INSTITUTO EDUCACIOAL DE ENSINO SUPERIOR CLARA VITÓRIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS

IVANIZE SALUSTIANO DE SOUZA

 

O LÚDICO COMO FERRAMENTA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE EDUCAÇÃO INFANTIL

 

GUAMARÉ-RN

IVANIZE SALUSTIANO DE SOUZA

 

O LÚDICO COMO FERRAMENTA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo apresentado à universidade Clara Vitória, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista

Em educação infantil e anos iniciais.       

Orientadora: prof: Joelma Pereira dos Anjos

 

GUAMARÉ-RN

2016

RESUMO

Esta pesquisa tem a finalidade de investigar as contribuições que o lúdico oferece a práticaeducativa no processo de educação infantil, já que as brincadeiras fazem porte do universo do ser criança. no entanto precisamos considerar os pensamentos de alguns autores que estudam a dimensão da ludicidade como: Almeida (1995), Kishimoto (1994), Froebel (2010), Winnicott (1982), Rosamilha (1979), Piaget (1976), Vygotsky (1997) e outros autores são inseridos nesse trabalho contribuindo com suas ideias para a construção de hipóteses sobre a importância de atividades lúdicas no processo de ensino-aprendizagem, sendo que as escolas de educação infantil valorizem essas ferramentas de utilidade pedagógica no projeto politico pedagógico da escola, transformando-a em um ambiente lúdico onde a aprendizagem aconteça de maneira prazerosa valorizando os interesses essências à criança.  

Palavras-chave: criança, aprendizagem, ferramentas, contribuição, construção.

 

 

SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................................... 4

O lúdico e seu surgimento no processo de ensino-aprendizagem................................. 12

A ludicidade como um desafio a contribuir na prática pedagógica............................... 17

A importância de se trabalhar jogos e brincadeiras nos projetos políticos pedagógicos das escolas      21

Considerações finais........................................................................................................ 24

Referências bibliográficas .............................................................................................. 26

 

 

 

INTRODUÇÃO

Sendo a escola um ambiente propício a estimular de maneira significativa à aprendizagem da criança, a presente pesquisa tem a finalidade de analisar em particular as dificuldades encontradas por professores de educação infantil para se utilizar do lúdico de forma adequada em suas atividades de sala de aula, esta situação permite uma discursão ressaltando alguns teóricos que falam sobre o assunto.

Está problemática levou-me a produzir o tema: o lúdico como ferramenta no ensino-aprendizagem de educação infantil, primeiramente conhecer um pouco mais sobre o assunto por se tratar de uma questão que já faz parte do cotidiano dos professores, depois para ampliar os conhecimentos sobre a temática mediante o embasamento teórico de alguns autores que pesquisam sobre a importância da ludicidade no processo de aprendizagem do ser humano. Assim construir uma fundamentação mais sólida sobre a dimensão de estratégias que o lúdico tem oferecido nos espaços educativos de educação infantil.

Pois ao brincar inerentemente o ser de infância assumi uma forma de interagir refletir e descobrir seu contexto de mundo, nesta ação com o mediador que possibilita a interação do educando com o objeto de conhecimento de forma agradável envolvendo sua maneira lúdica de ensinar os eixos interdisciplinares com estímulo ao desenvolvimento das capacidades cognitivas, servindo como estratégias para criar oportunidades de aprendizagem adequadas ao desenvolvimento infantil e à construção do conhecimento. A criança exercita a abstração saindo de seu mundo concreto e capacitando-se a desenvolver o pensamento, neste sentido a ludicidade será introduzida na aprendizagem do educando como forma de facilitar seu processo de ensino-aprendizagem.

O momento lúdico na prática educativa não deve ser visto apenas como o ato de brincar mais também permitir ao ser humano conhecer seus semelhantes e viver em sociedade. Nessa perspectiva, Wajskop (1995, p. 25), afirma que ‘‘o brincar é uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas construindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sócio-cultural dos adultos.’’  Sabendo que nesses momentos imaginários e fantasiosos as crianças aprendem a interagir com o outro expondo suas ideias e compreendendo o mundo, constrói e reconstrói seus pensamentos criando suas próprias regras e convicção da realidade, tornando-os experientes ao se relacionar socialmente.

Cabe aos professores adquirir os conhecimentos necessários a melhor maneira de utilizar o lúdico como instrumento pedagógico ao ensino, devendo contribuir na aprendizagem do aluno. Almeida(1995,p.41) ressalta:

A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um

Crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto

Espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A

Sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a

Interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e Modificação do meio            

Porém a instituição precisa refletir sobre que sujeito ela está reeducando partindo de sua identidade, seus prévios conhecimentos e sua própria individualidade, não respeitando essas características do indivíduo dificilmente ocorrerá mudanças significativas no processo educativo dos educandos. Quando o professor de educação infantil não dispõe de momentos lúdicos em suas atividades escolares ele inerentemente está negando a origem do ser criança.

