O MUNICÍPIO DE IGUATEMI (MS) E O

 BAIRRO JARDIM DOS EUCALIPTOS

 

            Orientador: Professor Me. Ciro José Toaldo (FINAV)

Acadêmico: Jhonatan Carlos Carneiro Borges (FINAV)

 

A localização, de Iguatemi (MS) é de latitude 23° 40’49” sul e longitude de 53° 33’40” oeste, faz limite territorial ao norte com o município de Amambai, Juti e Naviraí, a leste com Itaquiraí e Eldorado, Japorã ao sul e Amambai e tacuru a oeste. Municípios estes que grande parte de suas terras já pertenceram a Iguatemi, uma vez que este dominava a região onde hoje é conhecida como cone sul do estado de Mato Grosso do Sul.  

Lila Fernandes Waloszek[1] (1991) escreveu a respeito do significado de Iguatemi, que vem do Guarani Avañe que quer dizer nascente pequena ou nascente de águas claras, e também frota de canoas pequena e branca. A referente autora argumenta que cerca de 700 colonos ao chegarem à região do Forte Guatami (como era conhecida Iguatemi), formaram um povoamento, com suas 36 embarcações, havia mulheres e crianças, soldado pago e outras pessoas, também traziam animais domésticos e equipamentos, daí começaram a construir e desenvolver a região, mas logo tiveram que parar por causa da falta de material e conflitos e com castelhanos e índios que achavam serem os antigos donos das terras.

E em 1777 os soldados brasileiros que habitavam na antiga fortificação receberam o ataque do capitão espanhol Dom Augustin de Penedo, onde então, teve que assinar a rendição, o forte foi arruinado e transformado em um sitio arqueológico que está situado dentro da aldeia Paraguaçu dos índios Guarani no município de Paranhos.

SOARES & SILVA, (1991) mencionam a existência de indícios da passagem e vestígios de habitações do século XVIII na região que era conhecida como Praça dos Prazeres, um povoamento simples e humilde que sofria com a fome, doenças e pestilências. A população residida em São Paulo e em outras regiões temiam serem trazidos para cá, pois o chamavam de “matadouro de Iguatemi”. Nesta região houve muita rebelião e conflito, como o conflito ocorrido entre Portugal e Espanha em 1777 por disputa territorial. As moradias da época eram feitas de taipa coberta de capim e cascas de palmeira. O principal marco histórico foi datado em uma rocha “1770: FORTE GUATEMI”. O forte hoje é considerado um sítio arqueológico e está situado dentro da aldeia Paraguaçu dos índios Guarani no município de Paranhos.

No inicio de Maio de 1925, Iguatemi recebeu um marco histórico importante, a passagem da Coluna Prestes com aproximadamente 3.000 homens, acampando vários dias no pequeno vilarejo que recebia o nome de vila sacarão. Foi à época de terror, pois o grupo revolucionário chefiado por Luiz Carlos Prestes aterrorizava, arruaçando e dispersando, os povos que aqui viviam. Com suas potentes armas que dispunham de fuzis, metralhadoras e canhões, os revoltosos não só intimidavam a população, mas também desafiou o 17° batalhão de caçadores que contava com poucos homens que a maioria morreu e alguns poucos restante foram aprisionados.

Os revoltosos ficaram na região a procura de alimentos, calçados, montarias roupas e armas, que diante de alguns depoimentos “eram homens sujos, barbados, cabeludos, farrapados, calçados com sobras de calçados, magros e tresnoitados”.  E ao entrar em Iguatemi as condições melhoraram, pois encontraram o que procuravam na região.

Outro fator histórico importante para Iguatemi foi à companhia erva mate laranjeira, que no fim da guerra do Paraguai, Thomaz laranjeira participou da operação da qual faziam as demarcações do território. Thomaz Laranjeira começou a percorrer as terras e sabia que Buenos Aires dava preferência a erva missioneira, logo conseguiu fazer um acordo para a exploração dos ervais nativos. A Companhia Erva Mate Laranjeira foi fortificando a ponto de construírem a sua própria cidade, a Campanário que era uma espécie de sociedade do mate laranjeira contava com uma cidade muito bem equipada. As casas eram construídas com figurino de arquitetura Argentina, as ruas abauladas e sem buracos contava com uma caprichosa arborização e jardinagem. Também contavam com hospital, serraria, farmácia, médicos, escolas do primeiro e segundo grau, e armazém.   

