Observando a educação infantil em Rondonópolis, podemos afirmar que cada dia mais tem-se superado a barreira do assistencialismo, visto que o protagonismo de nossas crianças como ponto de partida vem demostrando-se cada vez mais evidente nas instituições em nosso munícipio, com um currículo rico e significativo ao desenvolvimento de nossos pequenos, contemplando cada vez mais as singularidades da primeira infância. Observamos a busca pela garantia dos direitos das crianças, a preocupação formativa dos professores, a seriedade das instituições e propostas que tragam as famílias como parceiras.

O último documento apontado pelo MEC como aporte a qualidade da educação infantil, A Base Nacional Comum Curricular, traz os seis direitos de aprendizagem: conhecer-se, conviver, expressar, brincar, explorar e participar, que nos move do lugar confortável para a reflexão da mediação do professor neste processo de construção de saberes sistematizados pelas crianças.  Afinal quando se é responsável pela garantia de direitos envolvemos as questões de cidadania e então forma-se o ciclo que dá sentido a educação, educar para humanizar, respeitando a criança na sua integralidade.

É importante então que o professor tenha conhecimento de causa para agir em favor do bem maior, a vida humana, fazendo a diferença com a sua concepção de criança e de educação infantil. E desta maneira, as instituições tem caminhado sim, é bonito de ver questões do educar e cuidar tão entrelaçadas nas práticas pedagógicas em unidades de educação infantil em nossa cidade.

Devemos, dessa maneira, saudarmos os profissionais da primeira infância em Rondonópolis, a fim de percebê-los como mediadores de afeto, potencializadores do melhor que o ser humano pode ser, de estimuladores da liberdade de expressão, que buscam em uma roda de conversa com seus pequenos, por exemplo, muito mais que  momento de leitura, ou um diálogo informal, mas ampliar os olhares das crianças, socializá-los, despertar a curiosidade para o novo, estimular o gosto pelos livros, abordar conceitos, ampliar o vocabulário, estimular a linguagem oral...mas principalmente aprender com as vivencias de nossas crianças, que nesse mundo agitado querem as vezes somente serem ouvidas.

Trago a observação também que é fundamental para que o sucesso da educação na primeira infância seja maior em nossa cidade é imprescindível um olhar sensível também dos órgãos públicos que precisam ver as especificidades da primeira etapa da educação básica e acolhê-las na sua integralidade, para que o professor não se sinta só. Percebendo que a vida humana não deve se minimizar a questões orçamentarias. Conhecendo o chão das creches e suas singularidades. Um bebê, por exemplo, para ser recebido em uma instituição de educação necessita desde um olhar ao planejamento do ambiente que irá recebê-lo como uma compreensão aguçada sobre currículo da educação infantil, observando os documentos e proposituras que o cercam, bem como também as crianças que possuem alguma limitação física, cognitiva e ou comportamental.

A reflexão é para que nossas crianças sintam–se seguras e capazes a ousarem seus próprios voos, a acreditarem em si mesmos e buscarem a inquietude com as coisas que os cercam, os tornando seres humanos mais solidários e éticos com seu próximo, afinal nossa sociedade clama por seres humanos melhores, percebendo na instituição lugar para ser feliz, para explorar, criar, imaginar...enfim viver.

A partir do momento que percebemos o quanto caminhamos vemos evidente nas unidades de educação o desejo latente em continuar ampliando os olhares, por nossas crianças, pela seriedade das instituições, pelas concepções que os professores da primeira infância têm demonstrado, pelas famílias e por aquilo que ainda deve ser feito. Hoje pertencer a rede de educação é ter a inquietude investigativa que move o professor, pois independente do que tem nas mãos para se locomover, ele segue a diante!

Desta forma, fica prazeroso defender que criança dever ir para a creche desde bebê, pois temos caminhado, e mais, temos crescido junto com nossas crianças, e assim podemos afirmar que os ESTÍMULOS QUE O PROFESSOR POTENCIALIZA NENHUM OUTRO SER HUMANO PODE FAZER, só este, traz a sensibilidade de perceber e sentir os olhares, viver as experiencias do amor ao próximo de maneira singular, sentir-se feliz com as pequenas conquistas de suas crianças, revelar -se e ser alguém que sonhou ser: um dia princesa, lobo, fada, palhaça, herói, cozinheira, maquiadora, amiga, cliente...enfim experimentando a vida na imaginação sua e do outro.

Clarice Rodrigues Santana, Débora Aparecida Santos França, Kédma Macêdo Mendonça,  Luciana Rodrigues Maciel & Sibele Silva Leal Rodrigues, pedagogas, são professoras na rede municipal em Rondonópolis.