O principal objetivo do trabalho realizado é adquirir conhecimentos e ao mesmo tempo oportunizar a outros profissionais da educação rever seus conceitos sobre a finalidade do lúdico no processo de formação da criança, para que os mesmos tenham a oportunidade de rever suas praticas pedagógicas e mudá-las se preciso, buscando novas maneiras de ensinar através de ferramentas permitindo uma educação de qualidade, buscando contribuir com os interesses e necessidades dos aprendem-te.

Também para que as escolas revejam suas políticas educativas e valorizem o projeto político pedagógico como um instrumento a contribuir na prática educativa visando exclusivamente os interesses dos educados. Inserindo o brincar em seus projetos educativos, tendo intencionalidade, objetivos e consciência clara de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil para estimular a vida social e o crescimento construtivo da criança. Permitindo que essas propostas de fato aconteçam no ambiente escolar não fique engavetado, mas que a cada proposta anual ocorram mudanças visando à melhoria do trabalho pedagógico.

Nesse sentido a pesquisa realizada busca mostrar a importância do brincar na construção do conhecimento referente às atividades desenvolvidas em sala de aula e suas múltiplas possibilidades para a prática educativa. O trabalho científico foi dividido em três capítulos, o primeiro capítulo apresenta uma contextualização breve sobre o lúdico e seu surgimento no processo de ensino-aprendizagem, o segundo capítulo mostra a ludicidade em sala de aula um desafio a contribuir nas atividades pedagógicas, no terceiro e ultimo capítulo focará sobre a importância de se trabalhar jogos e brincadeiras nos projetos políticos pedagógicos das escolas, por ultimo as considerações finas.     

 

O LÚDICO COMO FERRAMENTA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE EDUCAÇÃO INFANTI

O lúdico e seu surgimento no processo de ensino-aprendizagem

Historicamente o lúdico fez parte de diversas épocas desde a Grécia antiga até os dias atuais, suas significações e valores no estímulo a mente humana em principal nos primeiros anos de vida da criança. O jogo vem expondo em cada período suas características e objetivos, referente às diversas funções propostas, entretanto iremos ressaltar que a pesquisa irá iniciar a partir do pressuposto histórico em que o lúdico é introduzido no processo educativo como meio de evoluir o desenvolvimento cognitivo do ser humano. Sendo a partir do século XVI os humanistas começaram a valorizar os jogos e brincadeiras como um suporte pedagógico, sendo os colégios jesuítas os primeiros a utilizar-seesse tipo de estratégia em suas praticas de ensino. Segundo Kishimoto (1994,p.17)

“O jogo educativo surgiu no séculoXVI, como suporte da atividade didática, visando a aquisição de conhecimentos e conquistassem um espaço definido na educação infantil”, mas sua expansão se dá a partir do século XX, expansão da rede de educação infantil e também a partir das produções bibliográficas acerca de relação entre o jogo e a educação.

Portanto percebe-se que o lúdico assumiu um papel importante no processo formativo da criança ao perceber a necessidade que ela tinha de brincar considerando que esta forma de atividade permite ao individuo sua interação aos seus diferentes estágios de desenvolvimento seja ela no campo social, cultural e individual. Também no séc. XIX finalizando a revolução Francesa, surgi outros conceitos de educação, quando os jogos e brincadeiras gera uma discursão no campo da pedagogia no cotidiano escolar, surgindo dessa maneira uma atual concepção no modelo de educação segundo as teorias dos princípios práticos de Pestalozzi e Froebel, Tendo como base inicial Froebel.

 Seus estudos deram um grande respaldo na área da educação já que o autor acreditava que a nova concepção de aprendizagem deveria ser iniciada desde cedo na vida das crianças. De acordo com (FROEBEL2010, P.42), ele critica a educação de seu tempo, referindo-se principalmente a coerção ao distanciamento da vida natural da criança, e do fato de se desconsiderar a criança nas suas características. Nesse pensamento pode-se perceber a educação de uma época que se caracterizava pelo tradicionalismo, porém com o passar do tempo às escolas começam a modificarem suas propostas de ensino. Passando a valorizar o ser criança, sua realidade e principalmente contemplando sua infância, usando como princípios básicos a pedagogia lúdica na formação doindividuo.

        Permitindo em cada momento do desenvolvimento que a brincadeira coloque em campo várias competências e sentidos. É através dessas atividades que o corpo humano se desdobra na construção de significados e habilidades na formação do sujeito. De acordo com (WINNICOTT, 1982), afirma que ‘‘não há nenhuma atividade significativa no desenvolvimento da simbolização da criança, da sua estruturação que não passe pelo brincar.’’ No entanto percebe-se que essa ação  faz parte da vivencia do ser infantil, exterioriza seu próprio crescimento pessoal e social.Rosamilha(1979,p.77), nos diz que

                        A criança é, antes de tudo um ser perfeito para brincar. O jogo eis aí um

                        Artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma

                        Atividade útil ao seu desenvolvimento físico, mental. Usemos um pouco

                        Mais este artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendoDe seus instintos naturais, aliados e não inimigos.

