Falar do ligar onde moro é preciso falar primeiro de sua história, a qual foi construída por intermédio de relatos verbais. A primeira pessoa que teve a preocupação de colher tais relatos foi a professora cordelista Maria Alzenira Rodrigues. A mesma contou a história que os antigos contavam, no livro “História Política e Social de Aruaru”. Hoje quase todos os entrevistados que contribuíram com a construção deste livro já morreram, mas a história ficou. Outro trabalho da poetisa abordando a história de Aruaru é “Vida e Morte de Joana Paula Morais”. Foi no trabalho da poetisa que seu ex. aluno, Antônio Roberto Xavier, buscou dados para fazer sua tese de doutorado. A tese defendida pelo doutor aborda a trajetória de Joana Paula Morais, primeira professora do lugar.

Outro livro que fala de Aruaru, é o livro “Memórias”, do doutor Alisson Ramos. No referido livro, o autor buscou relatar as lendas do lugar, o rio Pirangí como palco de muitas histórias, as tradições culturais.

Fato é que o lugar onde moro é rico em histórias que teriam ficado perdidas no tempo, não fosse a maestria da professora Alzenira, que dedicou e ainda dedica muito do seu tempo pesquisando.

Alzenira buscou nas histórias que ouviu criança a explicação da origem do nome Aruaru, segundo a mesma, certo dia um senhor estava pescando aruá na lagoa que tinha este nome, antes do vaqueiro perder a espora, quando um viajante perguntou o nome do lugar. O pescador entendeu que ele perguntou o que estava fazendo, e respondeu que estava botando aruá no uru. O viajante entendeu Aruaru. Esta história, era muito contada as crianças no girau, enquanto esperavam anoitecer.

Com humor e criatividade, o lugar onde moro foi relatado por pessoas conceituadas e competentes. Assim é Aruaru, cidade hospitaleira, pessoas alegres, ruas e praças convidativas para o lazer.