O monstro inusitado

Um homem que se tornara velho, em uma semana, começando em uma tarde de inverno, quando ainda estava dormindo, viu-se sair de si e viu o seu próprio corpo envelhecer fora dele, quando despertou daquele sonho intranquilo. Pôs-se de pé e em frente ao espelho o observou constatando, averiguando que só havia tido um sonho ruim. Mas aquele sonho continuava a pairar em seus pensamentos. Como morava só e começava a si sentir só em seu apartamento em Boa Viagem em Recife-PE Brasil. Para não continuar pensando naquele sonho decidiu ir a Paria de Candeias em Boa Viagem e caminhar pela orla marítima. Mas já era hora de retornar ao Jornal Diário do Povo em Recife, Sendo formado em Jornalismo, e excelente editor de texto, achava que aquele sonho era um reflexo de seu trabalho decorrente do estresse, acabando criando uma imagem de um ser, ele mesmo, mais velho e caquético, mas intrigado pelo sonho. Sem querer ir ao banho por medo de vê-se velho tal qual o sonho diante do espelho. Mas precisando ir ao jornal. Enfrentou o medo da velhice, disse a si mesmo: “todos nós vamos envelhecer”. Então enquanto estou jovem vou buscar prazeres e vida nova, aproveitando-me ao máximo de minha juventude, beleza e sedução.  E foi naquele instante ao banheiro, tomou seu banho vestiu sua melhor roupa para ir ao trabalho e pensando quem ele poderia convidar para ir a praia  caminhar e degustar frutos do mar. E então o rapaz foi ao trabalho, sem se dar conta do sonho que lhe apressava a vida. Quando terminou sua tarefa de correção de texto que era muito bom no que fazia, quis convidar uma colega solteira, mais próxima a ele por estar sempre juntos nas correções de textos. Era uma adorável moça, bela, sensual, agradável e mais que bela era a mais encantadora em seu trabalho e convidou-a para saírem e caminharem na beira mar e tomar uma cerveja acompanhada de peixes assados e frutos do mar. Foi aí que, deparou-se, com uma decepção inesperada, por acreditar que sua colega fosse descomprometida, por sua discrição e tácita em relação a sua vida particular, ela recusou o convite por já ser comprometida, e não só por isso, mas que justamente naquele dia já tinha um compromisso com seu namorado. Então guardou os textos do dia seguinte do Jornal levou os artigos corrigidos dos jornalistas que, justamente os que sabem, na maioria, criticar, mas não sabem escrever e descrever notícias, fazendo-se, necessário as correções e até mesmo, obrigando o corretor de texto fazer a reportagem pelos jornalistas por falta de experiência profissional dos jornalistas. Então restou uma moça feia e mal humorada, tácita que não lhe atraia em nada, que estava sempre a sofrer por não conseguir um namorado. Então ele disse: Stefane, vamos sair e passear pelas praias e beber água de coco? Stefane, que nunca tinha sido convidada a nada. Prontamente aceitou. No dia seguinte, Stefane, para não deixar ser percebida que gostou muito do convite e gostaria que acontecesse mais vezes aquele convite tão agradável, e por medo de não ser mais convidada, preferiu não demonstrar muita atenção a esse assunto. Mas sempre com os olhos no corretor de texto, procurando brechas para está mais próximo a ele, com esperança de ser admirada que, acabou sendo percebida pelo editor textual, o rapaz que tinha medo dos sonhos em que vinha tendo, sendo ele bem afeiçoado e de pouca idade, era caso de se admirar sua excelente experiência profissional. E na noite seguinte sonhou ser um velho inseto com asas pretas que beliscavam as pessoas, e no crepúsculo do entardecer o jovem homem ainda pensando em seu sonho pesado, semelhante a um desmaio na noite passada. Com alívio, respirou e voltou ao espelho e viu-se, um belo rosto e esbelto rapaz que nada parecia com a imagem que sonhara. Impressionado, disse a Stefane dos sonhos que estava tendo. E ela disse  que era estresse e por morava só. Com essa brecha começaram a trocar ideias e a conversarem entre si mais vezes, e aos poucos se tornaram grandes colegas, mais que grandes colegas; amigos e as conversas continuaram desde assuntos de trabalho a assuntos de seus cotidianos, acabaram enamorados e mesmo com cuidado para não engravidar acabou, por descuido e esquecimento de tomar anticoncepcional, Stefane engravidou e resolveram casarem. Com véu Branco e vestido branco e grinalda branca. Muitas flores e orquídeas brancas e todo o pessoal do Jornal. Fizeram um lindo casamento como manda o figurino, dos bons cidadãos cristãos. E o tempo passou e nasceu seu filho. No momento em que o beber estava sendo formado ele se transformava em parte humano e parte inseto, e a parte de aspecto humano era do homem velho que o rapaz, pai da criança, sonhara antes de se aproximar de Stefane, tinha cérebro de humano e corpo de inseto, mais precisamente de um gafanhoto com a