Na mesma linha de pensamento as escolas devem propor atividades expressivas, que favoreçam nos educandos o amadurecimento de seus conhecimentos estimulando sua criatividade e superando seus limites. Na sociedade a brincadeira sempre foi vista como uma maneira de diversão, no entanto nas instituições escolares começam a serem usadas nos momentos livre das crianças como recreação, porém com as reformas de políticas publicas educacional o brincar foi ganhando um espaço cada vez maior na aprendizagem da criança. Para kishimoto(1994,p.32), ‘‘a formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas potencialidades desbloquearem resistência a ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo, para a vida da criança, do jovem e do adulto.

Portanto acreditamos que por meio de estratégias lúdicas os educadores podem possibilitar uma melhoria no aspecto cognitivo, afetivo e social do aluno, levando em consideração que o jogo é um fenômeno cultural com muitas manifestações e significados, que variam conforme a época, a cultura ou contexto.

Com o passar do tempo alguns autores citados a cima entre outros realizaram diversas pesquisas com o objetivo de confirmar as possibilidades do lúdico a ser de grande relevância para à aprendizagem. Também propõem mostrar a maneira pela qual essa ferramenta pode ser utilizada dentro do contexto escolar, oportunizando as crianças o acolhimento, o resgate e o prazer do brincar infantil, alternativas que devem ser elaboradas pelas instituições conforme análise de estudo.

Pensando nos benefícios da influencia do lúdico na prática docente é que abri o espaço para o crescimento da psicologia infantil no séc. XX com a ampliação de pesquisas que estudam e discutem o ato de brincar e sua formação nas várias representações da vida infantil, podemos observar alguns autores que contribuíram com suas teorias em seus estudos realizados com relação ao desenvolvimento mental da criança. Para Piaget(1977 apud La Taille 1992:21), “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por estas regras.”

Isto porque Piaget entende que nos jogos coletivos as relações interindividuais são regidas por normas que, apesar de herdadas culturalmente, podem ser modificadas consensualmente entre os jogadores, sendo que o dever de ‘respeitá-las’ implica a moral por envolver questões de justiça e honestidade.

Assim acredita-se que os momentos lúdicos desde sempre fez parti da cultura humana, sua trajetória se destaca como parte integrante da criança, desde cedo, o meio no qual o individuo esta inserido, ele estimula a brincadeira primeiramente pela percepção dos órgãos dos sentidos, depois pelo desenvolvimento intelectual da mente, no primeiro momento os objetos lúdicos são usados pela criança como forma de conhecer o ambiente no qual ele estar inserido e as percepções do seu próprio corpo. No segundo momento entende-se que neste momento, no jogo de regras, as relações sociais vão acontecendo na vida dacriança e os jogos simbólicos vão sendo substituídos por jogos de regras.  Essas atividades lúdicas propulsionará ao mesmo uma dimensão maior de conhecimento como: o desenvolvimento físico, moral e cognitivo.

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício

Sensório–motor e de simbolismo, uma assimilação da realàatividade

Própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o

Real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os

Métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se

Forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando,

Elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso,

Permanecem exteriores à inteligência infantil. (Piaget 1976, p. 160)

            Nesse entendimento as atividades desenvolvidas nas salas de aulas devem ser introduzidas no cotidiano da criança como forma de provocar nela o desenvolvimento de sua assimilação dando-lhe oportunidades de conhecer e solucionar situações que o jogo expõe assim possibilitando um crescimento na sua formação pessoal ampliando suas competências de acordo com suas ações com o objeto explorado.Portanto Vygotskyafirmar que:

no brinquedo existe necessariamente participação e engajamento , o brinquedo é certamente uma forma de desenvolver a capacidade de socializar-se, de manter-se ativo e participante. A criança que brinca bastante será um adulto trabalhador. A criança que sempre participou de jogos e brincadeiras grupais saberá trabalhar em grupo; por ter aprendido a aceitar as regras do jogo, saberá também respeitar as normas grupais e sociais. É brincando bastante que a criança vai aprendendo a ser um adulto consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de sua comunidade. (VYGOTSKY, 1997, p.82-83)

Assim percebe-se a importância dos jogos e a brincadeiras sendo exercícios contribuintes ao processo de socialização da criança. Essas atividades criará interação entre o grupo em si essa participação irá diminuir o egocentrismo o que favorecerá a socialização com o outro. Entretanto, além de assumir papeis e representar seu mundo exterior, a brincadeira proporciona a criança a relação dela com o outro. Por meio da brincadeira, a criança disponibiliza a seguir regras, experimenta formas do seu cotidiano e se socializa. Dessa forma irá permitir novas descobertas sobre o espaço que está inserido entendendo que o brincar em grupo ou em dupla ele desenvolve relações afetivas, sociais e morais.