A exploração da Erva Mate vinha crescendo e a partir de 1909, os ervais de Amambai para baixo, passou a ser transportado pelo rio Iguatemi para o Porto Guaíra. Em 1930, com a exploração da erva mate a Companhia Mate Laranjeira chegou à região favorecendo o aumento da população, inclusive criando uma cooperativa na Vila Sacarão que contava em média com 150 sócios. Na atualidade não existe mais a Companhia Mate Laranjeira na cidade, mas a empresa MATSUL mantém uma área de 15 alqueires reflorestada para o cultivo das ervas.

Segundo os relatos de WALOSZEK (1991) muitas pessoas desafiaram as companhias ervateiras, porque as terras de ervais nativos que pertenciam às companhias já estavam sendo ocupados para a criação do gado, esses pioneiros resolveram fazer desafios arriscando a suas vidas e de seus familiares, partindo em direção ao sul de Mato Grosso, que ainda contava com um enorme vazio demográfico.

Alguns outros fatores que contribuíram para um desenvolvimento econômico e populacional do município de Iguatemi foram à extração de madeira, o plantio de algodão, o feijão, a mandioca milho e a extensão à pecuária, sobretudo a pecuária juntamente com a produção leiteira que predomina até hoje nas grandes fazendas e nas pequenas chácaras. Alguns desses plantios sofreram decadência devido ao mau uso do solo ou a falta de preparo do mesmo. (SOARES & SILVA, 1991)

Os pioneiros, os alicerces de uma nova povoação foram Francisco Fernandes Filho, Miguel Severo do Nascimento Gonçalves, Policarpo Nogueira e Bonifácio Fernandes. A primeira casa comercial, segundo WALOSZEK (1991), foi edificada e pertenceu ao fundador do povoado, Francisco Fernandes Filho. Foi elevada a distrito pela Lei nº 7161, de 14 de outubro de 1948 e o município criado pela Lei nº 1.951, de 11 de novembro de 1963, agora desmembrado de Amambai. No dia 08 de maio comemora se o aniversário de Iguatemi, essa data em 1965 foi sua instalação oficial e criação da primeira câmara e também a posse do primeiro prefeito eleito pelo povo.

O bairro Jardim dos Eucaliptos está localizado no município de Iguatemi. Situa se em uma posição geográfica desprivilegiada, ou seja, muito distante do centro da cidade. Quanto ao nome, foi recebido devido a uma plantação de eucaliptos que havia ao seu redor, hoje já não existe mais esta plantação. Foi formado em uma área distante do centro, tendo sua localização e posição geográfica ao norte da cidade e é construída após a rodovia MS 295. Sua construção foi iniciada em 1993 e entregue em 1994, quando era prefeito Nilzo Otano Peixoto e o governador Pedro Pedrossian.

A formação deste bairro se deu nesta localização da cidade por ser onde os terrenos eram encontrados por preços muito baixos e já que a finalidade era ser entregue as pessoas de baixa renda não havia grande importância ou preocupação qualquer quanto sua localização e segurança. 

Na pesquisa junto ao bairro foi verificado que dentro do bairro há uma subdivisão, sendo dividido em dois bairros, o Jardim dos Eucaliptos Um e Dois, do qual cada um destes bairros teve sua formação diferente. Ao todo o conjunto possui 142 casas construídas ou em construção, junto com os comércios, mas ainda existem vários outros lotes destinados à construção.

 O Jardim dos Eucaliptos 1 possui 77 casas e 3 comércios, 2 da espécie mercearia e um outro prestador de serviço. A construção deste bairro se deu através de cadastros e os candidatos a moradores sorteados receberam ajuda do governo Estadual e municipal, através de doação dos terrenos, material de construção, 15 pedreiros, e o futuro dono da casa deveria ajudar com o mínimo de 400 horas de trabalho, através de um sistema que ficou conhecido pelos moradores como “mutirão”, todos ajudaram na construção e formação de seu bairro.  Não possui uma escritura ou outro tipo de documentação qualquer que seja registrado no cartório de imóvel, mas foi entregue aos moradores principalmente as mulheres uma espécie de diploma com o nome das donas de casa, ou de uma criança filho do ganhador.

  Apesar de ser um bairro com 18 anos de existência, não recebeu nenhuma infraestrutura, apenas três ruas do bairro recebeu pavimentação asfáltica. A única atração existente para criança, adolescente e adulto é um parquinho, anexado uma academia ao ar livre e uma quadra de vôlei de areia.

