Percebe-se que o Islã é uma religião monoteísta onde Deus-Alaah é o centro da sua concepção. Essa religião foi de extrema importância para a formação social de parte do continente africano, África subsaariana, Sudão Ocidental e toda Senegâmbia.

A partir do século VIII, começa-se a perceber uma espécie de aculturação diferente, em parte, de seus costumes anteriores. O Islã se manifesta por meio dos blocos social, político e econômico, pois estes estão em si são conectados através das relações entre indivíduos dessa região relativamente homogênea, embora divididas em coletividades independentes. No que diz respeito ao Sudão Ocidental o que se pode observar é que o Islã destas regiões caracteriza-se por uma enorme flexibilidade e plasticidade, com vista à conquista de novos crentes. Esta “nova forma de ‘ver o mundo” entra em contato com uma localidade já estruturada onde se podem abranger religiões já existentes, estruturas sociais estabelecidas e até mesmo sólidas, aculturação. Nesta região,do Kaabú, o Islã entra em contato com um meio que pode ser definido como “animista”, porém este termo tem sido questionado pelos estudiosos atuais por suscitar que uma religião se sobrepôs a outra enquanto alguns entendem que houve uma troca cultural equivalente ao longo do tempo que estabelece uma igualdade entre as demais. Não havia nestas práticas religiosas islâmicas choques culturais profundos com as etnias animistas, habituadas já algum tempo a presença dos segmentos muçulmanos. Uma das maneiras utilizadas para a penetração do Islã no meio “animista” foi o uso do talismã que acabou por substituir os antigos amuletos locais. Nestes talismãs encerravam-se escrituras do Corão e seu perfaço era feito pelos Almamy´s que foram os difusores desta cultura que não desalojava a anterior, apenas estabelecia um enquadramento em um espaço mais amplo.