Desde sempre os jogos e brincadeiras são hábitos que fazem parte das relações sociais dos seres humanos. Ao retornamos as épocas passadas percebemos nos relatos dos historiadores de cada geração a essência do brincar na vida das pessoas, não fica difícil de entender que essas atividades desde sempre estão ligadas as culturas em diferentes gerações, apesar de se demonstrar de formas e objetivos diferenciados, mas é praticada entre indivíduos em diferentes idades para o entreterimento, a competição, a disputa entre outros conceitos.

 E por meio da cultura lúdica que os esportes e as artes se manifestam extraindo de cada contexto seus valores e conceitos estabelecidos pelas suas próprias necessidades culturais. Nesse sentido no decorrer dessa trajetória com relação à valorização dos aspectos lúdicos na vida dos sujeitos os processos de ensino-aprendizagem refazem suas propostas de intervenção pedagógica, priorizando assim a primeira infância, alternativas que contribuíram na valorização da infância, criando a partir desse pressuposto métodos que originaram a educação infantil, através de brinquedos e brincadeiras e baseada na recreação iniciando dessa maneira uma educação para o ser crianças e não para adultos considerados “miniatura.” Frase utilizada em outas épocas.

De acordo com os referenciais de educação infantil, o professor poderá usar jogos e brincadeiras nos eixos interdisciplinares. Desde que ocorra a interação de colaborar com a aprendizagem.

 

‘‘O jogo pode se tornar uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelos adultos visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude, para que isso ocorra, é necessáriohaver uma intencionalidade educativa, o que implica planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe são decorrente.’’(RCNEI 1998, V. 3, P.211.)

            Assim as brincadeiras que já faziam parte da infância da criança, tornaria ponte de estudo entre educadores e estudiosos do brincar, sendo que os momentos lúdicos seriam essenciais ao desenvolvimento e formação da criança.Moyles (2002, p.159) afirma que crianças com necessidades individuais apresentam talentos específicos que devem ser estimulados para possibilitar a aprendizagem.

 As atividades lúdicas utilizadas de maneira correta é um ótimo recurso para que isso aconteça. Nas atividades de classe, pois, por meio desta estratégia é possível observar como a criança se desenvolve, quais seus interesses e suas curiosidades referente ao que está sendo trabalhado. Sendo possível a partir das informações observadas elaborarem exercícios diversificados que atendam as necessidades de todos, pensando primeiramente no pleno desenvolvimento das crianças.

A LUDICIDADE COMO UM DESAFIO A CONTRIBUIR NA PRATICA PEDAGÓGICA.

O ser humano está sempre em processo de aprendizagem sendo iniciado em seu convívio familiar, suas primeiras orientações e conhecimentos de mundo sendo repassado por pessoas próximas a ele. Mas tarde esse sujeito irá se apropriar de outros meios de conhecimentos científicos sendo repassada pelas instituições escolares uma aprendizagem de caráter diferenciada e com finalidades diversificadas em seus amplos aspectos estabelecidas de maneira interdisciplinar e integrando aos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.

Uma aprendizagem voltada para a diversidade dando oportunidades ao individuo a se relacionar com o outro provocando a interação dos conhecimentos globalizados entre os envolvidos.

Nesse espaço escolar o professor passa a ser o mediador entre o aprendem-te e o objeto de estudo, nessa perspectiva o educador deixa de ser somente receptor de informações e converte-se em participante ativo, usando seus conhecimentos e experiências prévias, explicitando suas crenças e valores no processo de construção de seus saberes pedagógico.

 No entanto o professor deve dispor de um bom currículo de formação está sempre se atualizando, participando de processos de formação continuada visando melhorias no seu trabalho em sala de aula. Gerando varias discursões na área pedagógica no ano de1980 sobre a função da escola e seu papel dentro da sociedade, possibilitando assim que os profissionais da educação repensassem sobre sua praticas pedagógica junto aos seus alunos, expondo a formação dos professores e a falta de preparo de alguns pra exercer a função. Assim os Parâmetros Curriculares Nacionais (INTRODUÇÃO-Vol.1, 1997, p. 53) dizem que:

Cabe ao educador por meio da intervenção pedagógica, promover a

realização de aprendizagem com o maior grau de significado possível, uma

vez que esta nunca é absoluta-sempre é possível estabelecer relação entre

o que se aprende e a realidade, conhecer as possibilidades de observação,

reflexão e informação(...).

Compreende-se então que os professores devem criar praticas pedagógicas que estimule à aprendizagem dos alunos promovendo o desenvolvimento integral, propondo atividades educativas que envolvam a afetividade, o aspecto motor, a cognição e o lúdico interferindo de forma gradativa em seu processo formativo. Sendo muito importante a organização do docente em seu ambiente de trabalho devendo ser primeiramente estimulativo organizado da maneira que crie situações nas quais as crianças explorem e interajam com seus prévios conhecimentos, sendo críticos e capazes de absolver informações de forma ampla..  Moura afirma que:                                        

“Independente da atividade que venha a ser resolvida é fundamental a organização e planejamento para que ela seja vista pela criança como atividade lúdica e que venha a contribuir para elevar o conhecimento do aluno. Caberá ao professor esse planejamento e organização das atividades (Moura,1994,29,).

