Você já parou para pensar que Hércules, Tarzan, Aquiles, Gengis-Kan, os samurais, Napoleão e outras pessoas ou mitos realizaram em suas épocas feitos praticamente impossíveis de serem repetidos?

Hum, você vai me dizer: “-Você está vendo televisão demais, afinal está misturando personagens com pessoas!”

É verdade, para que tenhamos uma referência maior sobre lendas e  possamos divagar um pouco mais  nesta conversa.

Sempre fui apaixonado por futebol, quem sabe motivado pelo meu pai que ficava grudado no radio ouvindo as partidas,  torcia, torcia,  me levava aos campos e contava histórias dos grandes astros.

Eu devo ter seguido mais ou menos por esse caminho, meus filhos também gostam  de bater uma bolinha quando têm oportunidade, mas isso me ensinou uma lição interessante.

Os ídolos de meu pai não foram os meus e não são os de meus filhos.

Um dia, assistindo a um vídeo tape de um jogo da seleção, meus filhos me chamaram a atenção: :”- Pai, você disse que os jogadores A , B e C eram craques, mas eles não tem o mesmo domínio de bola que os craques de hoje e olha, os nossos  goleiros  são muito melhores do que os de antigamente!”

É verdade, se há uma posição que evoluiu muito foi a do goleiro.

Diante desses comentários comecei a assistir a jogos antigos e prestar atenção, os feitos de fato eram menores do que  a imagem que eu tinha em mente.

Minhas lembranças, misturadas a imaginação, faziam com que determinadas jogadas parecessem mais empolgantes, agora revendo percebia que eu havia colocado um pouco mais de cor na situação.

Nesse período eu estava trabalhando na construção da  marca de um produto e estudava com entusiasmo tudo que podia encontrar sobre empresas vencedoras.

Inevitavelmente encontrava historias de desbravamento, coragem, ousadia, loucuras, sustentando o feito de seus criadores.

Olhando em volta não conseguia encontrar empresas e empresários fazendo algo parecido, eu buscava exemplos próximos, que pudessem ser vistos, apresentados, acompanhados, mas tudo parecia real demais perto do que eu  vinha lendo.

Havia muito trabalho, dedicação, empolgação, mas nenhum ato heróico!

Fui estudar os mitos, homens comuns na vida real, referencias históricas na literatura.

Comecei a prestar atenção em  produtos que atravessaram décadas e hoje ainda são ícones.

Comecei a conversar com pessoas que lembravam com saudade de marcas, produtos, nomes, cuja importância parecia inigualável, mas então porque tinham desaparecido?

Uma luz começou a acender: “O maior de todos os astros será sempre menor do que a sua própria lenda”.

O distanciamento de fatos importantes ou trágicos certamente dará a eles uma dimensão maior do que realmente tiveram quando recontados, repetidamente.  

Você que tem uma empresa, tem uma marca, que precisa que esta tenha maior destaque no mercado, não deixe de agregar a esta sua história de trabalho, de dedicação, de atrevimento.

Não vale mentir, pode até exagerar um pouquinho, afinal atrás de cada mito também há um pouco de exagero.

 

 

Ivan Postigo

Economista,  Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP

Autor do livro: Por que não? Técnicas para  estruturação de carreira na área de vendas

Postigo Consultoria de Gestão Empresarial

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