O governo Abdelilah Benkirane engaja-se, no contexto da reforma do fundo de compensação, que custa ao governo um orçamento anual estimado a 35 mil milhões de dirhams, e ao mesno tempo trabalha para a eliminação da subvenção  do açúcar destinado ao consumo interno.

 O Sr. Mohammed Wafa, Ministro Delegado junto ao ministro das relações públicas e da governança, tem sublinhado que os planos estão em andamento para encontrar soluções a hemorragia do Fundo de compensação, através da saída de outros materiais da lista de subvenção, como aconteceu há poucos dias com a gasolina premium, o combustível e o  óleo industrializado, dos quais beneficiam 17 empresas apenas em Marrocos.

 O Sr, Wafa insistiu durante a sua visita a Fundação « Aekoumidia » que a parte industrial do açúcar em Marrocos é monopolizada pela empresa « Kusemar », que também trabalha na área de refino da matéria-prima vinda do Brasil por quase 80 por cento, das empresas industrais responsáveis da produção do Açúcar entre as quatro públicas ( Sota e Suras e Sonabil e Sukrafor) desde 2005.

 O ministro explicou que a empresa produz quatro tipos de açúcar, um molde de açúcar que é na forma de cubos (grande e pequena), alêm do açúcar granulado ou em pó, ressaltando que o governo está na fase da conclusão de uma série de estudos, mas a tendéncia é anular a subvenção sobre os três tipos, mantendo apenas a subvenção para o modelo do açúcar granulado em áreas rurais e em algumas cidades.

O ministro Wafa não apresentou muitos detalhes sobre este assunto, que ele disse que o processo de discussão é entro os setores do governo, em coordenação com as empresas em questão, mas alguns dos dados que já foram anunciados pela empresa « Kusemar » no ano passado enfatizam o consumo destes diferentes tipos do açúcar por grandes segmentos dos cidadãos, explicando que não é apenas o molde do açúcar grandulado que é em questão, mas também o consumo que varia de acordo com o centro e a qualidade de vida e dos hábitos, pois o consumo deste modelo do açúcar é, principalmente usado em áreas rurais, no sul do reino e no leste, enquanto se consuma o  açúcar na forma de cubos, principalmente no chá em centros urbanos e nas cidades, ao passo que o uso de pó de açúcar, é principalmente na indústria e na confeitaria no norte do reino.

De acordo com a própria empresa, o consumo anual do açúcar em Marrocos é subvencionado pelo fundo de compensação, passando  de 100 mil toneladas em 1927 para -3050 mil toneladas em 1956, para chegar a 1,225 milhões de toneladas em 2012, enquanto o consumo da indústria de alimentos ficou em 26 por cento da produção do açúcar em pó e em nível nacional.

 Na mesma linha do pensamento  o  Sr Wafa disse que as decisões da reforma do fundo da compensação e a redução do seu orçamento de 35 mil milhões de dirhams, para chegar a 28 bilhões de dirhams ao longo dos próximos anos, são decisões soberanas não relacionados com os ditames das instituições financeiras internacionais, revelando que os governos anteriores preferam fugir para frente diante do choque do petróleo, pois era possível aplicar o regime da indexação desde 2000, e não no final de 2013, explicando que o regime não contribuiu para o aumento dos preços dos produtos petrolíferos, mas também isso contribui para a redução, com base numa série de dados e comparações.

Sr, Wafa explicou ainda que os preços da lista dos produtos petrolíferos desenvolvidos pelo governo em 2009 levaram a graves resultados, principalmente porque o governo e os cidadãos subvencionam empresas hidrocarbonetos com seus dinheiros através do fundo da compensação, ressaltando que a consciência nacional exige hoje conhecer os dados e  os dossiês Econômicos, Sociais como descobrir os arquivos políticos através das décadas anteriores. Por outro lado, o ministro encarregado disse que o governo atual  cometiu erros políticos quando Benkirane, anunciou que o primeiro aumento em combustível, era para eliminar a subvenção do fundo de compensação e substituir por uma ajuda direta para alguns grupos sociais, criticando o atual governo que não sabe como continuar em suas realizações e projetos.

 O ministro Wafa denunciou também alguns desequilíbrios graves do Escritório Nacional da Energia Elétrica, objeto da crise financeira, onde os responsáveis do escritório tinham solicitado ao Chefe do governo o aumento nos preços da electricidade, mas se recusou, sob condição da subvenção de 9 bilhões de dirhams por ano, como compromisso para a realização de acordos tipo contrato-programa, sem comprometer o consumo de 100 kWh,

Lahcen EL MOUTAQI