            O Jardim dos Eucaliptos 2 possui 32 casas e 1 mercearia. Sua construção foi posterior ao primeiro, sendo entregue em 2004, pelo então prefeito Lídio Ledesma e o governador Orcírio Miranda dos Santos.

Sendo de formação diferente do primeiro, neste, ocorreu um sistema de cadastramento das famílias, este foi construído através de parceria do governo do Estado com AGEHAB (Agencia Estadual de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) e SEINFRA (Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul) sendo feito sorteio e o ganhador deveria pagar pela sua residência em pequenas parcelas por vários anos. Nenhuma rua possui pavimentação asfáltica, nem ao menos nome específico, aonde no mapa é conhecida apenas como projetada. Não possui nenhum atrativo nem para as crianças, o único parquinho está localizado no Jardim dos Eucaliptos Um, a área reservada pela prefeitura para a construção de uma praça, foi invadida e posteriormente construída residências no local. A prefeitura não efetuou a posse legal dos terrenos, uma vez que a construção das moradias torna se mais vantajoso com a cobrança do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) do que uma área ainda a ser construída e destinada ao bem público.

Ao lado destas casas entregues pelo governo estadual, existe várias outras casas também pertencentes ao Jardim dos Eucaliptos 2, mas que chamaria de Jardim dos Eucaliptos 3, já que teve origem diferentes das outras. Ali se encontra 28 residências concluídas ou não e um mine mercado. A ocupação destes terrenos se deu logo após a entrega das casas do Jardim dos Eucaliptos 2. Neste, o morador invadiu os terrenos da prefeitura, que não havia ainda sido ocupado pela ocupação pública e construíram suas moradias, e algumas outras ainda estão em construção.  Estas construções e terrenos tomados por invasores ficaram sem documentação oficial ou autorização de posse aos terrenos por algum tempo.

O único papel que servia como documento para estes moradores era o carne de pagamento do IPTU. A única atitude tomada pela prefeitura na época da invasão foi à retirada de invasores em alguns lotes particulares, que estava ao lado do terreno publico que havia sido invadido. Nestes lotes particulares hoje, 37 lotes pra serem exatos também pertencentes ao Jardim dos Eucaliptos, estão construídos quatro residências e um comércio, mas ainda existe uma grande quantidade de terrenos vazios, já que os donos não veem vantagem em investir numa construção em um lugar tão afastado do centro da cidade.

              

Condições socioeconômicas no Bairro Jardim dos Eucaliptos

 

Existem registros do ano de 1993, quando o bairro estava em construção, uma vez que foram homens, mulheres e crianças que foram os trabalhadores que construíram a primeira parte do bairro, eram pessoas comuns que numa espécie de “mutirão” participaram da construção das casas.

A prefeitura na época disponibilizou todo o material necessário e, também pedreiros para a construção. Então os trabalhadores ali estavam trabalhando em sua futura moradia, porém não sabia qual delas seria sua casa, depois do término da construção foi feito um sorteio para se conhecer qual seriam suas respectivas residências. Então foi entregue principalmente no nome das mulheres um diploma, garantindo lhes a posse da nova casa.

O bairro Jardim dos Eucaliptos está localizado na parte norte do município de Iguatemi MS. Também em um ponto estratégico, uma vez que faz ligação com os sítios e fazendas da região, com a saída para a cidade de Tacuru e está perto da saída para a cidade de Eldorado. Um desenvolvimento neste bairro seria essencial para um conforto da população local, para os fazendeiros e sitiantes da região, já que com a pavimentação da MS 180 (Iguatemi – Juti) facilitaria o escoamento da produção agrícola local, valorizaria as residências e principalmente o comércio, daí o morador não precisaria se deslocar até o centro da cidade para fazer suas compras mais urgentes, o que acontece nos dias de hoje.

A localização deste bairro é pretensiosa para o município, visto que o mesmo encontra se em uma área de provável expansão do perímetro urbano. Ao lado, encontra se um espaço destinado pela prefeitura à implantação de pequenas indústrias, o que é muito bom para o desenvolvimento desta região da cidade e também para a criação de empregos que pode servir aos moradores do Jardim dos Eucaliptos e vizinhança.

Diferente dos bairros, principalmente do sudeste, aonde são encontrados grandes colônias populacionais homogenias, a população local é considerada heterogênea, provavelmente devido à vinda de diferentes famílias de diferentes etnias, como brancos, negros, índios e paraguaios. Como o bairro foi destinado a famílias carentes, não houve preocupação em escolher determinada população que iriam habitar o local, se levava em consideração apenas se as famílias tinham ou não moradias próprias, tal miscigenação na população local ocasionou uma desunião entre os moradores. Como exemplo, moradores locais se candidataram a vereador em prol de melhorias para o bairro, mas não contou com a ajuda e colaboração da população, que resultou num numero de votos muito baixo.

