Feliz é o Jornalista que tem em sua bagagem profissional o espaço necessário para discernir e optar pela forma de escrever ou de falar que o isente de futuras cobranças. Esse profissional da mídia em sua grande maioria tem como foco a busca por verdades e consequentemente a emissão desta ao público de maneira que este a receba se não exatamente como deveria ser, pelo menos o mais próximo disso. Tratar de assuntos relacionados a política é desafio brando e farto, basta desejar por este tema e pronto! A pauta se concretiza em dois toques. É muito fácil de ser jornalista quando o assunto for política, a grande oferta de pautas torna possível a edição de matérias que irá ao encontro de um público sedento por informações, sejam elas quais forem. O crivo sobre, fica por conta do grau de conhecimento de cada cidadão; as diferenças sociais e as diretrizes de cada qual farão a diferença quanto ao resultado final. Ter sabedoria não é privilégio de todos na elaboração de matérias que irão ou não fomentar a ira ou a idolatria de representações do povo. É preciso cuidado! Muito cuidado e discernimento para contribuir com a imagem do país e não ser mais um cúmplice de manobras as quais irão macular valores que ainda restam. A ausência de vontade e a lacuna ocasionada pela inércia poderá nos levar ao náufrago sucumbindo precocemente sem tempo para reeditar. Quando menciono “saber o que escrever e, ou, o que falar” é pelo simples fato de se ter o conhecimento das fases da vida. São durante elas – as fases – que somos envolvidos por determinadas situações as quais nos levaram a discorrer sobre. O que não quer dizer que para aquele momento era o que se tinha por melhor e por correto, agora, se com o transcorrer do tempo os dias provaram que o perfil daquele ou daquilo foram contagiados pelo sistema, então só nos cabe lamentar, pois ser jornalista está longe de ser vidente até porque não acredito em previsões de um futuro que sempre esteve nas mãos de intelectuais formados para manter a nau sobre controle. Em síntese: quando escrevemos sobre determinado momento histórico, ou sobre alguém, não necessariamente estamos de acordo, por isso o cuidado quanto as palavras usadas e a intensidade na divulgação das mesmas, pois nem todos irão fazer uso do cérebro para interpretar cada etapa de uma edição.Raros serão os que farão uso de questionamentos como, o que, quem, quando, onde e porque. Cômodo será jogar a primeira pedra.

 

José Ramos Berton

Jornalista 

RP15547