A entrada de mulheres no mercado de trabalho não é algo novo, pois ela sempre trabalhou e era um dos parceiros firmes nas atividades da família. O que é novo é a forma como as mulheres estão encarando o modelo atual de trabalho. Em vez de ponderar, conscientes, os prejuízos que podem arcar devido a sua ausência constante da família, pelo contrário, colocam-se à disposição das empresas de forma irrestrita.

Em outras décadas, as mulheres procuravam assumir trabalhos que as mantivessem meio período fora de casa, ou faziam vários tipos de prestação de serviços, de modo que não era necessário afastar-se de casa. Assim, uma das funções mais nobres, que é a educação dos filhos, não era prejudicada.

Então, a doença da vida agitada e o mal do consumismo alastraram-se, e as despesas das famílias aumentaram. As mulheres pouco a pouco começaram a trabalhar fora de casa para auxiliar no orçamento familiar. Assim, cada vez mais se envolveram com tarefas complicadas e mais tempo ficaram fora de casa. Uma opção que traz para a família intangíveis perdas. Entretanto, elas percebem e sabem mais do que ninguém o tamanho do prejuízo que a família sofre, mas não reagem e continuam acomodadas com a situação.

Outro fator agravante aparece quando, devido a uma imaginação errônea, as mulheres, como sinal de sua competência, tentaram imitar as mesmas posturas dos homens que até então eram criticadas por elas mesmas. Como exemplos: ficar até tarde no trabalho, partir para competições desleais ou atuar com condutas conflitantes.

O sentimento de falha em casa, pressão no trabalho, o cansaço e o estresse, em conjunto estão produzindo mulheres “transgênicas”, com características diferentes das originais. Observa-se estranhas mudanças no comportamento de muitas mulheres: atitudes frias, calculistas e até materialistas, longe da sua essência amorosa e cativante.

 

Compete às mulheres atuarem no ambiente de trabalho como moderadoras nos entendimentos, para promover relacionamentos afetuosos entre os demais. Elas devem zelar pela sua natureza humana e bondosa, e não permitir que suas características espirituais se contaminem pelos atos egoísticos alheios.

 

 

As mulheres devem se dedicar à consolidação dos parâmetros nobres e éticos nos relacionamentos. Elas devem, como agentes de companheirismo, criar a coligação entre todos os empregados, sem restrição, e devem ser exemplos no entendimento e desprendimento.

Artigo retirado do livro "Trabalho e o Reencontro de Interesses",  de autoria de Felora Daliri Sherafat, Editora Núr. Rio do Janeiro. 2006