O olhar tráfego do silêncio.

Quando olho e vejo o efêmero tempo.

Sinto por dentro um profundo silêncio ínfio.  

Perco completamente ao tempo apelintrado.  

Não sei sequer se devo imaginar a distância.

Entre os fatos talvez tivesse um canto.  

Numa transitoriedade heterogênea e cireneu.   

Ao feixe das mônadas como herança aperceptível.  

Húmus ao fim orgânico descrito sumariamente.    

Nada disso me pertence nem mesmo a imaginação.

Átomos a unidade perpétua a forma monística.

Embora acenda a alma ao pântano descritivo.

Por aqui existe uma grande significação cheia de diafaneidade.

Queria dizer mesmo que sejam tardiamente os sinais.

Uma imensidão de claros em plena madrugada aos recantos idiossincráticos.

A intuição inexorável da indutividade daquilo que foi dito.

 Houve uma notificação a cidade inteira soube  com o tempo sem perlustrar-se.

Nada do homem é interior ou inferior agora a grande questão.

Súbito a ruptura, o que deveria ser as cantigas rarefeitas.

Perante a incognoscível transparência ao destino comum polilógico.

O supremo e abstrato mágico ao rigor das letras transcritas sem peroração.  

Além dessas flores outras ondas com pervicácia não mais provindas do mar.

Engalanando a hermenêutica dos fatos puramente românticos.

A claridade absoluta das coisas sem pernície ao ancoradouro  celestial.

A máscara que expande aos sinais da imaginação complacente com desvelo.

 Quem poderia ser eles ao susto indelével  as chamas.

As coisas sem sentido porque teria que ser tudo isso.

A natureza foi elaborada com diapasão da pior maneira sem sabedoria.

O sol glândula aos campos das últimas significações.

Mas quem são eles a fundamental pergunta metafórica.

Filologicamente decifra-se o que não poderia ser resguardado.

Uma noite toda para poder descrever os últimos adeuses ao profundo entendimento.

Ninguém poderia ser aquela luz que a distância jorra hidrogênio. ’

É o mistério de tudo, daquilo que não tem nenhum mistério.

Edjar Dias de Vasconcelos.