O Perdão

 Ame seu próximo como a ti mesmo

 A vida e a realidade são um todo indivisível de causas e efeitos.

Os estratos materiais da realidade recebem sua vitalidade dos estratos superiores-espirituais.

 Mas para que os estratos materiais recebam a realidade harmônicamente, deverão elevar-se aos planos superiores e não limitar a realidade a eles mesmos.

 Quando transformamos nosso egoísmo em altruísmo, nos chegamos a um grau superior, uma vez que transcendemos os limites de nosso Eu para entender o próximo.

 O homem sempre se encontra em um plano intermediário, uma vez que recebemos e também damos, e sobre toda a realidade está a origem e a fonte da vida, O CRIADOR, o ÚNICO

 que somente dá, pois de quem há de receber? O Rabino e Sábio Kabbalista Iehudá Leib haLevi Ashlag nos ensina que há 4 graus em nosso desejo de receber:

 a) Quem recebe pelo simples fato de receber.

Esse é o estado mais denso da realidade, no qual nosso desejo de receber se traduz em puro egoísmo. Nesse estado, o homem está centrado em si mesmo, sem dar a menor importância às conseqüências de seus atos. 

b)Quem dá para receber algo em troca.

Este estado é superior ao anterior, pois, apesar de haver um interesse, o homem começa a expandir sua realidade, pois começa a pensar e ter consciência de seu semelhante. É o primeiro grau do desejo de dar/ratsón lehashpía.

c)Quem dá e sente satisfação do fato do outro receber.

Esse estado é incalculavelmente superior ao anterior, já que, quem alcança esse nível de altruísmo em seus atos, consegue vencer o seu egoísmo e expandir sua realidade a todos os aspectos da vida. É como o coração, que só deseja distribuir vitalidade para todo o corpo.

É o segundo grau do desejo de dar, pois agora não espera receber nada em troca, mas deseja dar de seu modo. Quer dizer que ainda há certo grau de desejo de receber não resolvido, pois pensa no outro, porém de acordo com a forma na qual ele deseja dar.

 d)Quem recebe para dar.

Este estado é a perfeição e a resolução de todos os estratos da realidade e da vida. Quando o homem alcança este grau de desejo, é como a mente que sabe receber tudo o que acontece com o corpo e colocá-lo em seu exato lugar.

É o terceiro grau do desejo de dar. O homem que chega a esse grau é capaz de receber todos os aspectos da realidade e orientá-los em direção ao bem coletivo.

No estado anterior, o homem consegue vencer o seu egoísmo, enquanto que neste também concretiza o objetivo da Criação, já que O CRIADOR manifesta se na Criação para que recebamos toda a Sua plenitude, da mesma forma que um homem e uma mulher formam sua família para dar a seus filhos o melhor de si.

 

 Na realidade e na vida não existe casualidade, e sim causalidades, causas e efeitos que encadeiam-se entre si, sem deixar espaço para o azar. Devemos ver a sabedoria que há por trás de cada aspecto e fato da vida. A verdadeira Sabedoria é a arte de transformar nosso egoísmo/ratsón  lecabel em altruísmo/ratsón lehashpía.

 O vocábulo arte — omanút, em hebraico — provém da raiz amén, igual a lehitamén/treinar generosidade e entrega, oméner/ama, que dá de si mesma, imún/treinamento e emuná, que se traduz, insuficientemente,como fé.

 Emuná é o treinamento do conhecimento espiritual. Emuná  tem dois aspectos que a constituem: emuná simples (peshutá), e emuná com conhecimento (shebedáat).

  A emuná é como o amor que não mede nem limita, mas que não pode substituir e sim é alimentado pelo conhecimento.

 Quando realmente há amor, há entrega, junto-me e me unifico a quem amo. Para poder alcançá-lo, devo conhecer profundamente a quem amo, para me oferecer a ele de acordo com sua necessidade e seu desejo. Então, esse amor será completo.

 

Daí a emuná ser um treinamento constante de generosidade, de entrega e de dar para servir ao próximo e à sociedade, e ser UM com o UM, sem segundo.

 O artista — em hebraico omán — é quem aperfeiçoa seu instrumento para dar e entregar de si, da forma mais perfeita e harmoniosa possível. Neste aperfeiçoamento existem dois aspectos, um exterior — sua obra — e outro interior — seu desejo, sua intenção e vontade, sua Neshamá ( ESPIRITO).

 Segundo o Zohar, O CRIADOR deu forma e conteúdo à Sua Criação através das dez sefirot. Toda a realidade, tanto espiritual quanto material, é criada por meio destas que são vistas como "forças fundamentais", "recipientes" da atividade DO CRIADOR. As sefirots são "canais" através dos quais a energia Divina flui, permeia e se torna parte de cada coisa que existe, criando assim uma "corrente espiritual" que liga e vivifica todas as coisas, impregnando-as da Essência DO CRIADOR. As leis que regem o fluxo destas energias foram estabelecidas durante o processo da Criação, que pode ser vista como uma progressiva transformação de níveis de energia espiritual. Nesta progressiva transformação, foram criados universos espirituais paralelos, sendo o nosso mundo o último desta corrente.