        O docente deve ser um facilitador da aprendizagem, criando condições para que os alunos explorem seus movimentos, manipulem materiais, interagem com os outros e resolva situações diversas através atividades lúdicas diferenciadas eles iram aprender a agir, pois a curiosidade é estimulada, adquiri confiança e alto estima.

 No contexto de educação infantil o lúdico é bem, mas presente por se tratar de uma estratégia que vem se mostrando como prioridade na infância, por ser uma ferramenta que demonstra interesse dos pequeninos em participar dessas atividades. Sendo uma das formas que elas se utilizam para se comunica com o outro e expor seus pensamentos sobre o seu cotidiano real, nesses momentos as manifestações imaginárias e fantasiosas dando capacidade para o sujeito elaborar, interpretar conferindo novos significados aos elementos da realidade. Para (ANASTASIOU, 2007,P.15), acredita que:

(...) uma prática social complexa efetivada entre os sujeitos,

professore e alunos, englobando tanto a ação de ensinar quanto

a de aprender, em seu processo contratual de parceria

deliberada e consciente para o enfrentamento na construção

do conhecimento escolar, decorrente de ações efetivadas na

                                                 sala de aula e fora dela.

Entretanto o saber pedagógico deve propiciar um trabalho educativo prazeroso para ambas as partes que este profissional ao mediar sua pratica docente se der oportunidades de adquirir informações precisas ampliando assim seu repertorio pedagógico, e o educando ao se envolver com objeto de conhecimento ele possa extrair da orientação do seu mestre um bom desenvolvimento nas suas múltiplas habilidades, estimulando o crescimento do seu cognitivo. A boa relação do educador com seus alunos demonstrando a sua disponibilidade e compromisso com a prática educativa, mostrado ter maturidade na sou relação com as crianças favorecendo uma aprendizagem significativa. 

Também é importante o professor ter consciência que os jogos e as brincadeiras não são apenas atividades recreativa, mas atividades importantes no processo de desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança, além de instrumento e estratégia da pratica pedagógica.

Na sala de aula o professor se depara com crianças que possuem comportamentos heterogêneos, cada um com sua natureza singular, sendo definidos como seres que pensam, sentem e agem de maneira própria desde o nascimento, suas interações iniciam entre as pessoas próximas a elas e ao meio que as circundam assim elas revelam seus desejos, anseios e seu jeito próprio de compreender o mundo ao seu redor.

 Nessa realidade é necessária a valorização de elementos de integração cultural, explorando nesse ser, sua relação com objetos, momentos culturalmente amplos, oportunizando atividades que estimule a participação individual e coletiva, compartindo suas ideias e pensamentos com outras crianças da mesma idade e pessoas mais velhas, na troca de informações iram adquirindo maturidade para enfrentar seu habitar-te social. Segundo Vygotsky:

 

A brincadeira cria para as crianças uma ‘‘zona de desenvolvimento proximal’’ que

não é outra coisa se não a distância entre o nível atual de desenvolvimento,

determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível

atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sobre a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz (VYGOTSKY,1984,P.97).

 

O processo educativo possibilita a criança a construir as relações a partir da interação com outros sujeitos, permitindo a ampliação dos conhecimentos a respeito do mundo em que vive, sendo importante que a escola e a família trabalhem em parceria favorecendo uma ação em que este se sinta autônomo ao realizar suas atividades de classe seja independente de suas próprias ações. Oportunizando para que o processo de socialização aconteça gradativamente através das relações com seus colegas na escola. Cabendo a este professor ter o cuidado ao ministrar suas aulas para que o aluno ao se relacionar com ele, não se sinta oprimido em seus sentimentos e desejos.

Nesse ambiente escolar a criança deve vivenciar experiências e aprender a lidar com diferenças, tornando importante a relação com os adultos e outras crianças. Nessa situação de aprendizagem a brincadeira se referencia através de diferentes situações de aprendizagem sendo em grupo ou individual elas aprendem a lidar com situações imaginárias onde poderá exercer papeis diversos a sua realidade, permitindo o envolvimento com regras, comportamentos e atitudes. Ao brincar o educando experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades.

 

O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola. (KISHIMOTO,1994, P.13).

 

Assim pode-se perceber a necessidade dos professores de introduzir as atividades lúdicas em suas ações metodológicas, visando colaborar com a formação educativa do educando. No entanto acreditando que o lúdico não se baseia apena em momentos de recreação e divertimento, mais em um contribuinte a promover a aprendizagem, implicando nas decisões sobre os conteúdos adequados para cada faixa etária e a forma correta de utilização deste, é de extrema importância, os educadores precisam considerar essas ferramentas em seus planejamentos.