espinha dorsal de inseto e orelhas e olhos e boca humana e nariz pontiagudo lembrando a de um gafanhoto. Quando o beber nasceu o infeliz homem desesperou-se, como iria mostrar um monstro com inteligência humana? Como iria criar aquela criança que não tinha culpa de nascer assim? Os médicos decidiram criar o pequeno inseto homem para experiência. - Então o infeliz homem, indignado e revoltado por ter que deixar para trás um filho inseto, que haverá sonhado, - para experiência, recusou-se terminantemente e disse a sua Stefane, que teriam mais filhos e eles ajudariam a cuidar daquele lindo beber inseto que emocionaram os médicos pelo amor paterno; Deus havia revelado em sonho. Pois nem José quis rejeitar Maria e o salvador do mundo. Quanto mais ele, não seria capaz de deixar aquela criança como cobaia nas mãos dos médicos, mas que seria amado por seus pais. Stefane já mais encorajada pelas forças e determinação de não abandonar a criança. Reuniram amigos do trabalho e apresentou seu único beber inseto. Que comovidos e sensibilizados, emudecidos abraçaram o beber e se prontificaram em ajudar a criar aquele especial beber. E os tempos passaram e o beber crescia normalmente com a espinha dorsal defeituosa mesmo assim conseguiu andar e falar. Para surpresa de todos. Ele era muito inteligente e com os dedos entortados e braços curtos começara o brincar com oficio de datilografar os textos corrigidos do pai e sem se dá conta, em meio as brincadeira de criança, então os pais do pequeno menino inseto, viram que o menino conseguira aprender a ler e contar, praticamente sozinho em sua casa que projetada para guarda o segredo da família, foi aí que viram que já era hora de ensiná-lo a ler e escrever, corretamente, mas se depararam com a dificuldade que suas mãozinhas não conseguiam escrever, mas conseguia datilografar. Mas se depararam com o empecilho de apresentar ao público aquele pequeno monstro humano. Seu pai, que por medo da reação das pessoas ao verem aquele menino inseto, discordou em permitir a exposição do filho, não deveria deixar que sofresse de burling e ser objeto de espanto e admiração. Por ser tão diferente criança já vista. Então. Um jornalista, amigo da família que sabia do menino inseto, que desejava se aposentar, mas tinha medo da falta do que fazer decidiu levar seu piano à casa de Stefane e ensinar, todas as tardes, piano para aquele menino especial. E aproveitava para ensinar a criança a falar português, inglês, alemão e espanhol e as ciências exatas, além do ofício de redator editorial. Quando rapaz inseto estava com idade de trabalhar conseguiu um trabalho no Jornal Diário do Povo do Recife, através de seus pais e deste amigo da família que interveio a favor do rapaz inseto, com a função de redator e editor de textos, que logo demostrou para os demais funcionários uma supremacia letrada e literária e fluência em letras e em línguas estrangeiras modernas. Porém fazia uma única exigência, de não ir ao Jornal Diário do Povo em Recife e nunca comparecer as reuniões pessoalmente, só por vídeo conferência, por não se sentir a vontade com sua exposição pessoal. Por ser muito perspicaz e eficiente com uma inteligência acima da média e uma capacidade versátil em letras e domínio gramatical em letras materna e estrangeiras modernas, Sendo reconhecido o seu talento literário. Acabou sendo aceito as exigências e aceito para trabalhar em casa. Sendo sempre amável e benquisto ao telefone e pela sua inteligência, uma linda moça da editora do Jornal da tarde apaixonou–se pela sua suavidade e educação, do modo de tratar com as pessoas. Que a incitou a curiosidade de conhecer quem era aquele funcionário experto que se negava aparecer em público. Mas a moça, sendo secretaria editora do rapaz monstro, insistiu em querer vê este rapaz que a seduziu por sua educação e eficiência profissional e exemplar trabalho. Então lhe mandou uma foto e declarou-se amando o rapaz inseto e pediu-lhe sua foto para conhecê-lo. Houve uma grande tristeza para os pais e amigos de seus pais que conhecia o moço inseto. Que não se sentiram no direito de privá-lo dessa emoção, do amor verdadeiro. Mas o rapaz monstro que não se sentia feio, mas orientado a não aparecer em público para não causar estranhezas decidiu apresentar-se a moça que ao vê-lo em vídeo conferencia desmaiou sem saber que o rapaz que tanto lhe atraia era aquele monstro que ela pensou que fosse um cachorro com espinhos de insetos ou mesmo um porco espinho preste a ataca-lo, quando voltou a si, gritava para que fossem na casa do rapaz para salvá-lo de ser devorado pelo monstro que viu. E foi aí que o editor chefe do Jornal, contou a moça que o monstro era o rapaz. O rapaz muito triste sentiu a vida passar sem mais se expor a pessoas e guardou a lembrança da moça que lhe amou sem tê-lo visto.