 Em nosso mundo, a Luz está mais afastada da sua Fonte Divina, portanto O CRIADOR está mais "escondido" de nós e, por isso, este mundo é espiritualmente inferior aos outros. Mas, ao mesmo tempo, é superior por ser a meta e o fim da Criação Divina. Nele, o homem (única criatura com livre arbítrio) pode afetar, por meio de suas ações, o fluxo das Energias Divinas, criando mudanças de grande proporções em outros mundos. Com isto poderá aperfeiçoar o Cosmos e fazer com que a Criação vá aproximando-se de sua meta CRIADORA.

Klipots

As Klipots (cascas) ou interferências têm a função em abafar e apagar a luz, e é nelas que encontramos o mal.

A saber, as Klipots ("cascas") espirituais que ocultam a Luz Divina no mundo físico e se manifestam na vida da pessoa através do seu caos espiritual, intelectual e emocional

As klipots cobrem e fecham o ser, o mundo, não permitindo o intercâmbio com a luz. As cascas nos colocam em contato com um mundo egoístico, onde impera sentimentos primitivos voltados para si mesmo.

Com isto, carregam a representação de desejos negativos, de receber somente para si. Eles representam a realidade externa, material da imagem.

Devemos nos desconectar com a raiz do sistema impuro (Klipot), que é representado na Árvore Cósmica pela Coluna Esquerda ou o desejo de receber para si.

Vivendo confinados ao mundo inferior, sermos sempre um homem Vegetal ou animal, onde o que governa são os instintos e desejos. Presos ao prazer, a sobrevivência e conforto superficial (material). Isto é que nos faz escravos e sós, abandonados, angustiados e isolados, pois nos deixa longe do reino da Luz.

 Eliphas Levi escreveu:

“O prazer é um inimigo que deve fatalmente tornar-se nosso escravo ou nosso senhor. Para possuí-lo é preciso combater e para gozá-lo é preciso tê-lo vencido. O prazer é um escravo encantador, porém, um senhor cruel, implacável e assassino. Ele cansa, esgota e mata aqueles a quem domina, depois de ter enganado todos os seus desejos e traído todas as suas esperanças”.

                

De acordo com essa tradição, estes 613 mandamentos estão divididos em "mandamentos positivos", no sentido de realizar determinadas ações (mitzvot assê, mandamentos do tipo "faça!", obrigações) e "mandamentos negativos", na qual se deve abster de certas ações (mitzvot ló taassê, mandamentos do tipo "não faça!", proibições).

Existem 365 mandamentos negativos, correspondendo ao número de dias no ano solar, que é como se cada dia dissesse à pessoa "Não cometa uma transgressão hoje"; e 248 mandamentos positivos, relacionado ao número de ossos ou órgãos importantes no corpo humano, isto é, como se cada membro dissesse à pessoa: "Cumpra um preceito comigo". Apesar de que o número 613 é mencionado no Talmud, sua significância real cresceu na literatura rabínica medieval tardia, incluindo muitos trabalhos listados ou arranjados pelas mitzvot.

O Perdão 

Não se pode alcançar o TODO sem se harmonizar com as partes.

 Yom Kipur “Dia do perdão”

 A mais significativa celebração do calendário judaico onde as pessoas fazem um balanço de si mesmas e tomam boas decisões para o futuro após serem perdoadas de suas falhas, neste dia, por eles mesmos em primeiro, e por D´us.

 Mas antes de tudo deve se pedir o perdão ao próximo.

 Contabilidade do homem

O balanço patrimonial se originou da idéia da balança com dois pratos, que para dar o peso certo, os pratos tem que ficar equilibrados, por isso que o valor do ativo tem que bater com o do passivo. Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da igualdade expresso nas seguintes fórmulas contabeis:

  • Ativo = Passivo +Patrimônio líquido
  • Aplicações = Origens.

Parte-se da idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre encontramos a igualdade. A balança ainda remete à idéia de mensuração do peso. Só que no caso do Balanço Patrimonial não se mede o peso, mas o patrimônio ou riqueza.

O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigações.

Juntando as duas partes, obtém-se o balanço patrimonial, equilíbrio do patrimônio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o balanço evidencia a situação patrimonial da empresa em determinada data.

O Balanço é uma DEMONSTRAÇÃO CONTABIL que tem por finalidade apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em geral uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição ou situação do patrimônio em determinada data).

O Balanço apresenta os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações) e o Patrimônio líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos.

O BALANÇO DE D´us ? Durante os trinta dias do mês de SELIHOT  ,COMEÇO DE 25 DE AGOSTO ATÉ YOM KIPPUR ,todo judeu deve fazer seu balanço.

MITZVOT  TAASÊ = MITZVOT LO TAASÊ + RIQUEZA ESPIRITUAL

AÇÕES POSITIVAS = AÇÕES NEGATIVA+ RIQUESAS ESPIRITUAIS

O jejum e as meditações de Yom kippur é para aumentar o lado positivo da equação e fazer crescer a riquezas espiritual .Riquezas espirituais : Elevação da consciência pelo caminho da sefira de Hessed.

Com a mesma força que julgar será julgado .

Dia 8/outubro é YOM KIPPUR - PERDÕE !