O MANTO E A CRUZ
Publicado em 08 de junho de 2013 por Carlos Assis Gamarra
O MANTO E A CRUZ
No alto daquela colina, em um lugar sinistro
denominado de Gólgota, diz: Lugar da Caveira,
Injuriado e Mutilado, seguiram-no castigando,
e assim zombavam e assim feriram meu Cristo.
(Mateus 27: 33)
E a cada golpe que recebia, sem nada poder dizer,
ouvia o som da multidão atordoada, vozes abafada
Olhos ensangüentados observam sua mãe a sofrer,
Maria estende as mãos aflitas e diz: Filho Te Amo!
“...Filhas de Jerusalém, não choreis por mim;
chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos...”
(Lucas 23: 28)
A dor é insana, o martelo pesado, no cravo cravado
O mestre grita de agonia, eis que toda a turbe geme
Lábios dilacerados, maldito beijo traiçoeiro, fel de fado
que leva a culpa do pecado, no corpo ensangüentado.
“...ele tomou sobre si as nossas enfermidades,
e as nossas dores levou sobre si...”
(Isaías 53: 4)
O corpo jazia aos pés da cruz vazia
Um vento ameno soprava na cena,
Nos olhos lágrimas de sangue caia
José, tomando o corpo, envolveu-o
num fino e limpo lençol,
(Mateus 27: 59)
Os soldados romanos, que cumpriam a guarnição,
ficaram surpresos, diziam: Matamos um ungido!
O centurião presenciado o ato da crucificação,
Dizia: “... Na verdade, este homem era justo,
era o tão esperado Messias prometido...”
(Lucas 23: 47)
E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol,
e pô-lo num sepulcro escavado numa penha,
onde ninguém ainda havia sido posto.
(Lucas 23: 53)
Depois daquele ato da cruz, ficou provado que Amor
Venceria a morte, que a esperança venceria o medo,
Que a nossa vitória seria garantida, por isso canto:
Jesus venceu, estamos protegido, debaixo do seu manto!