O PERFIL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE MANAUS

O PERFIL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE MANAUS Paulo Ricardo de Souza Rodrigues1 [email protected] Marcelo Cutrim Moreira de Castro2 [email protected] Eixo temático: Ensino e aprendizagem na Educação Matemática Modalidade: Relato de Experiência Categoria: Professor (a) da Escola Básica Resumo Este Relato de Experiência foi fruto de um relatório de pesquisa do trabalho de assessoramento pedagógico do autor no primeiro trimestre de 2021. A metodologia utilizada para este Relato foi descritiva, pois as coletas e análises dos dados partem das atividades desenvolvidas dos professores de Matemática na cidade de Manaus. Com o isolamento social e decretos de restrição municipal na cidade de Manaus, mesmo a distância, o trabalho de assessoramento alcançou o objetivo cujo foco foi analisar informações e dados dos professores de Matemática da Secretária Municipal de Educação (SEMED) da cidade de Manaus que atuam em sala de aula, melhor dizendo remotamente. Os resultados foram satisfatórios, pois os professores conduziram a situação e zelam pela a aprendizagem dos alunos palpada por situações vividas há mais de um ano em ensinar Matemática a distância sem apoio e com escassos de recursos e ferramentas disponíveis. Palavras-chave: Matemática; Professor; Perfil; Anos finais. 

Introdução 

Na Educação Matemática, ensinar matemática não é uma tarefa simples. Exige conhecimentos, ferramentas, recursos e vontade para compartilhar saberes e prosperar intelectualmente, embora ensinar compreende uma forma de aprender. A vontade de compartilhar nasce na expectativa de aprender mais, e para isso a formação continuada dos professores de matemática é primordial para o desenvolvimento de pesquisas no ensino da matemática. Ubiratan abarca a ideia de que a pesquisa é o elo entre a teoria e prática (UBIRATAN, 1996, p. 92). Nessa perspectiva, além da árdua missão de ensinar, compartilhar conhecimentos e, estar constantemente estudando, os professores de matemática na cidade de Manaus vivem uma experiência de realidade desregrado no sistema de ensino público após as restrições, isolamentos e paralisação das atividades presenciais após os primeiros casos de COVID-19 na cidade de Manaus. Neste cenário, as aulas a distância ou remotas ficaram mais difíceis na rede pública municipal em Manaus por conta de fatores, sejam eles: recursos disponíveis, materiais de apoio, planejamento de aulas, comunicação e contato com os alunos diariamente, conhecimento em ferramentas tecnológicas para trabalho do professor e, principalmente, sem dúvida nenhuma, o acesso à internet universal. Este estudo tem como objetivo analisar informações e dados dos professores de matemática da Secretária Municipal de Educação (SEMED) da cidade de Manaus que atuam em sala de aula, ou melhor remotamente considerando a situação vivida há mais de um ano pelo professor em ensinar matemática a distância e com escassos de recursos e ferramentas disponíveis. Materiais e Métodos Segundo Kahlmeyer-Mertens et al (2007, p. 52) “a metodologia é a apresentação do caminho que o pesquisador irá seguir, ou que ele traçou, para a realização da pesquisa” Para atingir os objetivos deste relato, esta pesquisa foi resultado de uma abordagem descritiva em técnicas de análise e coleta de dados quantitativo e qualitativo na aplicação de um questionário online (Google Formulário). O início de trabalho partiu das informações disponíveis dos servidores públicos no Sistema Integrado de Gestão Educacional do Amazonas (SIGEAM) e planilhas de Excel de agenda dos gestores e pedagogos das unidades de ensino arquivadas na divisão distrital de zona (DDZ) oeste da cidade de Manaus. A sondagem das informações e dados dos professores de matemática aconteceu através de perguntas pessoais, profissionais e o compartilhamento do link do questionário com os docentes. Utilizando o aplicativo Whatsapp em comunicação com os professores, o período dessas entrevistas ocorreu dos dias 01/03/2021 a 31/03/2021. Pacientemente e colaborativos, os professores responderam pergunta a pergunta, em uma única vez, excluindo a possiblidade de repetição, o questionário online elaborado pelo o autor. Ao todo foram dezesseis (16) unidades de ensino de anos finais (6° ao 9° ano) nos turnos matutino e vespertino com participação de 66 professores de matemática. O questionário online aplicado é composto por 19 perguntas fechadas e abertas, divididas em duas partes: pessoais e profissionais e, materiais e métodos. A primeira compreendeu a fase de perguntas relacionadas a questões pessoais e profissionais como gênero, idade, tempo de magistério, titulação acadêmica e horário de trabalho. A segunda parte compreendeu a fase de perguntas sobre materiais e métodos que os professores utilizam para elaborar suas aulas e entrar em comunicação com os alunos, quais são as maiores dificuldade em ensinar matemática remotamente e quais as dificuldades dos discentes nesse período a distância.