Dia 23 de Março de 2018 completo 45 anos, às vezes, desejo parar, meu corpo e minha mente parecem não quererem mais me obedecer, mas logo vejo que não são eles, mais as maldades dos homens que incansavelmente vomitam sobre nós, deixando-nos desanimados, tristes, e, às vezes, paralisados, pois não acreditamos que o ser humano consiga ser tão ruim. Nesta minha jornada gostaria de falar sobre este  individuo que tanto me incomoda, e me fascina.

Quando vemos filmes dos Séc. XIV, XV, XVI...observamos como as tramas se davam dentro dos palácios, como os padres e protestantes articulavam, para que suas religiões prevalecessem, e quando tudo dava certo seguia-se uma série de perseguição onde protestantes e católicos eram mortos bizarramente, muitos tinham suas cabeças decepadas, outros eram torturados até a morte, enforcamentos e tantos outros tipos de execução.

O tempo passou e ainda que tais mortes extravagantes tenham sido abolidas, ainda convivemos com os articuladores, agora não mais dentro dos palácios, mas dentro das Igrejas. É impressionante como o incomum ainda acontece, como o inusitado e anormal é tão vivo. De forma que àqueles que estão dispostos a contribuir com a obra, não conseguem. Pois quando percebem, uma série já se desencadeou, e uma organização parece já se ter formado, ou seja, desenvolver qualquer tipo de trabalho agora é impossível.

A estrutura formada por estas pessoas é tão grande que àqueles que não estão preocupados com esta politicagem acabam sofrendo com toda esta articulação. A maldade, e a insensibilidade destas pessoas é tão grande que elas são capazes até mesmo de argumentar contra àqueles que se sentam do seu lado, ou seja, quem possui um cargo dentro da Igreja precisa ter cuidado com aquele que se assenta do seu lado, pois ele pode te trair.

Em 30 anos de evangelho nunca desejei tanto trabalhar para o reino, produzir, falar para todos o quanto Jesus é bom, contudo parece que em meus 30 anos de evangelho estou como quem está dando “murro em ponta de faca – Ditado popular”. Sempre sendo machucado por aqueles que parecem não estar nem aí para o evangelho, mas para o poder que exercem, ou podem exercer tanto dentro, quanto fora da Igreja.

Já convivi e ainda convivo com muitos homens sérios e comprometidos, que não estão preocupados com esta filosofia, pessoas simples e cheias de Deus, homens e mulheres capazes de transformar uma cidade, mas que não conseguem, porque a política interna da Igreja não permiti. Quem são estes homens? Por que ainda falam? Muitos até se apresentam como Paulo, mas suas vozes não são ouvidas, sua mensagem é seca, e suas palavras são vazias.

Chego aos 45 anos com um propósito fazer dos meus escritos o meu meio de pregação, aqui pretendo combinar palavras que te façam compreender o quanto servir a Cristo é bom, desejo criar tramas e suspenses que o instrua, promover o seu encontro com o Criador, preparar-te para ser generoso com os outros como as Igrejas da Macedônia, a qual o Apóstolo Paulo testemunha com alegria para a Igreja de Coríntios. Meu corpo e minha mente me pedem para parar, e tenta me convencer até mesmo de deixar de congregar. Mas, não posso, como o salmista meu espírito declara: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos á casa do SENHOR” – Sl 122.1; “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” – Sl 133.1.       

Que Deus nos ajude e nos fortaleça!    
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Seu Servo

Prof. William Paixão