Diariamente, somos bombardeados de todos os lados com conteúdo informativo. É tanta informação que fica difícil saber o que é real e o que não é. Talvez, esse seja o preço que tenhamos que pagar por termos que acompanhar as evoluções tecnológicas e todas as suas consequências. Seja socialmente ou a nível empresarial, os problemas relacionados ao conteúdo da informação em si são praticamente os mesmos, o que em casos extremos, tem o efeito oposto: a desinformação.

            Infelizmente, não investimos no hábito da leitura, e ainda praticamos o péssimo hábito de não consultar a fonte da informação antes de replicá-la. Estamos tão fissurados em dar vazão na informação recebida ou produzida, que não nos atentamos a aquilo que é mais essencial: a veracidade e a qualidade daquilo que é informado. Apesar de se visualizar esforços para conter as tais “Fake News”, os resultados ainda deixam bastante a desejar.

            Informação é observação e assim sendo, não podemos nos deixar levar por achismos. Não vivemos em um universo de fantasia. Vivemos a realidade nua e crua que conhecemos, onde tudo e todos dependem sim uns dos outros. Estamos totalmente entrelaçados em um emaranhado de situações coletivas. A informação nos move, seja para o bem ou para o mal.

“Não vivemos em um universo de fantasia. Vivemos a realidade nua e crua que conhecemos, onde tudo e todos dependem sim uns dos outros.”

            A informação já se tornou uma comodity. Seu valor está cada vez mais elevado. Quem a utiliza de forma ética e com propósito positivo, se diferencia. Prova disso é o aumento considerável na busca por talentos na área de Ciência de Dados. A informação somente não leva a certezas absolutas, mas pode sim proporcionar aproximações e gerar coerência e consistência. É essa busca que precisamos incentivar.

            Não se iluda. O mundo gira em torno da informação. Informação é consumo. Qualquer que seja a forma de divulgação, a informação permeia-nos com todo o seu poder e direcionamento. O que nos falta é saber filtrar o que está correto e o que não está. O volume é atordoante e grande parte desse volume é lixo informativo que gera discussões desnecessárias.

Até certo ponto, os meios de comunicação têm sua parcela de culpa na forma e interesse em distribuir informação que os convêm, e nesse sentido, é imperativo que nós como consumidores desse produto, estejamos cada vez mais atentos e exigentes quanto ao que nos é colocado. Quanto ao uso de aplicativos, onde hoje está a maior parcela de consumo de informação, a questão em si não está no aplicativo, mas sim na forma que o utilizamos. Precisamos aprender a utilizá-los.

Por fim e não menos importante, é extremamente necessário que compreendamos o que realmente nos leva a esse conflito diário entre o que é verdade e o que não é. Mesmo sabendo que a informação é utilizada para nos moldar de acordo com interesses diversos, precisamos sim focar primeiramente em direção e depois em velocidade. Somos nós que construímos nosso caminho e somos detentores do poder de informar ou desinformar. Cabe a nós escolhermos o que realmente queremos.