PODER DE DEUS

 

As Escrituras Sagradas guardam grandes lições para o homem, ser criado à semelhança de Deus. Nela está explicito a majestade e o poder de Deus, a origem da vida e tudo que existe sobre a terra. Todavia, o homem sempre foi incrédulo, a exceção de poucos que admitem serem filhos de Deus.

O Salmo 93 nos dá uma pequena noção do Poder de Deus e de sua existência, que é de eternidade a eternidade. O homem, sendo mortal, não mensura esse poder pelo simples fato de ser incrédulo.

O versículo 1, do citado Salmo, nos diz: “Reina o Senhor. Revestiu-se de majestade; de poder se revestiu o Senhor e se cingiu. Firmou o mundo que não vacila.”

Quem teria o poder de se auto revestir de majestade? Quem teria o poder de firmar o mundo, reter e mover a terra, criar um limite para o mar e fazer a multiplicação da vida humana? Porque o Senhor dotou apenas a mulher para gerar uma vida, a partir de um espermatozoide, encontrado só no homem?

Vejam que o poder de Deus é imensurável e por mais que o homem pesquise as ciências, jamais poderão alcançar a plenitude do poder e da majestade de Deus.

Mas, se Deus criou a terra para o habitat do homem, porque estaria a terra destinada à destruição por meio do fogo, conforme nos fala as Escrituras? Vamos analisar um pouco o inicio da criação da terra.

O Livro de Gênesis registra toda a criação de Deus, a sua benção sobre o homem, o seu desejo de relacionamento direto com o homem, a outorga do seu poder sobre o homem, o domínio deste sobre os animais, inclusive sobre os peixes do mar e as aves dos céus. Portanto, o poder de Deus foi semeado visando à multiplicação de todo ser vivente, desde vegetais a animais.

Após toda a criação, criou Deus a mulher, para que fosse auxiliadora do homem, dizendo ao homem posteriormente: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porque do varão foi formada (da costela do homem)”.

Então, achou Deus que tudo que havia criado – o homem com poder e arbítrio – era muito bom (Gn 1:31) – pois o homem falava com Deus todas as tardes e no homem não havia maldade, uma vez que estando nu com a sua mulher, não se envergonhavam, vivendo em plena harmonia.

Analisando o Livro de Genesis, podemos extrair que apesar de Deus ter dado certos poderes ao homem, a este lhe foi imposta uma condição para que habitasse nos Jardins de Deus. Ele recomendou ao homem e a mulher que poderiam se alimentar dos frutos das árvores do jardim, mas não poderiam comer do fruto de uma só árvore que se encontrava no centro do jardim, sob pena de uma condenação de morte aquele que a tocasse.

Amados, nem sempre estamos atentos àquilo que Deus nos recomenda a não fazer. Com a subida de Jesus aos céus, desceu o Espírito Santo que nos indica os caminhos que devemos trilhar desde que busquemos ao Pai, ao Filho e a Ele, o Espírito Santo, pedindo-lhe sabedoria e direção da nossa vida.

A intuição que chega ao nosso coração nada mais é do que a voz do Espírito Santo nos advertindo acerca das circunstancias. O nosso dever é buscá-lo todos os dias e horas, procurando estar em sintonia, para nos abster do mal. A palavra de Deus nos diz para resistirmos ao diabo e ele fugirá de nós. Portanto, a luta do homem é constante porque sobre nós pesa a desobediência e o pecado.

Todavia, o homem preferiu viver na prática do mal, aumentando assim a iniquidade com a multiplicação da espécie humana. Nos conta o Livro de Gênesis que Deus afirmara que o seu Espírito não agiria para sempre sobre o homem devido a sua natureza carnal, vindo sobre este a precocidade da morte.

Também nos narra o citado livro que o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem na terra e que isso lhe teria pesado o coração. Logo, podemos concluir que Deus teve muita compaixão do homem e por isso enviou o seu filho unigênito para que resgatasse alguns para a vida eterna, pagando o preço pelo nosso pecado.

Amados, nós já poderíamos estar reinando com Cristo Jesus se tivéssemos a percepção dos desígnios de Deus para o homem. Não bastou todo o ensinamento de Cristo Jesus e os milagres que fez ressuscitar até mortos, para que o homem cresse no poder de Deus e do seu Filho. Até o último suspiro de Jesus na cruz, a incredulidade e a blasfêmia já soavam entre os homens. Mas, ao escurecer o tempo, no dia de sua morte e a terra ser balançada pelo terremoto, muitos creram que aquele inocente era realmente o Filho de Deus (Mateus 27:54).

