualidade/melhoria, nos tempos atuais grandes
organizações usam do termo “sustentabilidade” para chamar atenção do cliente. Relacionando seus produtos ao meio ambiente, de forma que no desenvolvimento de alguns produtos são utilizados recursos diferenciados para a diminuição do impacto ambiental. Devendo-se atentar de que algumas empresas usam como fachada o termo sustentabilidade para atrair o consumo do seu produto quando na verdade não existe nada de ecológico no mesmo.

Em suma, a competitividade se sustenta em meio à inovação, cujo
mercado exige cada vez mais criatividade para atrair negócios e clientes. Por isso para o lançamento de novos produtos as empresas precisam inovar e necessitam de equipes que se disponham a trabalhar ideias diferenciadas e novas, que sejam criativas para o desencadeamento da inovação.

Conforme Hooley, Piercy e Nicoulaud (2011, p 265) “uma empresa também pode facilitar esse processo proporcionando um ambiente propício à criatividade”. As empresas devem criar estímulos no ambiente interno organizacional para que as pessoas que trabalharem as novas ideias possam se sentir a vontade, inspiradas tranquilas. Elas devem estudar os clientes e suas necessidades, inclusive do mercado, bem como a concorrência, podem comprar produtos deste e fazer teste, o que se deve e precisa ser melhorado, de que forma e em que tempo o lançamento deve ocorrer.

Quando se bem planejado e estudado as necessidades do cliente e do mundo competitivo, melhores e maiores são as chances de um objetivo de inovação/diferencial atingirem a satisfação. Deve-se entender e utilizar de fontes, recursos e técnicas para o desenvolvimento ou aprimoramento de um novo produto, técnicas de inovação que tragam resolução as dificuldades enfrentadas para poder competir em grandes mercados que sofrem mudanças o tempo todo.

Como o mundo sofre constantes mudanças, as empresas devem interagir com essa situação, devem estar preparadas, buscando a eficiência no desenvolvimento e da inovação de novas ideias que tragam vantagens competitivas, a fim de proporcionar um posicionamento que faça essas empresas serem reconhecidas e respeitadas pelos clientes, assim como também pelos concorrentes.

REFERÊNCIAS
HOOLEY, Graham; PIERCY, Nigel F.; NICOULAUD Brigitte. Estratégia de Marketing e Posicionamento Competitivo. 4 ed. São Paulo – SP: Pearson, 2011.