Tomara que eu esteja errada, mas pelo que vejo esta pandemia do coronavírus não vai passar tão rápido como desejamos. Ela já é uma nova guerra em um novo estilo jamais imaginado, cujas armas vão demorar muito a exterminar esse inimigo infinitamente pequeno, que justamente por isso, até ser atingido terá destruído grande parte da humanidade não somente com a morte, mas com os terríveis efeitos que vão recair sobre os que permanecerão vivos, como os efeitos do recesso econômico e tantos outros mais. Parece realmente o cumprimento de certas profecias apocalípticas que erroneamente são interpretadas ao pé da letra, mas nada mais são do que o que estamos vendo acontecer.

Nós não podemos imaginar uma realidade que seja diferente da que já conhecemos, porque desde os primórdios de sua existência, a humanidade se utilizou de todo tipo de arma física, desde pedaços de pedras lascadas e paus pontiagudos até evoluírem para lanças de ferro e aço,  para se destruir mutuamente, e com o passar do tempo a sua  tecnologia chegou à bomba atômica, a mais poderosa, a mais temível das armas letais, que já destruiu as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, e

assim os países mais poderosos sempre  atemorizaram qualquer inimigo, afirmando poderem destrui-lo em um segundo de tempo, com ela. Só que ninguém contava com o ataque sorrateiro de um inimigo tão pequeno e praticamente desconhecido como um vírus de tamanha magnitude como este que estamos vendo. 

Não é novidade que muitos tipos de vírus têm dizimado milhares de vidas em várias partes do mundo, mas a própria evolução da tecnologia do homem é a responsável pela propagação do terrível inimigo que neste momento está tentando destruir a humanidade, já que é através dos meios de transporte rápidos e contínuos de todos os tipos, que ele está se alastrando para todos os continentes da terra, na explosão de uma bomba silenciosa que talvez  venha a causar o maior desastre de todos os temos,  numa guerra mundial sem precedentes, a qual não podíamos imaginar como seria.  E até que o próprio homem encontre uma fórmula para  combater essa tão pequena e poderosa arma que o está destruindo, só a misericórdia de Deus pode consolar os mais feridos e ajudá-los  a suportar a dor. 

Tomara que depois de toda essa amarga experiência a humanidade aprenda a amar e a valorizar mais o seu próximo, ao invés de destruí-lo das mais variadas formas. Que possamos entender e aceitar que todos nós somos iguais perante a lei que rege o universo; que aprenda que por maior que seja o poder, não existe supremacia entre os povos e que ninguém é inatingível.

Autora: Junia – em 22/4/2020