Um lar deve sempre ser comandado por um homem, a quem cabe à responsabilidade com esposa e filhos. Ao filho cabe a obediência aos pais, formando assim um núcleo familiar. Essa ideia ou organização foi à mesma idealizada por Deus em relação aos seus filhos.

Por mais que o homem seja culturalmente instruído este jamais será um ser autossuficiente. Nós precisamos uns dos outros e todos de Deus. Imagine o agricultor plantando a semente e não tendo a chuva para regá-la ou um reservatório de água suficiente para regar por muitos anos. Ocorrerá que certo dia, caso seja fechada a fonte por Deus, tudo virá a perecer e o homem terá que reconhecer o seu poder para sanar certas circunstancias insolúveis para o homem.

O Senhor pode levantar rios e fazer bramir grandes águas no mar e o homem será sempre impotente para lutar ou reter essa força da natureza. Se mensurarmos a nossa própria impotência para lidar com a força e poder de Deus, porque não nos curvamos diante de sua majestade e procuramos viver de acordo com as suas recomendações? Por que não cumprimos os seus mandamentos procurando nos harmonizar e amar uns aos outros? Será preferível assistirmos a nossa própria morte espiritual, além da material, em vez de nos unirmos ao criador?

Iniciamos esta meditação da palavra a partir do Salmo 93 e o último versículo nos diz: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém à santidade, Senhor, para todo o sempre”. O que isso nos ensina? Que devemos procurar viver dentro dos mandamentos divinos. A santidade não é por nós construída, mas para que o Espírito Santo trabalhe em mim, necessário se faz que eu tenha plena consciência daquilo que convém a mim fazer ou viver.

Paulo reconhecia existir em sua carne um espinho e orava a Deus para retirar dele aquela fraqueza da alma. E, aprouve a Deus lhe dizer: “A minha graça te basta”. Ora, o que se presume é que este espinho era alguma atitude do Paulo que iria contra as normas divinas e Deus provando-o, consentiu que Paulo continuasse a ser esbofeteado pelo inimigo para reconhecer ser ele igual a qualquer um de nós (pecador). Portanto, ao homem não convém a soberba e se achar maior ou acima de seu semelhante.

Amados, a verdade é que somos falhos. Existe no ser humano uma vaidade extrema, onde um quer ser maior que o outro. Daí nasce à soberba, ou seja, as pessoas começam a humilhar outras, por inveja ou por se julgar superior. Nesse caso, nos fala a palavra de Deus: “O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço” (Provérbios 8:13).

Diz-nos ainda a palavra de Deus: “O caminho dos retos é desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma. A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos” (PV 16:18-19). “Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal. A violência dos perversos os arrebata, porque recusam  praticar a justiça. Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas o reto, o proceder do honesto” (PV 21:6-8).

Amados irmãos, vivemos tempos difíceis, onde a impunidade e a injustiça se sobrepõem ao bem, à justiça de Deus. Mas, uma coisa não podemos nos esquecer de que a justiça divina sempre irá se sobrepor a maldade do homem. O que nos falta é uma tomada de decisão, uma preguiça de orar e suplicar a Deus pela sua justiça.

Temos muitos exemplos de homens que foram alcançados por Deus quando perseguidos por invejosos e prepotentes. Daniel e seus amigos são exemplos da ação de Deus em favor daqueles que são fiéis e procuram andar junto ao Senhor. E, o meio que Daniel encontrou para ser vitorioso e derrotar os inimigos foi orar, mesmo sabendo que existia um Decreto do Rei que o obrigava a se curvar diante de deuses estranhos, ele se negou a fazê-lo e o livramento de Deus lhe alcançou, inclusive, promovendo-o no seu trabalho, passando ao primeiro escalão no Reino.

Hoje, se você está sendo perseguido por pessoas invejosas, prepotentes e se choras por justiça, ore a Deus Pai; peça ao Juiz da Terra, Jesus Cristo para que lhe seja dada a vitória, exercendo a justiça divina e ore ao Espírito Santo para que interceda por você no Trono da Graça de Deus e aguarde pela resposta, porque Deus é fiel para com todos que o busca. Paz seja com todos!

Zenaide Alcantara de Sousa

Irmã em Cristo Jesus