Deixando claros seus objetivos, suas intencionalidades já que os jogos e brincadeiras não dispõem de atividades certas para se trabalhar, fazendo-se presente na música, histórias, filmes, jogos, e brincadeiras diversas, recorte e colagem, desenhos poesias etc. Sendo esses meios prazerosos de aprender dando oportunidades a crianças de expressarem suas criações, emoções, medo e alegrias, precisando ser orientadas, vivenciadas, e dando importância para que finalidade estar sendo realizada.  Segundo Marconde Machado (2004, p. 73) o brincar encontra-se no espaço do sonho. Uma criança livre e feliz brinca quando come, quando sonha, quando faz seus pequenos discursos poéticos. Santin (2001, p.18) afirma que a maior diferença que existe o adulto e a criança, é que o primeiro vive num mundo de resultados, seriedade, produtividade, e a criança no reino da imaginação entregue ao brinquedo, sem preocupar-se com planejamentos e resultados.

Nesse mundo infantil a imaginação e o faz de conta dar lugar as possibilidades, brincando ela interage e reconstrói seu próprio conhecimento de mundo, reformula soluções para determinadas situações que lhes são propostas. É por essa razão que os profissionais atentos a este tipo de ensino poderá contribuir interferindo na ampliação de possibilidades de uso dos materiais e dos espaços pelas crianças, assim como tornar fácil o acesso aos diferentes conhecimentos, mediante a utilização de livros, filmes, televisão, aulas de campo e tudo aquilo que ele for capaz de criar para aprimorar sua metodologia de sala de aula. Para Sampaio (2010, p.31), necessitamos, como professores e pesquisadores, encontrar caminhos para transformar a educação, resgatando a humanescência perdida, ou seja, ‘‘aprender a condição humana, aprendendo a aprender a ser, ’’ rompendo a formação contemporânea, para buscar meios que atinjam a vida do educando, a partir da sua própria vivência e propiciando sua formação para a vida.

Nessa perspectiva o educador poderá almejar uma aprendizagem significativa que var de encontro às necessidades dos seus alunos. É preciso destacar que, atualmente, a escola tem por algumas de suas ocupações, construir competências, buscar novos conhecimentos e novas tecnologias, procurar métodos mais dinâmicos, tornando as disciplinas menos rígidas e mecânicas, e as didáticas mais flexíveis, buscando, assim, a geração de sujeitos mais críticos, respeitados e reflexivos.Neste sentido, Gadotti (1992, p. 82) enfatiza que:

A escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também se preocupar com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. Mas, para isso, é preciso saber trabalhar com as diferenças: é preciso reconhecê-las, não camufla-las, aceitando que, para conhecer a mim mesmo, preciso conhecer o outro.

As instituições educativas precisam se adaptar as novas mudanças das possibilidades lúdicas em sala de aula, permitindo possíveis técnicas de aprendizagem colaborando para o desenvolvimento intelectual do indivíduo os preparando para as diversidades social, cultural e biológica de cada um. Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno. Dessa forma, a brincadeira já não deve ser mais atividade utilizada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma, que faça parte do plano de aula da escola. 

 

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR JOGOS E BRINCADEIRAS NOS PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS

A ludicidade com sua complexidade é um assunto que tem conquistado espaço em todos os níveis educacional brasileiro, em principal a educação infantil, em se tratar do brincar a essência da infância, tornado importante às instituições de ensino trabalhar em seus projetos políticos pedagógicos, essa metodologia só vem acrescentar o desenvolvimento educativo infantil. Sendo o p.p.p. uma forma de organizar o trabalho pedagógico, visa uma superação dos conflitos, buscando dar prioridade a realidade sociocultural dos indivíduos já que a escola tem a obrigação de educar, transformar e evoluir para os desempenhos de papeis na sociedade.

 O projeto político pedagógico se relaciona na organização do trabalho pedagógico no caractere democrático, apesar de algumas escolas não dar prioridade a este trabalho, que ainda se apoiam a uma aprendizagem com métodos mecânicos e abstratos, totalmente fora da realidade da criança. Privilegiando sempre a indisciplina rígida, durante as aulas ministradas priorizando a imobilidade e o silencio, tendo o professor sempre comandando a ação do aluno.

No Brasil, os projetos políticos educacionais deram inicio a um grande avanço em investimentos nos anos de1995 a 1998, no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso com a criação do Ministério da Administração Federal que conduzia as reformas administrativas, repercutindo em toda a instância brasileira. O Ministério da Educação e cultura (MEC) teve que se adequar aos objetivos da estrutura técnica-administrativa do governo, que tinha como prioridade a participação da sociedade no âmbito escolar gerando atribuições e recursos da União. Apesar desse avanço muitas instituições educativas sentiam dificuldades para elaborar este tipo de projeto como um instrumento a colaborar com a prática educativa e que precisa ser usado na sala de aula como base a contribuir no desenvolvimento das práticas sociais. Veiga (1995) afirma que:

 

 

O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. (VEIGA, 1995, p.13)

 

Segundo a autora as escolas que tem como base central o projeto político pedagógico, esse tem relação direta com o modelo de estrutura organizacional de gestão participativa, pois sua concepção política existe para assegurar os sujeitos o direito de ações em constante discussão onde os participantes interagem coletivamente determinando metas, prioridades e diretrizes da escola, sua finalidade é de proporcionar uma educação publica de qualidade. A avaliação do brincar no processo de ensino-aprendizagem colabora de forma expressiva na constituição do aprendizado da criança, no entanto essa proposta deve ser utilizada da melhor maneira no p.p.p. da escola, em principal de educação infantil por se tratar da primeira fase de educação da criança. Conforme afirma o PCN.

