Maria Lucineide de Souza

"As discussões em torno da Educação Ambiental ainda não chegaram à criação de princípios ou critérios claros, capazes de oferecer base segura a partir da qual poderíamos pensar em projetos de implementação de uma respectiva prática de ensino, pois as diversas disciplinas (Educação, Pedagogia, Ecologia, Biologia, etc.) envolvidas nas questões ambientais, demonstram sua impotência para tratar a complexidade do meio ambiente". SEGUNDO OLIVEIRA

VARZEA GRANDE - MT

2009 

RESUMO

 O trabalho com tema Meio Ambiente, que se propõe deverá trazer uma visão ampla que envolva não só os elementos naturais do meio ambiente, mas também os elementos construídos e todos os aspectos sociais envolvidos na questão ambiental. Dentro dessa visão, o homem tem capacidade de atuar sobre o meio e modificá-lo e pode às vezes, voltar-se contra ele próprio. Quando se fala em meio ambiente, tendência é pensar nos inúmeros problemas que o mundo atual enfrente com relação à questão ambiental. Lixo, poluição, desmatamentos, espécies em extinção e testes nucleares etc. Para que um trabalho com o tema Meio Ambiente possa atingir os objetivos a que se propõe, é necessário que toda a comunidade escolar (professor, funcionário, aluno, pais. ) assume essa proposta com seriedade, pois eles se concretizarão em diversa ações que envolverão todos. É necessário que a comunidade escolar possa refletir conjuntamente sobre o trabalho com Meio Ambiente, esclarecendo o papel de cada um nessa tarefa. Por outro lado, cabe a escola também garantir meios para que os alunos possam por em prática suas capacidades de contribuição. A escola é uma instituição com poder e possibilidade de intervenção na realidade local e outras realidades com suporte para o trabalho pedagógico,

PALAVRAS CHAVES:

1ª – Conceito Educação Ambiental;

2ª – Interdisciplinaridade.

3ª – Meio Ambiente.

INTRODUÇÃO

A escolha deste Tema deu-se pelo fato de perceber que com o desenvolvimento da sociedade, e as necessidades de produção e consumo, houve um desequilíbrio ambiental na relação homem-natureza preservação do meio ambiente e como pode se realizado um trabalho interdisciplinar. A questão do meio ambiente constitui um tema transversal. E pode ser trabalhando em todas as disciplinas. A minha intenção como pedagoga é trabalhar as questões ambientais e desenvolver valores, atitudes, postura e ética junto aos meus alunos.  

Por isso, através deste trabalho pretendo ressaltar a complexidade dos problemas ambientais e, em conseqüência, a necessidade de desenvolver junto aos alunos o sentido crítico e as atitudes necessários para resolvê-los, possibilitando assim a aquisição de conhecimentos que proporcionam a superação dos problemas locais e globais, garantindo um futuro viável para as futuras gerações, concretizando-se assim o desenvolvimento sustentável.

            A pesquisa diante desta situação destaca-se a importância das ações voltadas pára a educação ambiental, que procura fazer uma reflexão no sentido de ser uma ferramenta para gestão social que auxilia na proteção e preservação ambiental, minimizando os impactos ao meio ambiente e promovendo o desenvolvimento sustentável. 

EDUCAÇAO AMBIENTA

             A Educação Ambiental foi formalmente instituída no Brasil, pela lei federal de nº 6.938, secionado a 31 de agosto de 1981, que criou a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Esta lei foi um marco histórico na institucionalização da defasa da qualidade ambiental brasileira.

            Educação é um processo de humanização que ocorre na sociedade humana com a finalidade explicita de tornar os indivíduos em participantes do processo civilizatório e responsáveis por leva - lo adiante. A educação escolar, por sua vez estar assentada fundamentalmente no trabalho dos professores e dos alunos. A finalidade desse trabalho – de caractere coletivo interdisciplinar e que tem como objetivo o conhecimento é contribuir com o processo de humanização de ambos numa perspectiva de inserção social critica e transformadora.

                    Para Bessa Antunes (2005), a educação Ambiental não formal é:

"(...) um processo integrado e amplo cujo objetivo é a capacitação dos indivíduos para a ampla compreensão das diferentes repercussões ambientais das atividades humanas, formando-os aptos a agir ativamente em defesa da qualidade ambiental."

 

A evolução da Educação Ambiental no Brasil ainda é tímida. Entretanto, projetos para a proteção de espécies ameaçada, por exemplo, têm demonstrado ser uma grande oportunidade para estimular a mudança de atitude, não somente com relação à preservação de uma única espécie, mas do ecossistema como um todo.

