O mês de maio chegou e com ele algumas comemorações significativas para a maioria dos povos. O dia do trabalhador e o Dia das mães. No passado, antes de ser o mês em que se comemora o trabalhador e as mães, era o mês das noivas  e eram inúmeros os casamentos que se realizavam. Mas, por que maio? Porque em maio, no auge da primavera no hemisfério norte, o surgimento das flores, criava um ar de romantismo que remetia ao feminismo.

     É interessante observar a influencia do clima para que as coisas acontecessem, se as flores alimentavam o romantismo, o imaginário alimentava a idéia do casamento perfeito entre um homem e uma mulher. Foi, também, na primavera do hemisfério norte, que a mobilização  de trabalhadores deu origem ao dia do trabalhador. E, mais tarde, foi, novamente,  na primavera do hemisfério norte que uma feminista se mobilizou para a criação do dia das mães.

     Por influência externa, no Brasil o mês de maio tem as mesmas referências, mas as datas de maior significado são resultado de fatos ocorridos a partir do mês de setembro, quando por estarmos no hemisfério sul, entramos na primavera. Não por acaso, comemoramos a independência no dia 7 de setembro, temos como marco do processo eleitoral, o mês de outubro e foi em 15 de novembro que se proclamou a república.

     Deixando de lado a influencia do clima e os fatos históricos e voltando às três comemorações do mês, observa-se nelas, características que as unificam pela importância na vida das pessoas. Não é a toa que o casamento, apesar de escasso nos tempos atuais, ao ocorrer,  é marcado por rituais que pontificam as crenças que definem as várias sociedades. E mesmo que seja eterno enquanto dure, no momento em que é celebrado, tem como ponto central a infinitude celebrada na frase “até que a morte os separe”. Sem trabalho, dificilmente, o cidadão será reconhecido como tal e o  trabalho que realiza tanto pode se caracterizar pelo reconhecimento social  como apenas um mecanismo para a sua sobrevivência. Quanto a maternidade,  ainda privilégio das mulheres, não se sabe até quando, é emblemática porque  esta sim, é definitiva tanto para quem a  assume como para quem passa a ser identificado como filho.