 

A escola não muda a sociedade, mas pode, partilhando esse projeto com segmentos sociais que assumem os princípios democráticos, articulando-se a eles, constituir-se não apenas como espaço de reprodução, mas também como espaço de transformação. Essa possibilidade não é dada, nem automaticamente decorrente da vontade. É antes um projeto de atuação político-pedagógico que implica avaliar praticas e buscar, explicita e sistematicamente, caminhar nessa direção. (PCNs/ MEC,BRASIL 1997, p. 25-26).

 

Mostrando assim a importância de uma prática educativa voltada as necessidades do sujeito levando em considerações o contexto no qual ele está inserido. Valorizando seus prévios conhecimentos em um ambiente escolar propiciando as atividades lúdicas explorando as potencialidades individuais de cada sujeito. Que os educadores possam propor nessas atividades um grau de dificuldades cada vez maior, desafiando-os a desenvolver seus conhecimentos de forma ampla e eficiente. Tornando o processo educativo em práticas sociais contando com a participação democrática de todos os componentes da escola.

Nas instituições de ensino torna-se necessária a construção de um projeto político pedagógico elaborado com a participação de todo o corpo escolar em pasceria com a família dos estudantes, este plano escolar tem a finalidade de investigar as necessidades do educando junto a sua prática educativa, a partir das hipóteses levantadas, o corpo pedagógico da escola deve propor metas e alternativas na pretensão de colaborar na aprendizagem dos alunos, visando à participação democrática de todos os envolvidos em uma só ação. Buscando a melhoria da qualidade da educação permitindo refazer novas propostas se for preciso, se tratando de um processo contínuo não podendo se reduzir a uma lista de objetivos e etapas compridos mais sim a métodos que podem ser reformados sempre que necessário.

 Sobre isto nos fala Kishimoto (1994, P.13) “O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola”.

Percebe-se dessa forma a precisão do professor de buscar atividades lúdicas nos diferentes momentos de seu planejamento cotidiano de sala de aula.Ao se trabalhar os jogos e as brincadeiras eles exigem momentos de partilhas, confrontos, negociações e trocas, promovendo conquistas cognitivas, emocionais e sociais.

Nas práticas educativas as ferramentas lúdicas são introduzidas a partir das definições ou objetivos mais amplos, visando o educar para a participação crítica, compondo a escola como um instrumento de transformação da sociedade, tendo a função de contribuir junto a outras instâncias da vida social para que as transformações se efetivem é preciso que o trabalho docente considere as crianças como seres sociais trabalhando com elas no sentido que sua integração na sociedade seja construtiva.

De acordo com Gomes (2004, p.47), a ludicidade é uma dimensão da linguagem humana, que possibilita a “expressão do sujeito criador que se torna capaz de dar significado à sua existência, ressignificar e transformar o mundo”. E mais na frente conclui: “Dessa forma, a ludicidade é uma possibilidade e uma capacidade de se brincar com a realidade, ressignificando o mundo” (GOMES, 2004, p. 145). Ainda de acordo com Gomes ele ainda escreve:

 

Como expressão de significados que tem o brincar como referência, o lúdico representa uma oportunidade de (re) organizar a vivência e (re) elaborar valores, os quais se comprometem com determinado projeto de sociedade. Pode contribuir, por um lado, com a alienação das pessoas: reforçando estereótipos, instigando discriminações, incitando a evasão da realidade, estimulando a passividade, o conformismo e o consumismo; por outro, o lúdico pode colaborar com a emancipação dos sujeitos, por meio do diálogo, da reflexão crítica, da construção coletiva e da contestação e resistência à ordem social injusta e excludente que impera em nossa realidade. (GOMES, 2004, p. 146)

            Na mesma linha de pensamento conclui-se que a contextualização lúdica é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, apesar de dispor de momentos de descontração não podendo ser considerado apenas como diversão, em principal no cotidiano escolar esses aspectos lúdicos devem estar relacionados ao desenvolvimento do educando em seu processo de ensino-aprendizagem. Sendo possível que aja mudanças de atitudes permitam ao aluno seu desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilitando sua comunicação, expressão e a construção do conhecimento.

             Nessa concepção a escola de deve      valorizar a ludicidade no processo educativo frente a uma nova atitude da realidade no qual o paradigma se compõe em um novo sistema de aprender através dessas ferramentas, onde o educador é mediador, possibilitando assim a aprendizagem de maneira criativa e social.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada foi de suma importância na nossa construção profissional como futuros profissionais de educação infantil, apesar do tema, disponibilizar-se de amplos conceitos sobre a diversidade de estratégias que a ludicidade expõe ao processo de ensino aprendizagem.