Quanto ao Estado do Mato Grosso, além da inclusão da Educação Ambiental nos PCNs tem desenvolvido vários programas dentre eles, o programa Mato Grosso Ambiental, o qual coloca como prioridade a conscientização.      O parâmetro Curriculares deve pautar-se a Educação Ambiental, os conceitos apresentados nos PCNs são importantes e devem, é claro, ser estudados por quem deseja operacionalizar a Educação Ambiental. No entanto, a ausência de conceitos que remetam à articulação entre aspectos sociais e naturais, denota um caráter ainda muito naturalista do entendimento sobre Educação Ambiental.

A educação deve desempenhar papel ativo, desencadeador e crítico da realidade, por isto consideramos a pedagogia Libertadora de Paulo Freire e a Crítico Social dos Conteúdos adequada à Educação Ambiental O termo globalização é definido por Torres como currículo integrado ou currículo globalizado, próximo da interdisciplinaridade.       

 Segundo esse mesmo autor a partir do surgimento do termo interdisciplinaridade, foram as teorias psicológicas, entre elas a psicologia da Gestalt, que forneceram os argumentos a seu favor. Com o decorrer do tempo os estudos interdisciplinares ganham caráter de urgência na elaboração de soluções para problemas reais complexos que se apresentam e que as disciplinas isoladamente não podem resolver. Também o estruturalismo, o cognitivismo e a Teoria Geral dos Sistemas contribuíram para a consolidação do movimento interdisciplinar na Europa. Nas palavras de Von Bertalanffy – um dos seus iniciadores dos estudos sistêmicos - esta é a "ciência da integração", e deverá ter seus reflexos na educação: "As exigências de formar generalistas científicos e de expor princípios básicos interdisciplinares são precisamente as que a teoria geral dos sistemas aspira a satisfazer" (Idem, p. 78)

            Interdisciplinaridade, é uma da realidade ambiental, assim perpassa as ciências  naturais, a sociologia a antropologia, a geografia, o urbanismo, o direto, a economia, política e todos os ramo do conhecimento humano. Valores, saberes e método atrelado à solução de problemas concretos.

            Segundo  (Torres) alerta para a seguinte situação: "que propostas como as de descentralização, autonomia das escolas, flexibilidade dos programas escolares, trabalho em equipe, avaliação nacional da qualidade nas instituições escolares, liberdade de eleição nos centros docentes, etc.

            Interdisciplinaridade ou transversalidade são abordagens que, dependendo dos autores analisados, confundem-se e cujas diferenças não estão definitivamente estabelecidas. Privilegiando-se uma ou outra, é certo que para ambas é possível utilizar a perspectiva meta disciplina, como uma ferramenta capaz de estabelecer um cosmo-visão a partir da qual se possa organizar o currículo escolar.

            Pensar o currículo para a Educação Ambiental como proposta pedagógica é pensar como a passagem da velha cosmologia moderna para a nova cosmologia (novo sistema de pensamento por hora chamado de pós - moderno) repercute na prática de sala de aula. Para isso pensamos que a adoção da perspectiva metadisciplinar pode ser útil.

            Segundo (Doll), “No nível instrucional as implicações da teoria do caos lidam principalmente com o conceito de recursão (iteração), em que o indivíduo volta seu olhar para si mesmo; através dessa experiência auto-referencial emerge um senso de self e de valor”. Mais um processo de transformação experiência e menos um processo de dominar um produto determinado, ou uma ‘pista a ser corrida’. (Doll, 1997, 114). Além do olhar para si mesmo, a recursão proporciona um olhar para o passado de sua caminhada na elaboração dos conhecimentos, superando assim a aprendizagem fragmentada e estanque.

Segundo (Lukesi): Nós educadores, fazemos parte do poder organizativo na experiência educacional do aluno em quatro etapas:

a) acolher;

 b).nutrir com sistematização, passo -a- passo;

c)sustentar durante o processo auxiliando;

d) confrontar as construções do aluno. Essas idéias comungam do mesmo princípio de “negociar passagens entre nós e os outros” Um paradigma criativo tem implicações importantes para a educação e o currículo. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

LIXO MUNICIPAL de Gerenciamento Integrado, Coordenação: Nilza Silva Jardim. 1ª  edição. S.P: Instituto de Pesquisas Tecnológica. CEMPRE, 1995-  Publicação IPT 2163 ed.gráfica Ltda. - Agosto 1996. 

REVISTA: Escola Meio Ambiente, edição 168, ed. Abril.   2003. 

DIAS, G. F. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental. São Paulo:

    Global,1992. 

ALEXNDRE, de Gusmão Pedrini -(org.). Educação, Ambiental. Reflexões e Pratica Contemporânea. Editora Vozes 5ª ed. Petrópolis Rio de Janeiro 1997.        

DIAS, G. F. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental. São Paulo: Global,1992. 

INTERNET: http://www.meioambiente.com.br.