Também caracterizada por uma população muito humilde e com um baixo grau de escolaridade, com isso poucos fazem as reivindicações necessárias para a melhoria no bairro.

 

Questões que elucidam o ‘abandono’ do Bairro Jardim dos Eucaliptos

 

            Atualmente ficou evidenciada a situação precária do bairro, sobre a intransigência dos políticos locais e estaduais que não dão a devida atenção com estes bairros.

Além da questão relacionada com a posição geográfica, enfrenta a grande problemática relacionada com a dimensão da Geografia Urbana, onde a cidade recebe “atenção” apenas no centro e, a periferia fica esquecida pelas autoridades publicas. Esta é a triste realidade encontrada na maior parte das cidades brasileiras, fruto da colonização que não priorizou a igualdade social.

 Portanto, o problema ligado com as consequências da colonização e do sistema capitalista, de certa forma até “selvagem”, que relega as populações periféricas das cidades, como caso do “Jardim dos Eucaliptos”, no município de Iguatemi, o descaso para um povo que também paga seus impostos, mas não usufrui dos benéficos que gera qualidade de vida, pois existe falta de infraestrutura, além de não ter pavimentação asfáltica, rede de esgoto, escoamento de águas pluviais, escolas, creches, postos de saúde.

O Conjunto Habitacional Jardim dos Eucaliptos possui nove ruas, além de duas principais que cortam o bairro, um corredor municipal que dá acesso à saída de Eldorado e uma avenida, a Lírio Albuquerque que divide o bairro com outro chamado Vila Rosa, e serve de saída para a cidade de Tacuru, tirando a avenida, apenas três ruas localizadas no Jardim dos Eucaliptos 1 são pavimentadas, as ruas Arnoldo, Projetada e Tereza de Matos, fora estas nenhuma outra recebeu pavimentação, inclusive a MS 180 que corta o bairro

A MS 180 é uma rodovia estadual que liga a cidade de Iguatemi a Juti (MS), passando perto de pontos estratégicos como o assentamento Rancho Loma e Nossa Senhora Auxiliadora, também de grandes fazendas localizadas na região. E utilizada por diversos veículos, carretas que levam os insumos agrícolas, que escoam a produção, máquinas agrícolas, caminhões e camionetas de fazendas, carros de boi, e veículos num geral de sitiantes locais e assentamentos. Hoje ela é encontrada sem asfalto, e com a pavimentação da MS 180 (Iguatemi – Juti) facilitaria e muito o escoamento da produção agrícola local, também no deslocamento de fazendeiros e sitiantes e ajudaria no acesso aos assentamentos, pois com a chuva fica muito difícil chegar ou sair de lá. Valorizaria as residências presentes no bairro e principalmente o comércio, sendo mais bem visto pelo morador, daí não precisaria se deslocar até o centro da cidade para fazer suas compras, o que acontece nos dias de hoje.

Neste bairro periférico encontra se o mínimo de saneamento básico. Não existe rede de esgoto em todo o conjunto, já que o sistema de tratamento do município ainda não está concluído, com isso não só o bairro sofre, mas todo o município. A rede de esgoto foi instalada no centro e em bairros próximos, mas não está funcionando, pois espera o termino da Estação de Tratamento de Esgoto. O sistema encontrado é o mesmo de várias regiões do Brasil, o de fossa séptica, não é o indicado, pois é propicio a doenças, e muitas vezes enchem e acabam vazando ocasionando um odor insuportável e torna se mais um problema para o bairro. O esvaziamento das fossas, não só no bairro, mais no município inteiro, é feito por um caminhão, que hoje encontra se em péssimo estado de conservação. Os moradores reclamam muito dessa coleta, já que o responsável pelo caminhão demora meses para chegar à residência e fazer a coleta, com isso, a fossa fica vazando a céu aberto. Como o serviço não é exercido pela prefeitura e sim particular, o morador não tem outra opção, senão esperar pelo serviço.