A construção desse trabalho enriqueceu de maneira grandiosa nossos conceitos com relação ao brincar na escola, um agente contribuinte de possibilidades nas praticas educativas do nosso país, assim com o auxílio de vários materiais pesquisados, percebe-se o despreparo de alguns profissionais da educação vêm enfrentando ao se comprometer no processo educativo desses sujeitos.

Cabendo aos profissionais de educação, compreender a amplitude que esta ferramenta tem obtido ao longo dessa trajetória histórica da humanidade, percebendo o brincar no espaço educativo, precisa dispor de uma constante situação habita a mudanças reflexivas pelos envolvidos que a compõe se for preciso,

Sendo importante que os profissionais atuantes em sala de aula se disponibilizea refletir sobre a finalidade das brincadeiras na pratica pedagógica, permitindo este a avaliar sua própria prática educativa, se propondo a possíveis mudanças se necessário, já que alguns docentes ficam procurando culpados quando seu trabalho não tem um bom rendimento escolar, esse precisar se dispor a novas mudanças.

Não podemos dizer que não ouvi avanços no processo educativo de nossa sociedade, o tempo passou e com isso as propostas educativas voltadas para a educação infantil também passa a ser prioridade e toma mais espaço na sociedade, tornando-se direito de todos e dever do estado, desenvolvendo assim um olhar direcionado ao cuidar, educar e brincar sendo considerada como uma única ação educativa. Sabendo que no universo da criança o aprender torna mais significativo, quando os conteúdos são repassados pelos docentes de forma lúdica, incentivando a participação da criança em um ambiente propicio a ele não apenas relacionado ao espaço escolar, mais sim a um ambiente propicio a estimular sua participação plena para construir e reconstruir conhecimentos através da participação individual e coletiva.

Podemos propor aos educandos atividades lúdicas tornado nossas aulas mais atrativas, prazerosa e envolvente incluindo sua formação plena ao desenvolver seu processo de ensino-aprendizagem, valorizando a criança em seu papel social, sendo capaz de construir seus próprios conhecimentos.

Esse tipo de aula deve ser organizado de maneira em que os educandos construam uma interação independente dentro dessas atividades, para que eles ao participar desses momentos não se sintam broqueados a aprender de formar repetitiva, nessa perspectiva a educação irá formar pessoas críticas e criativas dispostas a inventar, descobrir construindo seus próprios conhecimentos, não devendo aceitar o que já é proposto e oferecido. Também levar em consideração a criança como um ser de características individuais e que precisa ser estimulada para desenvolver sua cognição criativa, inventiva e critica.

 É nessa perspectiva que a instituição deve valorizar a ação educativa como meio de possibilidades através da metodologia aplicada, dando alternativas que amplie o repertório cognitivo, afetivo e social.

Diante do assunto abordado, esperamos ter contribuído de alguma forma com os professores desse nível de ensino, tornando possível uma alta reflexão sobre a que fins estão sendo propostas as brincadeiras em salas de aulas.

O referido artigo tem a pretensão de mostrar aos educadores como a dimensão do lúdico é significativa para a criança, podendo essa prática em salas de aula ser mais utilizada tendo maior importância a esse tipo de atividades, visando o crescimento educacional dos envolvidos no processo de formação, sabendo que esse tipo de ferramenta é necessário para o desenvolvimento sadio e equilíbrio da mente infantil.

Percebe-se que os exercícios trabalhados em classe envolvendo os conteúdos que estão ligados aos jogos e brincadeiras aumenta o interesse da criança em participar desses momentos, dando possibilidades de aprender mais as atividades ministradas.  Oportunizando os envolvidos aumentar a autoestima, independência, apesar de estimula a sensibilidade visual, auditiva entre outros conceitos.

A partir dessas analises de estudo pretendemos atrair a atenção dos educadores dessa modalidade de ensino a transforma o brincar em metodologias adequadas a faixa etária, já que são mediadores do conhecimento conheçam o verdadeiro significado da aprendizagem desejada e prazerosa.

Sendo-nos educadores precisamos restaurar nossas práticas de ensino valorizando este tipo de educação lúdica como meio facilitador de aprendizagem entre os diversos campos de conhecimentos como: a afetividade, a sociabilidade, cognição e muito mais. As aulas ministradas não precisam ser apenas dinâmicas, mais o educador precisa ser capaz de respeitar e sustentando o interesse da criança tendo a consciência que o lúdico é um recurso pedagógico que deve ser utilizado de forma seria e correta, não usar para ganhar tempo mais sim complementar às necessidades dos alunos. 

Conclui-se então que as brincadeiras são de fundamentais ao desenvolvimento da criança em seu processo de ensino-aprendizagem, dependendo apenas de pessoas capacitadas que os auxiliem a construção dos saberes intelectual da mente de forma a conduzir, esse aprendiz ao seu pleno desenvolvimento, em suas diversas capacidades humana.

 

 

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