O mundo feudal

Castelos e monges! Cavaleiros e damas! Feiras e cidades! Um mundo mágico, mas ao mesmo tempo, repleto de dificuldades. Tudo isso estava seria, lentamente, superado. O mundo feudal, em sínteses foi a parta de entrada para uma nova era.

Novos tempos, com novas criações baseadas em novas ideias. Mas de onde vinham essas novidades?

Vinham das interações com o oriente. Também vinham dos cruzados que retornavam para a Europa. Mas não era só isso! Também nasciam inovações de dentro dos mosteiros, onde os monges não se dedicavam só à oração, mas também aos estudo da filosofia.

Para muitas pessoas o mundo feudal é identificado com um tempo de retrocesso, de perseguições, de caça às bruxas – visto que elas representavam um saber que não se subordinava à religião e que ajudou no avanço dos saberes. Na realidade esse tempo foi uma grande incubadora de ideias.

Foram quase mil anos de lento aprendizado. Um longo período de contatos com outros povos e culturas trazendo novidades que foram agrupadas ao longo de séculos. Uma longa germinação de inovações que colocaram um ponto final no mundo medievo. Um ponto final que abriu a porta de um tempo criador das condições em que se instalaram os tempos modernos.

O mundo feudal não foi um caldeirão mas um braseiro em que, após fermentado, os saberes acumulados cresceram e transitaram para o processo do renascimento. O mundo feudal da religião cedeu e se abriu para as ciências não como um ponto de exclamação diante da beleza do novo, mas num processo de reticência que indica a possibilidade de continuação sem ponto final.

Neri de Paula Carnairo

Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador

Rolim de Mooura - RO