O homem em sua longa trajetória pelo mundo estar mergulhado de forma imperceptível no tempo e no espaço, é acima de tudo construtor e conspirador de seu próprio destino, mas, algumas vezes – não de forma acidental – se deixa escravizar por seu próprio vazio, por doutrinas de suas próprias mazelas, tendências e modismo, como afirmava Karl Popper, é um prisioneiro de seu tempo.

Este homem, quando se deixa levar por tendências ou modismos, perde seu sentido democrático de Ser – perde acima de tudo a sua liberdade perante o tempo e o espaço – automaticamente deixa de fazer parte da própria história.

Longe dos braços da história, o homem se torna um Ser sem identidade, praticamente não existe. A grande engrenagem da vida movimenta tudo e todos, menos os alienados e alheios ao tempo e espaço, os mesmos que seguem tendências e modismos.

Se todas as pessoas passassem a seguir modas e tendências, não teríamos mais mudança (Devir) e tudo permaneceria para sempre em repleto repouso, o tempo seria sempre o mesmo e o homem permaneceria inerte e fora do espaço.

O homem seria limitado por fronteiras invisíveis, seria hora um deus, outrora uma besta, mas, de certo, não seria nem mesmo homem.