O INIMIGO INVISÍVEL
Publicado em 24 de abril de 2020 por JUNIA PIRES FALCAO
Tomara que eu esteja errada, mas pelo que vejo esta pandemia do coronavírus não vai passar tão rápido como desejamos. Ela já é uma nova guerra em um novo estilo jamais imaginado, cujas armas vão demorar muito a exterminar esse inimigo infinitamente pequeno, que justamente por isso, até ser atingido terá destruído grande parte da humanidade não somente com a morte, mas com os terríveis efeitos que vão recair sobre os que permanecerão vivos, como os efeitos do recesso econômico e tantos outros mais. Parece realmente o cumprimento de certas profecias apocalípticas que erroneamente são interpretadas ao pé da letra, mas nada mais são do que o que estamos vendo acontecer.
Nós não podemos imaginar uma realidade que seja diferente da que já conhecemos, porque desde os primórdios de sua existência, a humanidade se utilizou de todo tipo de arma física, desde pedaços de pedras lascadas e paus pontiagudos até evoluírem para lanças de ferro e aço, para se destruir mutuamente, e com o passar do tempo a sua tecnologia chegou à bomba atômica, a mais poderosa, a mais temível das armas letais, que já destruiu as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, e
assim os países mais poderosos sempre atemorizaram qualquer inimigo, afirmando poderem destrui-lo em um segundo de tempo, com ela. Só que ninguém contava com o ataque sorrateiro de um inimigo tão pequeno e praticamente desconhecido como um vírus de tamanha magnitude como este que estamos vendo.
Não é novidade que muitos tipos de vírus têm dizimado milhares de vidas em várias partes do mundo, mas a própria evolução da tecnologia do homem é a responsável pela propagação do terrível inimigo que neste momento está tentando destruir a humanidade, já que é através dos meios de transporte rápidos e contínuos de todos os tipos, que ele está se alastrando para todos os continentes da terra, na explosão de uma bomba silenciosa que talvez venha a causar o maior desastre de todos os temos, numa guerra mundial sem precedentes, a qual não podíamos imaginar como seria. E até que o próprio homem encontre uma fórmula para combater essa tão pequena e poderosa arma que o está destruindo, só a misericórdia de Deus pode consolar os mais feridos e ajudá-los a suportar a dor.
Tomara que depois de toda essa amarga experiência a humanidade aprenda a amar e a valorizar mais o seu próximo, ao invés de destruí-lo das mais variadas formas. Que possamos entender e aceitar que todos nós somos iguais perante a lei que rege o universo; que aprenda que por maior que seja o poder, não existe supremacia entre os povos e que ninguém é inatingível.
Autora: Junia – em 22/4/2020