Para o investidor que pensa em empreender por franquias no setor de alimentação, este artigo será muito útil para mostrar uma visão de como está o mercado atualmente e sua projeção para o futuro.

A grande questão é: como a conjuntura atual pode afetar este mercado? O Brasil tem taxas altíssimas de inflação e o setor alimentício em geral é diretamente atingido, sendo que o preço é repassado ao consumidor final. Destaque para o preço da carne que chegou a aumentar quase 20% durante 2014.

Percival Maricato, presidente da Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e Sérgio Molinari, sócio-diretor de Foodservice da GS&MD - Gouvêa de Souza, enxergam que o mercado dará continuidade ao crescimento acima da inflação a partir de 2015, mesmo com o cenário econômico atual.

Números promissores

O setor de alimentação ou food service faturou R$ 116,5 bilhões em 2013, o que significou R$ 16 bilhões a mais em relação a 2012. Segundo a ABIA (Assoc. Bras. das Indústrias de Alimentação), nos últimos cinco anos, o setor cresceu a uma média de 14,7% e teve valor superior a três vezes o PIB brasileiro.

De acordo com o IBOPE, o consumo dos brasileiros fora do lar atingiu a taxa de 32,9% e pode chegar a 38% até o final deste ano.

Um dado interessante é a disparidade entre o consumo das classes A (mais de 50% de seus gastos comendo fora de casa) e B (18%).

Potencial de crescimento

O potencial do Brasil é grande, pois na Europa e Estados Unidos, as pessoas destinam de 50% a 60% em consumo de alimentos e alimentação fora do lar. EUA e Brasil têm cerca de um milhão de estabelecimentos cada, mas os EUA faturam cinco vezes mais. Segundo Molinari isso é reflexo da baixa renda do brasileiro.

Emprego

6 milhões de vagas existem devido ao segmento de alimentação fora do lar.

Estabelecimentos

De acordo com pesquisa de FEV/2014 do IFB (Instituto de Foodservice Brasil), 80% dos estabelecimentos são independentes e o percentual chegar a 93% se forem somados pequenas redes de até 5 estabelecimentos (familiares ou pequenos). Além disso, 64% dos estabelecimentos têm faturamento mensal abaixo de R$ 50 mil, 11% têm menos de um ano de atividade e 41% têm até quatro anos.

Perfil do consumidor brasileiro segundo IFB

Brasileiro está entre os que menos comem fora de casa, tendo média de 1,3 vezes ao dia. Mais de 70% consomem fora de casa em dias de semana, sendo que, para 34%, o principal momento da refeição é no horário de almoço e o segundo momento, o do lanche da tarde.

Tanto no Brasil quanto em outros países desenvolvidos, as duas principais razões que levam o consumidor a comer fora de casa são: relacionamento e conveniência.

O gasto médio por refeição é de R$ 14,39, sendo Classe A: R$ 20,02; B: R$15,08; e C: R$ 11,47. Em geral, há maior disposição para gastar no jantar e horários de lazer.

Além disso, refeições feitas no local representam 60%; 30% levam para casa; 3% compram pelo drive thru; e 7% utilizam o delivery ou serviço de entrega.

Dados numéricos do mercado extraídos da fonte Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.

Artigo escrito por Albert Takahashi do Invista Franquia (www.invistafranquia.com.br)