            Na primeira parte construída do bairro onde localiza se as três ruas pavimentadas no bairro encontra se mais um problema. Com as chuvas e o terreno em declive a água desce as ruas e acabam parando dentro de algumas residências que ficam em um lugar mais baixo, levando consigo muita terra e lixo. Vendo o problema, a prefeitura providenciou a construção de “bocas de lobo” para dar um fim nesta situação, o que resolveu o problema das águas. Porém não impediu outro, as águas foram desviadas para uma pequena lagoa situada numa chácara vizinha, as águas ali acumuladas junto com lixo que a própria população joga, é um grande risco a saúde, já que ali se prolifera o caramujo africano que causa meningite.

A população do bairro é caracterizada por ser humilde e desunida, mas também outra característica dos moradores é que são pertencentes à classe trabalhadora, ou seja, trabalhadores que ganham a vida dignamente em vários setores da economia iguatemiense. Porém algumas famílias carentes também presentes no bairro, necessitam ainda de ajuda da prefeitura, famílias muitas vezes grandes que vivem apenas com um salário mínimo ou estão desempregados, o município através da Assistência Social ajuda enviando lhes cestas básicas, o que não é o suficiente, mas ajuda aqueles que mais precisam, ainda contam com ajuda de programas sociais do governo.

Outra carência da população local é o lazer, os moradores não encontram no bairro a tranquilidade e a diversão que procuram, pois ali só existe uma pracinha que é mais aproveitada pelas crianças menores, para os maiores restam apenas uma quadra de vôlei de areia. Os moradores, em busca de diversão, deslocam se até outra praça situada no bairro vizinho, aonde conta com diversos brinquedos, quadra de futebol de salão e areia, pista para caminhada, entre outros.

A praça há muito tempo havia sido abandonada, não havia mais brinquedos, a quadra estava sem condição de uso, e há muito mato por todo o lugar. A prefeitura faz um trabalho preventivo de limpeza e manutenção do bairro apenas de vez em quando, realizando o corte da grama e a limpeza do local, este após muita reclamação dos usuários e moradores. Após uma série de reclamações, recentemente, a praça recebeu uma reforma, revitalizando o local e trazendo de volta seus frequentadores.

Os estudantes do bairro deslocam-se até ao bairro vizinho onde encontra se a escola mais próxima para estudar, ou como alguns preferem, deslocam se até o centro da cidade aonde localiza se outra escola. A Escola Estadual Marcilio Augusto pinto localiza se na Vila Rosa e atende todos os estudantes deste bairro, também do Jardim dos Eucaliptos e o Conjunto Habitacional Mariza Serrano situado bem próximo da escola.

Portanto o Jardim dos Eucaliptos não possui nenhuma escola seja Ensino Infantil ou Ensino Fundamental e Médio. Os estudantes precisam ser atendidos pela escola situada no bairro vizinho, porém a educação infantil é um problema. No bairro não existe escola infantil nem creche, no entanto, existe no bairro um grande número de crianças, então seus pais tem que se deslocar ate o bairro da Vila Rosa pra levar as crianças as creches e posteriormente trabalhar. O ideal pra população que sofre com este problema, seria a construção de uma creche mais próxima que atenderia o bairro Jardim dos Eucaliptos e o Conjunto Jardim Mariza.

O mesmo acontece com a saúde no bairro, não existe também nenhum posto de saúde no Jardim dos Eucaliptos. Aqueles que precisam de atendimento deslocam se até o bairro vizinho, situado na Vila Rosa que também atende além do Jardim dos Eucaliptos o conjunto Jardim Mariza.

Uma atividade desenvolvida no bairro pela prefeitura foi o Projeto Alegria, este trabalho foi desenvolvido pela atual administração do município que visa à integração entre a comunidade presente e exclusão da discriminação social. O projeto contemplou também outros bairros e consistia em levar diversão e alegria a população local, com brinquedos, competições, cinema ao ar livre e brincadeiras para as crianças. Tal acontecimento aconteceu poucas vezes no Jardim dos Eucaliptos, o que é ruim, já que a população local é carente de lazer. O ideal seria se houvesse um calendário a ser seguido por parte do projeto, assim a população saberia quando iria acontecer e poderia usufruir melhor do beneficio da prefeitura.

A prefeitura de Iguatemi está realizando em todo o município e, por conseguinte no Conjunto Habitacional Jardim dos Eucaliptos, um projeto de regularização fundiária em parceria com a AGRAER (Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e ainda com os cartórios de registro de imóveis do município, a fim de regularizar todos os imóveis que atualmente encontram se irregulares, na intenção de, gratuitamente, conceder a titularidade definitiva de posse a todos estes proprietários.

 

[1]  Antiga moradora de Iguatemi que deixou registrado suas memórias a respeito da história deste município.