O jornal O Globo foi salvo pela Revolução de 1964
 
Félix Maier 
 
Havia um golpe de Jango em andamento, previsto para 1 de Maio de 1964.
 
Cfr. foto de O Globo, de 6 de abril de 1964, com a manchete "A Revolução Democrática Precedeu de um Mês a Revolução Comunista" - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/o-jornal-o-globo-foi-salvo-pela.html
 
 
Um dos grandes beneficiados pela Revolução foi o senhor Roberto Marinho, das Organizações Globo, por isso nos apoiou nos vinte anos em que ela durou; depois, nos deu as costas. 
Em um dos últimos dias de março de 1964, o Almirante Aragão entrou na redação dele, com fuzileiros navais, para fechar o jornal O Globo. 
Testemunha disso? É o capitão da Aeronáutica que hoje é casado com a sobrinha do Roberto Marinho. Pediu demissão da FAB. Chama-se Luís Jacobina Vasconcelos. 
Esse foi um dos que teve a metralhadora apontada na cabeça. Se, realmente, o outro lado tivesse ganho não existiria o ‘Império Globo’. 
No entanto, o que fazem hoje conosco? Acho uma covardia que, ao mesmo tempo que nos massacram, não nos dão a chance de defesa, porque não abrem espaço para nada” (Ten Cel Av Juarez Gomes - "História Oral do Exército - 1964", Tomo 10, pg. 415). 
 
Hoje, a TV Globo, aparelhada por jornalistas de esquerda, como Miriam Leitão, antiga “militante” do PCdoB, demoniza o Exército e mistifica terroristas, como na série "Anos Rebeldes" e "Os Dias Eram Assim". 
 
Em 2001, a TV Globo apresentou uma reportagem, "Recontando os Mortos da Repressão", de autoria de Caco Barcellos, em que apresentava a versão do soldado desertor do Exército, Valdemar Martins de Oliveira, de que teria participado do assassinato de dois terroristas e quem os matou teria sido o coronel do Exército Freddie Perdigão. 
 
Tanto "A Revolução Impossível", de Luís Mir, quanto "Combate nas Trevas", de Jacob Gorender, afirmam que o casal de terroristas, João Antônio Santos Abi-Eçab e Catarina Helena Abi-Eçab, morreram em acidente, quando bateram em um caminhão, na região de Vassouras, RJ.
 
A mentira foi denunciada em uma série de textos (“Retorno à Grande Farsa”) do coronel José Luis Sávio Costa, no site Mídia Sem Máscara - cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/a-grande-farsa-de-caco-barcellos-por.html
 
O embuste de Caco Barcellos lhe rendeu dois prêmios de jornalismo, Embratel e Líbero Badaró.
 
Semana Rockfeller
 
Em junho de 1969, por ocasião da visita do Governador Nelson Rockfeller ao Brasil, houve depredação da Biblioteca Thomaz Jefferson (Rio), bombas no Instituto Brasil-Estados Unidos (Fortaleza), no jornal O Globo (Rio) e na União Cultural Brasil-Estados Unidos (São Paulo). 
Se a visita fosse de Pol Pot, Mao Tsé-Tung ou Fidel Castro, a ovação dos terroristas de esquerda seria geral.
Vale lembrar que, em 23/10/1968, estudantes depredaram o jornal O Globo, visto como agente norte-americano.
 
O império da Rede Globo de Televisão
 
“Convém lembrar que o Governo do Marechal Costa e Silva, sentindo a necessidade do apoio da Imprensa, houve por bem oferecer todas as facilidades para a criação, com dinheiro americano, da Rede Globo de Televisão. Ainda tentei intervir, como membro do Conselho Nacional de Telecomunicações (Contel), mas de nada adiantou: o ‘monstro’ foi criado e, mais adiante, voltou-se contra o criador. O Presidente Figueiredo ainda tentou, no seu governo, criando novas redes de televisão, diminuir o poder da emissora que se concedera à família Marinho, hoje o maior colégio eleitoral do País” (Tenente-Coronel Artur de Freitas Torres de Melo, Tomo 12, pg. 207).
“A mídia é um capítulo à parte. Está sempre voltada para o detentor das grandes promoções, das grandes propagandas, dos grandes recursos.
A Rede Globo de Televisão foi muito apoiada pela Revolução. Os laços de amizade do Roberto Marinho com o Figueiredo vêm desde a época em que este era tenente, quando o Roberto ia cavalgar na Escola Militar do Realengo.
(...)
A Rede Globo era o Roberto Marinho, razão por que digo Rede Globo. Ela se beneficiou de um acordo feito com uma empresa americana – não me recordo agora o nome – para trazer material de televisão. Recebeu, era necessário, o aval do ministro das Comunicações. Então, a Rede Globo foi beneficiária da Revolução e o Roberto Marinho retribuía com elogios à mesma” (General-de-Divisão Geraldo de Araújo Ferreira Braga, Tomo 2, pg. 107).
Luta para instaurar o socialismo
 
“As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no país por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra. Falava-se em cortar cabeças, essas palavras não eram metáforas. Se as esquerdas tomassem o poder, haveria, provavelmente, a resistência das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes proporções no Brasil. Pior, haveria o que há sempre nesses processos e no coroamento deles: fuzilamento e cabeças cortadas” (Daniel Aarão Reis, antigo terrorista do MR-8, depois professor da UFF - O Globo, 29/03/2004).
 
Crescimento econômico
 
“O regime militar fez várias reformas. Obteve êxito. O papel do Estado na economia foi ampliado numa escala nunca vista. Qualquer setor onde havia alguma dificuldade econômica, a saída encontrada era a criação de uma empresa estatal. E foram surgindo às pencas. O país melhorou a infraestrutura, desenvolveu novos setores produtivos e se integrou à economia mundial diversificando sua pauta de exportações” (Marco Antonio Villa, in “Eles não conseguem desenhar o futuro”, O Globo, 28/06/2011).
 
Tereza Cruvinel aparelhou O Globo
 
“Os lulistas reclamam da imprensa. Não entendo o motivo. Lula já teria sido deposto se jornais, revistas e redes de televisão não estivessem tomados por seus partidários. (...) O Globo tem Tereza Cruvinel. É lulista do PC do B. Repete todos os dias que o mensalão ainda não foi provado. E que, de fato, José Dirceu não deveria ter sido cassado. Cruvinel aparelhou o jornal da mesma maneira como os lulistas aparelharam os órgãos públicos. (...) Franklin Martins é José Dirceu até a morte. Eliane Cantanhêde é da turma de Aloizio Mercadante. Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma, mas não consigo identificar sua corrente. Vinicius Mota é do grupo de Marta Suplicy. Quem mais? Alberto Dines é seguidor de Dirceu. Alon Feurwerker, do Correio Braziliense, é do partidão, e apoia quem o partidão mandar. Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por qualquer um que seja minimamente de esquerda. Paulo Henrique Amorim é lulista de linha bolivariana. Ricardo Noblat era lulista ligado a Dirceu, mas pulou fora no momento oportuno” (MAINARDI, 2007: 53-54). Mainardi acrescenta, ainda, que Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, é subordinado a Daniel Dantas; e Mino Carta, a Carlos Jereissati (pg. 54).
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BIBLIOGRAFIA:
 
MAINARDI, Diogo. Lula é minha anta. Record, Rio e São Paulo, 2007.
MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História Oral do Exército - 1964 - 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.