Sempre pensei que o passado fosse importante e, por muito tempo, me prendi a ele. Prendi-me às histórias que vivi, às pessoas que conheci, às situações pelas quais passei... Sim... tudo isso foi o que construiu minha vida, mas que por um bom tempo foram fantasmas que me prenderam lá naquele tempo que passou e não existe mais. O que nos faz agir assim é um mistério! Somente o próprio tempo poderá nos resgatar e trazer para o presente.
Incrível! Achamos que tudo o que vivemos foi melhor. Sabe por quê? Porque fantasiamos o passado. Assim como fantasiamos qualquer história que acontece conosco quando a recontamos aos outros. Pintamos com as cores que queremos o que já aconteceu. Se nossa vida fosse um filme sem cortes, sem edições, saberíamos que não há nada de tão doce, belo e perfeito no que já aconteceu. Você já viveu aquilo. Tudo já aconteceu. Se foi bom, se foi ruim. Foi! Foi... Agora é o tempo que nos resta. E nos resta pouco tempo. Infelizmente, é real pensar assim. Não é saudosismo não. Matematicamente, um ser humano vive até (quando pode e tem sorte) 100 anos. Se você tem 40 ou mais, sua caminhada está na metade. Se não fores um idoso cheio de doenças, podes aproveitar o tempo de duas maneira: bem ou mal. Não existe meio termo. A escolha é sua e única. O tempo de viver é agora. Deixemos o passado, pois ele já não existe. Deixemos o futuro, pois ainda virá e a Deus pertence. Você só tem nas mãos o aqui e o agora, mais nada... nada. Viva. Viva!

Autora: Luciane Mari Deschamps