Era manhã de inverno e eu apressado na calçada

Um vento forte arfou-se no Ipê-amarelo

Suas flores cobriram o concreto

Um tapete áureo se fez.

 

Por um instante pensei ser obra da natureza

Em sua renovação, mas, não era..!

De súbito, a revoada de pombos

E as borboletas púrpuras.

 

Pensei; só posso estar sonhando..!

A frente, um macambúzio

E solitário homem de 

Barbas brancas.

 

Tocou-me como quem toca as flores e disse:

- Pensou ser o inverno de Brasília?

- O fortuito ou o impensado ?

- Não, foi planejado..!

 

O homem encobriu-se nas flores amarelas

E, como passe de mágica, ocultou-se

Quis saber quem havia planejado

A emoção envolveu-me..!

 

Em voz alta eu disse;

Mãe, foi a senhora quem soprou no Ipê..?

 

Por: Lourival Jose Costa - 30/08/2017 às 09:00hs